Quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024 - 08h05
O
Brasil começou o ano com vários abalos. O sísmico ocorrido há pouco na Amazônia
foi o maior já registrado no Brasil, o que faz lembrar também a recente mãe de
todas as secas. O abalo do déficit, que seria suave se limitado a 1%, subiu a
2,1% do PIB em 2023, embora seja correto tirar do total o impacto dos
precatórios.
Só
para ficar nos grandes abalos, há também o terremoto da desarticulação entre os
três poderes. A causa primária desse problema é político: o governo ainda não
conseguiu (ou não quis) unir a Nação em torno de uma agenda mínima.
A
causa secundária é o Centrão, bloco oportunista que domina o Congresso e ameaça
paralisar a administração se o governo não ceder às suas exigências. Por fim,
governo e Congresso despejam seus melindres e teimosias sobre a Justiça, está perdendo
popularidade a cada penduricalho que infla astronomicamente os ganhos da
magistratura. O remédio para isso poderia ser um composto de Constituição e bom
senso tomado de hora em hora.
Dos
três abalos, só um cabe à natureza. Se as camadas tectônicas se acomodarem, o
Brasil não sofrerá um tremor ainda pior. Reduzir o déficit e evitar a paralisia
do país dependerão da boa vontade dos patriotas de unir a Nação e enterrar as
bolhas “ideológicas” que se agridem sem proveito. Em sentido positivo, o
Ministério da Defesa dá curso a um trabalho de pacificação admirável. Se os
aloprados não atrapalharem será um sucesso.
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Eleições 2024
Passadas
as Folias de Momo, começa efetivamente a jornada das eleições municipais no
Estado. Na capital, os blocos estão em formação, mas com o quadro político
ainda nublado, com muitas candidaturas ainda concentradas na base aliada do
governador Marcos Rocha. Da base do governador são considerados pré-candidatos
em definição Fernando Máximo (União Brasil), Leo Moraes (Podemos), Marcelo Cruz
(Patriota) e Cristiane Lopes (União Brasil). Da base do prefeito Hildon Chaves
(PSDB), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos).
Os entendimentos
Do
bloco que se opõe aos candidatos bolsonaristas acima, formado pelo MDB/PT e que
pode ser estendido ao PSB, as opções são Wilians Pimentel (MDB), ex-senadora
Fatima Cleide (PT) e Vinicius Miguel (PSB). Também existe a possibilidade de
algum postulante preterido pelos partidos bolsonaristas ganhando convite para
pilotar uma candidatura à prefeitura de Porto Velho por outro partido, afinal o
grupo do governador vai se unir em torno de uma única postulação. Vai sobrar
muita gente revoltada com o andamento das conversações, incluindo Mariana Carvalho
se for preterida pelo governador.
Na história
Depois
de um longo período com prefeitos nomeados, em 1985 o município de Porto Velho
voltou com eleições diretas ao antigo Paço Municipal. O então ex-deputado federal
Jeronimo Santana, foi eleito naquele ano, o ex-deputado federal Chiquilito
Erse, em 1988, ex-deputado federal José Guedes em 1992, Chiquilito Erse voltou
a ser eleito em 96, o ex-deputado federal Carlinhos Camurça (que foi vice de
Chiquilito e concluiu seu mandato) em 2000. O ano de 2004 foi marcado por uma
grande surpresa, a eleição de Roberto Sobrinho (PT), que foi reeleito em 2008.
Em 2012 subiu ao pódio o ex-deputado Mauro Nazif, em 2016 o fenômeno Hildon
Chaves (PSDB), reeleito em 2020.
As trajetórias
No
retrospecto das eleições municipais de Porto Velho, se vê que os deputados
federais predominaram. Jeronimo, Chiquilito, José Guedes e Camurça. Na disputa 2024,
temos a ex-deputada federal Mariana, o ex-deputado federal Leo Moraes, os atuais
deputados federais Fernando Máximo e Cristiane. Dos estaduais até hoje apenas
Tomas Correia virou prefeito com a renúncia de Jeronimo Santana para disputar o
governo estadual em 1996. Dos atuais estaduais com chances, apenas Marcelo
Cruz, liderança emergente e com forte apoio do meio evangélico, desponta com
chances de sucesso.
Em evidência
Nas
últimas sondagens do ano passado, estavam em evidencia para chegar a um
possível segundo turno –isto e previsível em vista do fracionamento do eleitorado
com tantas candidaturas – os nomes de Mariana Carvalho, Fernando Máximo, Leo
Moraes, Marcelo Cruz e Cristiane Lopes. Os nomes do bloco formado pelo
PT/MDB/PSB, que são Fatima Cleide, Willians Pimentel, e Vinicius Miguel começam
a jornada ainda distantes do primeiro pelotão, mas a tradição em Porto Velho é
de zebraças, de grandes surpresas ao final dos pleitos, por conseguinte na capital
rondoniense tudo é possível.
Via Direta
*** O prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves esta recapeando boa parte da malha viária urbana. Se vê esta atividade
em vários bairros da capital em ruas e avenidas estratégicas importantes para o
escoamento do trafego *** Ao mesmo tempo em vários bairros de Porto Velho segue o tradicional
problema das alagações ocasionados pela falta de drenagem. São ruas se
transformando em igarapés da noite para o dia como todo ano acontece *** Ainda temos muito garimpo clandestinos
nas proximidades do Rio Madeira entre Porto Velho e Humaitá *** Tudo com o
combo do ouro ilegal e tráfico de cocaína com a utilização dos piratas do Madeira,
que tem saqueado embarcações na região.
Os vereadores de Porto Velho estão acendendo uma vela para Leo Moraes e outra para Hildon Chaves
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