Sexta-feira, 16 de agosto de 2024 - 07h53
A
destruição chega a cavalo, enquanto as ações de restauração demandam longa
preparação, além de precisar de um reforço adicional: pegar. Pois no Brasil há
o curioso fenômeno das leis que pegam, ou seja, são praticadas sem muita contestação,
e as que não pegam, ignoradas, à espera de regulamentação ou caducam. No caso
do Arco da Restauração da Amazônia, a questão é como recuperar séculos de
descuido e crime no menor tempo imaginável, até porque sua montagem depende de
uma criteriosa preparação envolvendo diversos atores.
Iniciado
em fins de 2023, estima-se que até o fim deste ano o Arco terá recebido recursos
ao redor de R$ 1 bilhão. Não se pode esperar demais dele, como também nunca foi
completamente exato que basta reduzir as emissões de gases. É correta a
suposição de que proteger e recuperar a floresta amazônica é uma tarefa
importante para a amenização do clima no mundo, mas é preciso ter claro um fato
que nem os mais radicais negacionistas contestam: como tudo consequências, o
que se fez nos séculos anteriores apresenta consequências amplas e de difícil
correção.
Pelo
que significa e pelo dado essencial de que não tem oposição dentro ou fora do
país, o Arco da Restauração pode ser o embrião de ações livres da retardante briga
entre facções intransigentes, que criam cada qual uma “verdade” para uso
próprio e a tentam impor a todos a ferro e fogo.
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Na história
Desde
que Rondônia foi transformado num estado em meados dos anos 80, sua capital,
Porto Velho, teve dois prefeitos nomeados pelos governadores e os demais eleitos
pelo voto direto, a partir de 1985. Os nomeados foram Sebastião Assef
Valadares, pelo então governador Teixeirão que permaneceu no cargo até 1985,
quando assumiu o governo Ângelo Angelim (PMDB) e nomeou José Guedes (PMDB). Com
a volta de eleições diretas na capital, foi eleito Jeronimo Santana (PMDB), que
permaneceu na função apenas seis meses, em meados de 1986, deixando o cargo
para disputar o governo estadual. Seu vice, Tomás Correia completou a gestão.
A Era Chiquilito
Nas
eleições municipais de 1988, o ex-deputado federal Chiquilito Erse (PTB) foi
eleito e cumpriu sua primeira gestão, com elevada aprovação popular. Mas não
elegeria seu sucessor, conquistando o cargo em 1992, o ex-deputado federal José
Guedes (PSDB). Este também não conseguiu eleger seu sucessor e com isto em
1986, Chiquilito Erse voltaria ao pódio para sua segunda gestão, que não
concluiu. Enfermo, deixou a titularidade para seu vice Carlinhos Camurça que
seria reeleito em 2004, mas também não elegendo seu sucessor, um hábito nos
anos 90, de alternância entre o MDB/PFL e seus partidos sucedâneos.
Baita reviravolta
As
constantes surpresas nas eleições municipais em Porto Velho até então, se
transformaram em brutais reviravoltas. O petista Roberto Sobrinho, saiu do
zero, para bater o favorito em 2008, Mauro Nazif, numa aliança com o então prefeito
Carlinhos Camurça, rejeitada pelas bases. Ambos eram adversários políticos e
resolveram se aliar sem ouvir e respeitar a vontade dos seus seguidores.
Roberto Sobrinho, com enorme aprovação e uma gestão produtiva, seria reeleito
em turno único, cumprindo sua segunda gestão. Em 2012, sem Camurça para lhe
atrapalhar a vida, Mauro Nazif seria eleito, numa reviravolta, já que também
não era favorito no pleito.
Era Hildon Chaves
Num
replay a surpresa que ocorreu com Roberto Sobrinho em 2008, Hildon Chaves (PSDB)
obteve uma virada sensacional sobre Leo Moraes em 2016. Saiu do zero, ninguém
apostava um tostão na sua eleição (nem ele, cujo sonho seria disputar uma cadeira
a deputado federal nas eleições seguintes), conquistando a façanha da
reeleição, como tinha ocorrido também com Roberto Sobrinho. Em 2024, sete
candidatos disputam o cargo, num ano com recorde de desistências de nomes expressivos,
desde a ex-senadora Fatima Cleide (PT), Vinicius Miguel (PSB), Cristiane Lopes (União
Brasil). Fora os que levaram rasteira, como Fenando Máximo, que perdoou seus
algozes e marcha junto com eles.
Olho nos federais...
Leitores
perguntaram se tem espaço para reviravoltas e até uma eventual zebra na
campanha deste ano. Respondi que existe espaço para reviravoltas, isto já é uma
tradição. Grandes favoritos tombaram na disputa local. Dependendo do desenrolar
da campanha também pode surgir alguma zebra na reta final, nos últimos dias
para azucrinar o favorito de plantão. Lembrando que os prefeitos não tem sucesso
na eleição dos seus sucessores através dos tempos e que a maioria dos alcaides
eleitos eram deputados federais: Jeronimo, Chiquiito, Jose Guedes, Carlinhos
Camurça e Mauro Nazif. O favorito 2024 era deputado federal, Fernando Máximo,
que deixou a disputa. E os favoritos agora? São os ex-deputados federais
Mariana e Leo.
Via
Direta
*** Ante a situação agravada pelas
queimadas e pelas grossas camadas de fumaça em Porto Velho e Manaus a Fiocruz
está recomendando a utilização de máscaras o que não acontecia desde os idos do
Covid. Temos uma estiagem dos infernos *** Com a PEC da anistia aprovada no Congresso
Nacional aos partidos políticos, os diretórios podem pintar bordar com o
dinheiro público e depois serem perdoados e anistiados *** Para aqueles que achavam que Leo Moraes tinha virado a casaca e
passado para o lado dos chapas brancas: seu escritório jurídico está fazendo um
bombardeio cerrado na campanha dos Golias chapas brancas. A especulação não
procede mesmo. Era fake.
O atraso no anuncio do corpo de secretários do prefeito eleito Leo Moraes
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