Quinta-feira, 3 de outubro de 2024 - 07h35
É
cinismo haver políticos se dizendo cristãos e se agredindo, em traição a um princípio
religioso elementar: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado”. Com
o Brasil tomado pela polarização e a ONU sem saber como resolver os graves
problemas das guerras, do clima e dos ataques à democracia, parece natural que
o presidente Lula tenha pronunciado a palavra “fracasso” em seu pronunciamento
na Cúpula do Futuro.
Evento
organizado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para recolher compromissos
dos governos nas áreas sensíveis de clima, inteligência artificial e governança
global, Lula aproveitou para criticar a ONU, no caso do clima, da mesma forma
que muitos criticam seu próprio governo. Casa dividida que não consegue dar
conta de suas responsabilidades, para o líder brasileiro reformar a ONU seria a
solução, ideia que também ocorre aos críticos do governo brasileiro.
O
problema do Brasil é que o Centrão domina o Congresso e o governo é seu refém,
por mais que habilidosos ministros, caso de Fernando Haddad, tentem soluções
salomônicas que contentem os diversos atores. No caso da ONU, o problema é quem
vai pôr sininhos nos pescoços de três gatos, pois se ninguém ceder, a tentativa
de harmonizar os interesses de EUA, China e Rússia continuará um fracasso,
impedindo uma solução rápida para as guerras, a democracia sob ataque e o clima
em pandarecos.
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Falam as urnas!
As
urnas se pronunciam neste domingo, dia 6, sobre a escolha do próximo prefeito
(a) de Porto Velho, vice e de 23 vereadores da próxima legislatura. Grande
chances de reviravoltas, com um efeito manada já em andamento. A campanha tem
sido polarizada desde o início por Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes
(Podemos), mas já é possível considerar que um deles pode cair do cavalo, por
conta do voto útil e do efeito manada. Mas quem vai cair do cavalo, caros
aldeões? Com a palavra, o amigo cara pálida eleitor, o dono da bola!
As narrativas
De
um lado a narrativa oposicionista de que Porto Velho é a pior capital do Brasil
e em alguns quesitos é mesmo, como de abastecimento de água e coleta de esgoto.
Já, a narrativa situacionista, é que o prefeito Hildon Chaves detém elevada
popularidade e isto é decorrente dos avanços ocorridos na cidade nos últimos
anos. Hildão é campeão de asfaltamento, de regularização fundiária e de
urbanização, conforme os chapas brancas. Vamos ver que narrativa vai prevalecer
nas eleições deste domingo. A vitória de Mari é a continuidade, a sua derrota
opção pela mudança.
Minhas impressões
Com
o final desta campanha no primeiro turno em Porto Velho é possível considerar
algumas coisas: 1-Teremos eleições em dois turnos com Mariana na pole position no primeiro e a segunda vaga ainda indefinida
2- Que os aldeões do QG chapa branca preferem disputar o segundo turno com o
ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) do que com Euma Tourinho (MDB) 3 – Que
os institutos de pesquisas, para não se desmoralizar de vez, serão obrigados a
publicar resultados mais perto da realidade nestes últimos dias de campanha 4 –
Já está em curso a definição do voto útil que vai redundar na escolha do candidato
oposicionista em melhores condições de bater a representante situacionista,
Mariana.
Ritmo acelerado
Impressiona
a devoção do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) ante as obras em fase
de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho. O ritmo é realmente
acelerado, o número de funcionários da Madecon foi ampliado e no meio dos trabalhadores
temos a informação de que a capital rondoniense contará com a nova rodoviária
ainda em novembro, no máximo até o Natal. Todo dia Hildão comparece as obras
para conferir tudo direitinho e com suas asas tucanas protegendo o novo
terminal. Todo esmero para o grande legado da sua cuja gestão que acaba em
dezembro.
Crime organizado
A
população precisa ficar atenta ao avanço do crime organizado na política na
capital rondoniense, uma prática constatada há décadas por aqui. Em toda a eleição
a vereador as facções tem seus candidatos no trecho para conquistar mandatos e
influenciar em contratos públicos, na contratação de servidores fantasmas, nas rachadinhas,
na formulação de negociatas com a municipalidade, para vender de agulha a
avião. É lamentável que ano a ano, com o seu poder econômico, os mafiosos
conquistem mais terreno. A compra de voto é uma das práticas comuns desta
gentalha.
Via Direta
*** Aviões de pequeno porte se
multiplicam no Vale do Guaporé, Zona da Mata e BR 319, transportando cocaína da
Bolívia para o Brasil *** Só neste ano vários deles foram interceptados, alguns identificados
por radares e derrubados por caças da FAB. O narcotráfico está tomando conta
também do espaço aéreo de Rondônia *** O
final de ano em Porto Velho é marcado com vários lançamentos imobiliários,
alguns de luxo, mostrando um mercado novamente em ascensão *** Nas eleições
municipais neste domingo dia 6: teremos uma compra de votos sem precedentes. Boa
parte dos vereadores se elege com a compra de votos.
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