Botos e fibra óptica e a busca pelo apoio de Bolsonaro

Botos e fibra óptica

A democratização da tecnologia ficou evidente quando até mendigos, considerados erroneamente os mais pobres do país, passaram a portar telefones celulares, nos quais tratam de assuntos médicos, bancários e demais interesses de qualquer camada social. Aliás, pessoas até mais pobres que os mendigos, os doentes acamados, também usam celulares para fazer pedidos, informar-se sobre consultas e internações, funcionalidades que o “canivete” tecnológico permite além da comunicação rápida.

Proporcionar internet de boa qualidade a todos os rincões do país virou medida de alto interesse social, portanto. É como levar comida e água a quem tem fome e sede. Não dispor de boa banda larga é como não achar remédio em farmácia básica.

Na Amazônia, as infovias funcionam como parceiras dos botos, boiunas e pirarucus, estendendo-se em cabos submersos com fibra óptica. O programa Norte Conectado funciona como um amplo programa social ao estender seus cabos em leitos de rios, operação complexa que evita os custos e dificuldades ainda maiores de uma lentam, demorada e custosa tentativa de estendê-los sem prazos curtos nem fácil execução pela via terrestre, que demandaria também o desmatamento de áreas de impacto ambiental.

Submersos, seu impacto é mínimo. Até que se complete o cronograma entregue pela Anatel à EAF (Entidade Administradora de Faixa) serão R$ 1,5 bilhões bem aplicados.

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Crise na pecuária

Com um rebanho bovino em torno de 20 milhões de cabeças, Rondônia sofre atualmente uma crise na sua pecuária, justamente num dos sustentáculos do agronegócio, respondendo por parcela importante do PIB estadual. O preço da arroba do boi desabou para R$ 180,00 quando a algum tempo atrás chegou a bater R$ 300,00, conforme atesta o deputado Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná) que ecoou recentemente na Assembleia Legislativa os reclamos dos pecuaristas rondonienses. A situação é de apreensão em vista das dívidas contraídas pelos criadores para melhorar o rebanho.

Crise em crise

E de crise em crise Rondônia vai abrindo o bico. É crise na esfera de segurança pública, onde o estado de Rondônia é campeão de casos de feminicidios, onde as autoridades de segurança pública não conseguem   sequer elucidar os casos de roubo de cabos elétricos nas praças, avenidas e residências, onde as facções do crime organizado tomaram conta do pedaço, no municipalismo onde 61 por cento dos municípios rondonienses se afundaram em dividas e estão com dificuldades de pagar as contas neste final de ano. Neste cenário cinzento, os tons seriam mais escuros ainda na capital, não fosse o governo do estado e a prefeitura de Porto Velho pagar em dia o funcionalismo.

Previsões furadas

Desde que foram concluídas as obras de estação do Complexo da Estrada Madeira Mamoré, as margens do Rio Madeira, em Porto Velho, já foram formuladas pelo menos quatro previsões de inaugurações daquele patrimônio histórico e mais um, o prognostico de agosto, agora chutado para outubro, está em andamento. Desta vez não faltaram recursos, o patrocínio foi da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, a empreiteira trabalhou dentro dos prazos, mas a entrega esbarra em conflitos de documentos entre as autoridades municipais e federais sobre aquele a situação. Se a inauguração acontecer mesmo em outubro, pode ocorrer no aniversário de Porto Velho

Apoio de Bolsonaro

Começou uma verdadeira corrida em busca do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições municipais de Porto Velho. Como se recorda, o ex-presidente tem grande prestigio em Rondônia e a maioria dos prováveis postulantes prefeitura da capital são do segmento da direita conservadora. Neste caso, travam peleja pelas bênçãos do ex-presidente no pleito do ano que vem os deputados federais Fernando Máximo (União Brasil), Cristiane Lopes (União Brasil), Coronel Chisóstomo (PL), Mariana Carvalho (Republicanos), Leo Moraes (Podemos) e Marcelo Cruz (Patriota).

Vuduzando Bagatolli

Por outro lado, tem muita gente voduzando o senador Jaime Bagatolli (PL-RO), o favorito de Bolsonaro, para a disputa do governo do estado em 2026. Existem vários pedidos de cassação do seu mandato, entre eles, o mais recente por abuso de poder econômico no pleito do ano passado. Não estão dando tempo nem para o enfermo Bagatolli respirar direito no hospital, em São Paulo, onde se reestabelece de recente operação. Se perder a parada, Bagatolli, além de perder o cargo de senador perderá credibilidade também na briga pelo governo estadual em 2026.  

Via Direta

*** Para reduzir o custo da importação de sal para o rebanho bovino rondoniense, o deputado federal Lucio Mosquini (MDB) reivindica ao Ministério dos Transportes a instalação balsas em Costa Marques, na fronteira com a Bolívia *** Também pede a esfera federal um posto de alfandegário para facilitar os tramites de importação e exportação para a Bolívia *** Trata-se de reivindicações antigas da região, sempre lembradas também pelo deputado federal Lebrão (União Brasil) desde os tempos do seu mandato na Assembleia Legislativa ***Muitos banhistas já se refrescando nas areias  límpidas de Fortaleza do Abunã, balneário apreciado por rondonienses e acreanos. É o festival de Praia em andamento até domingo.