Quarta-feira, 16 de agosto de 2023 - 08h27
Seguindo
o script da lenda mineira segundo a qual o motorista do governador não pode
levar o carro para a rua nem tão rápido que pareça em fuga nem tão devagar que
pareça provocação, a Declaração de Belém, síntese da Cúpula da Amazônia, não
foi tão contundente a ponto de desencantar possíveis parceiros europeus nem tão
suave para ignorar pontos cruciais do drama climático mundial e suas
vinculações com as inúmeras carências da região.
Sendo
o que se esperava dela, a declaração foi abrangente – compõe-se de 113
objetivos – e se carro andou rápido foi ao deixar a cada país (Brasil, Bolívia,
Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) definir o timing da concretização
de acordo com suas possibilidades e circunstâncias. Ao menos manteve a meta
geral de zerar a devastação até 2030.
Movendo
o carro devagar, prevê a criação de sete novos organismos internacionais, ainda
a montar, para as questões indígenas e climáticas. A provocação está em que a
providência corresponde à velha contemporização político-administrativa de
criar grupos de trabalho para se debruçar especificamente sobre questões
complicadas. Felizmente o lançamento da Aliança Amazônica de Combate ao
Desmatamento para unificar as ações de todos os países para a proteção da
floresta é auspiciosa e leva o documento final da Cúpula da Amazônia ao ponto
central: unir esforços para salvar a floresta e o clima.
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Com 23 cadeiras
Neste
segundo semestre, começa a corrida pelas 23 cadeiras da Câmara de Vereadores de
Porto Velho na eleição 2024 ampliadas sem consulta a população. São os atuais
21 vereadores buscando a reeleição e mais uns 15 ex-deputados estaduais, alguns
deles com grande poder de fogo, além de lideranças distritais de União Bandeirantes,
Extrema e Jacy-Paraná criando asas. Os atuais edis se espicham por todos os
lados para garantir mais quatro anos de mandato e alguns bem avaliados pelos
bons serviços à comunidade, outros já com a testa carimbada de “avestruz” ou
“vaca de presépio”, que diga-se de passagem, a maioria deles.
Rondônia colônia
A história
nos lembra como o Brasil era tratado no ciclo Brasil colônia. É o que vemos as
empresas aéreas fazendo com Rondônia, nos tratando como colônia, onde sofremos
as penas dos infernos. Rondônia se transformou num estado “sem voos”, ficará
sem voos diretos para Cuiabá e Manaus até o final do ano. Nossa classe política
deve estar desprestigiada, pois a cada audiência pública realizada, assistimos
novos cortes das companhias aéreas. E agora a GOL se aliou a Azul no propósito de
reduzir voos em Rondônia nos seus projetos e o compromisso de o governo federal
priorizar a malha aérea na região Norte, é pura balela.
Água é vida!
A Companhia
de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd, um abrigo de marajás e compinchas de
políticos desde as décadas passadas anuncia que está aumentando geometricamente,
mais do que quintuplicando – a captação de água do Rio Madeira e com isto
tenciona atender melhor as demandas da população de Porto Velho que tem apenas
a metade de seus habitantes recebendo água encanada em suas residências. Em release,
dizendo que água é vida, a companhia não explica como vai enfrentar a contaminação
do mercúrio provocado pelo garimpo na sua maior fonte de captação. Tempos
difíceis pela frente - com o câncer aumentando a cada ano.
A imigração
Segue
a imigração de famílias rondonienses fixadas em décadas passadas em Colorado do
Oeste e Cerejeiras, para Portugal, Estados Unidos e Espanha. O IBGE registrou grandes
perdas populacionais nestas duas cidades nos últimos anos e uma enorme revoada
de volta de migrantes paranaenses e catarinenses para os setores de construção
civil, cooperativas, frigoríficos e industrias em Cascavel (PR), Ponta Grossa
(PR) e Chapecó (SC). Em Camboriú (SC) também é enorme a presença de operários
rondonienses, acreanos e paraenses na construção civil, uma das mais badaladas
praias do sul do País atualmente.
Cenário comum
Nas
capitais do Norte, dominadas pelo narcotráfico, o cenário de execuções diárias,
em disputa pelas facções criminosas, se tornou rotina em Porto Velho, Rio
Branco e Manaus. Não é à toa que os presídios destas capitais estejam
superlotados de criminosos pertencentes as facções que disputam território na
venda de entorpecentes. É um verdadeiro banho de sangue com as populações
aterrorizadas e as autoridades de segurança sem soluções para a questão da
segurança pública. Famílias, mas abastadas nas referidas capitais estão mandando
seus filhos para Portugal. Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.
Via Direta
*** Seguindo uma tendência do Mato Grosso
e Rondônia, o estado do Acre dobrou sua produção de soja no último ano,
fomentando com isto toda cadeia do agronegócio *** É coisa de louco,
os garimpeiros amazônicos já estão faiscando até no Pico da Neblina. Será uma nova
Serra Pelada? *** Se o Brasil não resolve
nem problemas como o de balas perdidas no Rio de Janeiro, dos piratas nos rios
da Amazônia, da cracolândia em São Paulo, como acreditar que será possível reduzir os seguidos recordes de feminicidios
no País? *** Em Rondônia as autoridades de segurança pública sequer
conseguem elucidar os furtos de cabos elétricos nas residências, parques e
avenidas. É muita incompetência.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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