Segunda-feira, 14 de agosto de 2023 - 07h39
Procrastinar,
esquecer promessas, dar jeitinhos para fugir aos rigores da lei e fazer leis
formais, “pra inglês ver”, são práticas cínicas associados às manobras de
governantes que tentam encarnar em si ou em sua seita, compadrio ou associação
os três poderes republicanos. Na República perfeita, o Parlamento cria as leis,
o Executivo as cumpre e o Judiciário zela pela sua aplicação.
Quando
o Congresso julga, o Executivo legisla e o Judiciário embaraça os dois a
imperfeição se arrisca a favorecer um deles por imposição do poder paralelo da
hegemonia econômica. Uma das consequências maléficas da supremacia de um dos
poderes, especificamente o Executivo, por conta de arranjos militares e
elitistas, é o cinismo das leis descumpridas sem punição, origem da corrupção,
do autoritarismo e da prevaricação.
Nesse
quadro, tirar o corpo fora das responsabilidades e atribuir culpas a terceiros
é comum. Os incêndios florestais, por exemplo. Afirmar que não há queimadas na
Amazônia porque floresta úmida não pega fogo é cinismo, pois florestas úmidas
não se incendiam naturalmente, a não ser em raríssimas condições, mas quem joga
gasolina e acende o fósforo destrói o que estiver ao alcance das chamas. O
fenômeno El Niño, advertem os cientistas, aumenta o risco de incêndios
florestais. Desde que não sirva de desculpa para omissões, importa que o
monitoramento dos focos de calor se aprimore e leve a uma boa prevenção.
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Fora do PAC
A
nova edição do Plano de Aceleração do governo Luís Inácio Lula da Silva até foi
generosa com Rondônia atendendo grandes reivindicações dos rondonienses,
incluindo a construção da ponte binacional sobre o Rio Guaporé, uma obra
grandiosa, ligando o Brasil a Bolívia. Mas um dos maiores pleitos das bancadas
de Rondônia e do Amazonas não foi atendida, que é a restauração completa da
rodovia 319, que conecta Porto Velho a Manaus e que durante o inverno amazônico
fica intransitável. Mesmo agora, no verão, as empresas de ônibus perfazem o trajeto
de 900 quilômetros em difíceis 24 horas
Faltam recursos
Nas
versões anteriores, só foram atendidas as projeções de menos de 10 por cento no
PAC 1, no segundo governo Lula e menos de 30 por cento do PAC 2, durante o
governo da presidenta Dilma Rousseff. Não deverá ser tão diferente neste PAC 3,
em vista da falta de recursos no orçamento. E a planilha do PAC 3 desilude as
bancadas federais de Rondônia e do Amazonas que tem se esgoelado na busca da concretização
da pavimentação da rodovia Porto Velho- Manaus que tem no trecho do chamado
“meião”, com mais de 400 quilômetros, seu maior gargalo durante o inverno amazônico.
Uma necessidade
No
momento em que as empresas aéreas estão cobrando até R$ 2.100,00 por uma
passagem entre Porto Velho e Manaus, para pouco mais de uma hora de viagem,
rondonienses e amazonenses precisam mais do que nunca da rodovia asfaltada, já
que a passagem de ônibus das linhas de ônibus até a capital amazonense custa
menos de um terço da tarifa aérea. Entendo que a BR 319 seria muito mais prioritária
para a região Norte do que a ponte binacional, já que a rodovia conta com um
movimento intenso, transitando toneladas de mercadorias de Rondônia e o Acre
para o Amazonas.
As movimentações
Diante
da desistência do ex-deputado federal Mauro Nazif (PSB) em disputar mais uma
vez a prefeitura municipal de Porto Velho, os partidos de esquerda começam a se
reunir no sentido de buscar um nome em condições de enfrentar postulantes com
asas mais crescidas, como Mariana Carvalho (Progressistas), Fernando Máximo (União
Brasil), Leo Moraes (Podemos), entre tantos outros nomes já ventilados. Com
isto as lideranças se voltam a ex-senadora Fatima Cleide (PT), o advogado Vinicius
Miguel (PSB), Pimenta de Rondônia (PSOL) e Batista Pantera (PC do B).
Duas audiências
Durante
a semana, em Porto Velho, teremos duas audiências públicas para tratar da
suspensão de voos em Rondônia, que vão acontecer na Câmara de Vereadores de
Porto Velho e na Assembleia Legislativa do estado. No Congresso Nacional já foi
realizada uma audiência na semana passada, mas nada de concreto aconteceu,
muito pelo contrário, porque durante a sessão a empresa Azul anunciou pela imprensa
a paralisação dos voos diretos de Porto Velho para Cuiabá, a partir de outubro.
Na sua recente visita a Rondônia o ministro dos Portos e Aeroportos Marcio
Franca prometeu agir na busca de uma solução, mas é mais fácil galinha criar
dentes.
Via Direta
***Com o preço do açaí disparando no
mercado internacional em breve teremos um preço salgado para consumir a delícia
nestas bandas de Rondônia *** A Energisa segue dando combate aos “gatos”, ou seja, as
ligações elétricas clandestinas na região metropolitana. Quem acreditava que só
as classes menos favorecidas recorriam ao furto de energia, está enganado *** A coisa vai de empresários de padarias
a mansões, temos gatunos miliardários nas paradas *** Grande expectativa no
comércio e da população a realização da Exposição Feira Agropecuária de Porto Velho
– Expovel que ficou paralisada durante 11 anos *** O evento retorna no Parque dos Tanques como ocorria antigamente ***
O local já está recebendo melhoras para o evento.
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