Quarta-feira, 9 de outubro de 2024 - 08h06
A
Amazônia tem uma estrada conhecida como Caminho da Morte, construída na Bolívia
por prisioneiros paraguaios detidos na Guerra do Chaco. Ela tem vários trechos
pontilhados por cruzes e coroas de flores alertando para seus perigos. A
BR-319, por sua vez, é como se fosse uma trilha de obstáculos desde 1976,
construída no embalo do espírito desbravador da época.
A
exemplo dos prisioneiros que abriram o Caminho da Morte sem o dever de garantir
uma trafegabilidade segura, os construtores da 319 receberam a ordem para
construí-la sem refletir nos custos de manutenção exigidos pelas condições
especiais da floresta e nos impactos sociais e ambientais.
Na
atualidade, refazer a BR-319 se tornou uma obrigação do governo, mas há
obstáculos de toda ordem. Ampla, com quase mil quilômetros –, seu impacto sobre
a vida amazônica, imediato e no futuro, na economia, meio ambiente e povos da
floresta, não podem ser ignorados, para o bem ou para o mal.
Com
o Brasil asfixiado pela polarização política entre uma falsa direita e uma
falsa esquerda – na verdade, ambas são liberais, mas não se entendem por conta
dos discursos personalistas de seus líderes –, obras necessárias são
retardadas. Como no caso da exploração do petróleo na foz do Amazonas, o
caminho correto é obter o consenso para fazer o necessário e prevenir os riscos
com engenho, inteligência e tecnologia.
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A sepultura
As
eleições 2024 sepultaram antigas lideranças rondonienses e mararam a ascensão
de lideranças ascendentes no interior do estado. Os Donadons se mostraram decadentes
em Vilhena, os Muletas em Jaru e os Amorins em Ariquemes. Surgem como
lideranças em ascensão nomes como o delegado Flori Cordeiro em Vilhena, reeleito
com larga margem de votos sobre a adversária apoiada pelo clã Donadon, o prefeito
eleito em Ji-Paraná Afonso Mabel, e Adailton Fúria, prefeito eleito em Cacoal,
um dos recordistas nacionais em percentuais de votos no pleito 2024.
Projeções futuras
Se
confirmarem boas administrações nos próximos anos, Afonso Candido, Adailton Fúria
e Flori Cordeiro, terão grandes chances de ascender no cenário rondoniense.
Fazem lembrar nomes expoentes da política regional em décadas passadas, como
Melki Donadon (Vilhena), José Bianco (Ji-Paraná) que foi senador e governador e
Ernandes Amorim (Ariquemes) com mandato de senador, além de Chiquilito em Porto
Velho, que formaram uma expressiva geração de prefeitos. Aída falando em termos
de interior é preciso prestar atenção também em Joãozinho Gonçalves, atual prefeito
de Jaru.
Parentes eleitos
Com
parentes reeleitos a vereador na capital, o deputado Marcelo Cruz, presidente
da Assembleia Legislativa e o deputado Alan Queiroz, saíram vitoriosos no
pleito 2024. O pastor Evanildo, pai de Marcelo, e o vereador Junior Queiroz,
irmão de Alan foram muito bem votados. Já, Jean de Oliveira não conseguiu reeleger
o mano Marcio de Oliveira, embora conquistando uma boa votação no pleito do
último domingo. A deputada federal Cristiane Lopes também não teve sucesso na
eleição de um sobrinho. Lembrando que vereador bem votado, potencialmente é um
predador dos deputados estaduais e federais na capital rondoniense.
A predileção
Porto
Velho tem uma certa predileção por deputados federais ocupando o Palácio Tancredo
Neves, sede do Poder Executivo municipal, instalado atualmente no Prédio do Relógio.
Senão vejamos: o primeiro prefeito eleito pelo voto direto na capital
rondoniense foi Jeronimo Santana, que anteriormente foi deputado federal.
Igualmente foram deputados federais José
Guedes, Chiquilito Erse, Carlinhos Camurça, Mauro Nazif. Agora dois ex-deputados
federais, Mariana Carvalho (União) e Leo Moraes (Podemos), ambos com boas performances, disputam em segundo turno
a prefeitura de Porto Velho.
Boas opções
Sem
dúvidas, o portovelhense conta com duas grandes opções de escolha do próximo
prefeito na capital. Mariana representa a continuidade de uma grande administração
do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) tendo sido a grande campeã de todos os
tempos na destinação de recursos para a prefeitura da capital. Além da rodoviária
são da sua lavra recursos para a pavimentação de avenidas importantes. Já, Leo
Moraes comparece a disputa, tendo sido o melhor vereador da sua geração, o
melhor deputado estadual da sua legislatura, e igualmente o melhor deputado
federal.
Pesquisas confiáveis
Os
candidatos na peleja do segundo turno em Porto Velho precisam de pesquisas mais
confiáveis para aferir a evolução nas suas campanhas em Porto Velho. Os institutos
só querem saber de agradar os patrões, puxando a sardinha para aqueles que contratam
as sondagens eleitorais. Os resultados têm que ser frios para poder orientar
devidamente os comandos de campanha, o marketing e a própria militância.
Disparidade entre os resultados obtidos pelos institutos mais uma vez chamaram
atenção em Porto Velho. Eu sempre lembro, que eleição por aqui sem pesquisa
fajuta e punhais da traição, não é eleição!
Via Direta
*** O advogado Márcio Nogueira caminha
firme para sua reeleição na OAB Rondônia, fruto de um trabalho expressivo que
tem elevada aprovação da categoria *** Pela sua projeção já se comenta nos meios
políticos que será candidato a deputado federal em 2026 *** Na avaliação dos chapas brancas, será muito difícil Leo Moraes reverter
a vantagem de Mariana, que somou uma diferença de 40 mil votos no primeiro
turno na capital *** Do lado dos “contras” (os oposicionistas) a peleja já
emparelhou, com Leo Moraes experimentando uma grande ascensão com os apoios
recebidos nos últimos dias. *** Que
rufem os tambores! Que façam as apostas! Dia 27, o segundo turno. Chapas
brancas x Contras.
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