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Carlos Sperança

Atenção ao guru + Dinheiro na cueca + Nas capitais brasileiras as eleições esquentaram


Atenção ao guru + Dinheiro na cueca + Nas capitais brasileiras as eleições esquentaram - Gente de Opinião

Atenção ao guru

O presidente dos EUA é como que o planejador da agenda mundial. Hoje, os líderes de muitas nações se entregaram à prática de um nacionalismo rancoroso ou a uma submissão acrítica por copiar ou não ter como evitar a influência da personalidade agressiva e exigente de Donald Trump.

Ainda não se sabe que agenda Joe Biden formulará, caso confirmado como novo presidente, mas interessará aos prefeitos a ser eleitos neste mês saber quem orienta Biden para assuntos latino-americanos. O colombiano Juan González assessorou Biden quando vice-presidente de Barack Obama e na campanha eleitoral compôs a equipe de conselheiros do candidato democrata. A julgar por declarações recentes, González se preocupa muito com o meio ambiente e a proteção da Amazônia.

Quem tem boas ideias a respeito tem ótimas chances de atrair a simpatia do guru de Biden para questões do Sul do mundo. As impressões digitais de González estão na promessa de Biden de tratar os países latino-americanos como “iguais” para fazer frente à pandemia, à corrupção e ao destempero climático.

São três tópicos de alcance global e urgente, sinalizando que a agenda do mundo sob Biden deixaria de ser nacionalista (“fazer a América grande outra vez”) para propor um mundo mais justo pela primeira vez. Calha com a promessa genérica de quinze mil candidatos às prefeituras brasileiras: “avançar”.

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Dinheiro na cueca

Uma penca de traficantes e ex-traficantes está se envolvendo nas eleições municipais na Amazônia como candidatos ou apoiadores. Muitos, depois de eleitos podem até trocar de atividade, pois veem a política mais lucrativa. Se a cocaína chega a render até R$ 5 por  cada R$ 1 investido, na política a conquista de cargos eletivos se multiplica muito mais, com os políticos recebendo mensalinhos dos prefeitos e governadores e os mandatários embolsando propinas gordas de contratos com empreiteiras. Haja dinheiro na cueca!

Sem surpresas

Não é nenhuma surpresa o envolvimento de traficantes na política rondoniense e a ex-deputada federal Raquel Cândido já denunciava da tribuna da Câmara dos Deputados este problema ainda nos anos 80. Nos anos seguintes, seguidas operações policiais trariam a   tona tantos esquemas do pó, uma tendência que só tem aumentado e causado tanta corrupção nas esferas políticas locais, estaduais e nacionais. Quem não lembra a Operação Excentric em 1985 por aqui, quando se descobriu o envolvimento até de delegados de polícia?

Segunda onda

Antes mesmo do secretário de saúde de Rondônia confirmar a explosão dos novos casos de coronavirus em Porto Velho agravando a pandemia nestas bandas, já se constatava, seja nos vizinhos, nas empresas, nas ruas que a coisa tinha desandado. Como em Manaus e Florianópolis, se desconfia que estamos iniciando uma segunda onda do covid 19 em nosso estado. Mas desta vez os hospitais locais estão mais preparados para receber os pacientes, ao contrário do que ocorreu nos meses iniciais da pandemia, tão mais difíceis.

Mais covid

Por falar no temível coronavirus, pelo menos quatro candidatos a prefeitura de Porto Velho já contraíram a doença. Primeiramente o deputado estadual Eyder Brasil (PSL), depois Vinicius Miguel (Cidadania), mais recentemente Pimenta de Rondônia (PSOL) e agora a vereadora Cristiane Lopes (PP) em recuperação. Cristiane é a mais prejudicada porque contraiu a doença nesta reta final da campanha do primeiro turno afetando suas visitas presenciais.

Nas capitais

Nas capitais brasileiras as eleições esquentaram. Bruno Covas (PSDB) liderando em São Paulo, Eduardo Paes (DEM) no Rio de Janeiro, Rafael Grecca (DEM) em Curitiba, Manuela D’Avila (PC do B) em Porto Alegre, Hildon Chaves (PSDB) em Porto Velho, João Campos (PSB) em Recife, Nelsinho Trad (MDB) em Campo Grande. O MDB patina e na maioria das capitais brasileiras está fora do pódio, apesar dos seus excelentes programas eleitorais com muitas propostas comunitárias. 

Via Direta

*** Em Rondônia petistas e bolsonaristas não tem muito a comemorar. As projeções não são boas nas eleições municipais de 15 de novembro *** Mas em Porto Velho a maioria dos postulantes a prefeitura explora o filão eleitoral descoberto pelo petista Roberto Sobrinho, que é a regularização fundiária *** Trocando de saco para mala: Ronaldo Flores (Solidariedade) embalou o pé nos últimos dias. Resta saber se vai conseguir alcançar Vinicius Miguel (Cidadania) e Hildon Chaves (PSDB) já polarizados *** As rivalidades tribais envolvendo Cristiane Lopes (PP) e Samuel Costa (PC do B) só desgastaram os postulantes *** Melhor os candidatos focar a campanha com propostas exequíveis e não em brigada*** Gente, já é tempo da zebra aparecer. Vamos a bolsa das apostas...   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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