Segunda-feira, 24 de janeiro de 2022 - 09h00
O
mundo está de olho no Brasil em todas as horas de todos os dias, meses e anos. Assumindo
para valer a promessa de desmatamento zero, sem a estratégia cínica das “leis
pra inglês ver”, conservar a floresta em pé, garantindo benefícios econômicos
para quem depende dela para viver e se multiplicando por toda a sociedade, é um
dos desafios mais urgentes do país na luta contra a mudança climática.
Se
as autoridades, os cientistas e a mídia se esforçarem, em breve todos os
agentes econômicos – com exceção dos criminosos, para os quais a destruição faz
parte do negócio – saberão que há meios ótimos para multiplicar os ganhos com
um mínimo de perdas. Nesse caso, capacidade de gestão, sucesso na pesquisa e no
desenvolvimento tecnológico e informação rápida e de qualidade fazem a
combinação necessária para que a era da bioeconomia se instale em definitivo na
região e no país, aliviando a pressão mundial, que aumenta a cada nova tragédia
atribuída ao aquecimento global.
Excelente
exemplo de gestão correta, boa ciência e informação de qualidade, o programa
Boi na Linha, criado pelo Instituto Imaflora em parceria com o Ministério
Público Federal, padroniza as regras para a cadeia produtiva da pecuária de
ponta a ponta em toda a Amazônia e rompe a velha imagem da gestão nacional como
gambiarra de moleques. É sinal de maturidade.
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Migração tucana
Com
um presidenciável que não decola e o partido em Rondônia sem condições de
montar chapas competitivas para a Assembleia Legislativa e Câmara dos
Deputados, a tendência é o PSDB perder quadros importantes a partir da abertura
da chamada janela partidária em março. Mas as dificuldades para atender as exigências
da legislação eleitoral não é um problema restrito aos tucanos em revoada. Outras
legendas encontram-se na mesma situação e estão apelando para o mecanismo da
criação da federação dos partidos visando unir forças para o embate de 2022.
As dependências
Dois
possíveis candidatos ao governo de Rondônia dependem dos seus padrinhos e aliados
para serem confirmados na eleição de 2022. O deputado federal Leo Moraes (Podemos),
depende de Ivo Cassol, seu padrinho político. Caso Ivo vença os obstáculos na
justiça, Leo Moraes será candidato ao Senado e Ivo ao governo. Sem Ivo ao
governo, Leo entra na peleja sucessória pelo CPA Rio Madeira. Já o prefeito
Hildon Chaves (PSDB) tem compromisso firmado com o senador Marcos Rogério. Só
seria candidato ao governo ante a desistência do senador bolsonarista.
Ciro lançado
Na
tentativa de recuperar o terreno perdido para o concorrente, o ex-ministro
Sérgio Moro (Podemos) na corrida presidencial, o PDT promoveu com sucesso um
novo lançamento da candidatura do ex-governador o Ceará Ciro Gomes no final de
semana. Não tenho dúvidas em afirmar que se trata de um plano de governo
consistente e com linhas precisas traçadas pelo marketing político idealizado
pelo celebre marqueteiro João Santana, aquele que elegeu Lula e Dilma. Ciro
centrou fogo em Bolsonaro e em Moro, seu rival para a terceira via e poupou Lula
na sua metralhadora giratória.
Jogo de astúcia
Inegavelmente
o ex-presidente Lula, além do grande faro para as coisas políticas sabe traçar
cenários interessantes e favoráveis para sua postulação. O petista tem consciência de que só falta um
empurrãozinho para o PDT deixar o projeto de Ciro e embarcar na sua nave. Mas
não podendo atacar um possível aliado como Ciro, deu um pezinho de polarização para
Sérgio Moro taxando-o de “canalha”. Não tinha necessidade nenhuma de mexer esta
peça no tabuleiro, fez isto para Moro tirar mais um pontinho de Bolsonaro e
aumentar sua diferença sobre Ciro. Moro crescendo e se fixando na terceira via,
Ciro fica ameaçado pelas suas próprias bases, parte já desertando para os
braços Lula.
Um equilibrista
Quero
acompanhar com atenção os movimentos do deputado federal Leo Moraes (Podemos)
que escolhe as suas opções em disputar o governo de Rondônia ou o Senado.
Ocorre que Leo, que está recebendo a visita do presidenciável do seu partido
Sérgio Moro, é afilhado político do ex-governador Ivo Cassol, do PP, legenda líder
do famigerado “Centrão”, partido povoado de inimigos do juiz da Lava Jato. Servir
a dois senhores ao mesmo tempo é uma coisa difícil. Dependendo da candidatura escolhida,
sendo a opção ao governo estadual, sua situação ficará delicada, já que Cassol,
o PP e o centrão querem distância de Sérgio Moro.
Via Direta
*** Não bastasse um inverno rigoroso em Rondônia,
o lençol freático em Porto Velho subiu muito na temporada influenciando no
aumento das alagações nos bairros mais baixos da capital rondoniense e lamaçais
nas estradas vicinais *** Aliás, na zona rural da maioria das cidades
rondonienses a situação das estradas é precária para o escoamento da produção
agrícola e transporte do leite nas bacias ***
As lideranças do agronegócio em Rondônia
estão unindo esforços para o lançamento de uma nova candidatura ao governo de
Rondônia na peleja 2022 *** O nome tem encontrado forte apoio nas principais regiões produtoras
do estado *** Na próxima coluna falo
deste furacão que entra causando reviravoltas no quadro político estadual.
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