Quarta-feira, 19 de janeiro de 2022 - 09h02
A lição
contida na apreciada animação “Ainbo – A Guerreira da Amazônia”, de Richard
Claus e Jose Zelada, é de que, acredite-se ou não na existência de espíritos da
floresta, anjos ou deuses protetores, os problemas não serão resolvidos se os
homens não tratarem de seus assuntos com firme determinação.
A
tese predominante na história é que se Ainbo e seus povos não se esforçarem, os
espíritos benignos ficarão inativos nas árvores e na biodiversidade inerme. Sem
ação humana positiva, a floresta será destruída pela ganância e pela
insensatez. Na vida real, essa avaliação moral é apoiada por uma enxurrada de
estudos que apontam a ação (ou omissão) humana como a base dos rigores
climáticos e tragédias naturais que se agravam com temperaturas ao redor de 40
graus no Sul, em locais antes famosos pela neve, que davam à paisagem ares
europeus.
Menos
discretos que os espíritos da floresta, que não têm forma, cheiro, sabor ou
ação observável, há materiais quase invisíveis que aumentam muitas vezes de
tamanho e se transformam em monstros bem visíveis, interferindo nos assuntos
humanos. São os aerossóis que saem dos escapamentos dos carros, sobem para a
atmosfera e rapidamente crescem até 400 vezes, afetando o regime de chuva por
oxidação. Resultando de ação humana, as fumaças venenosas só poderão ser
vencidas por ação também humana. O espírito, nesse caso, é à vontade.
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Eleição 2022
Os
adversários do ex-governador Ivo Cassol, que foi um grande governador e um
senador nem tanto, acreditam que se ele não resolver logo suas pendências com a
justiça estará fora do páreo para a eleição de outubro neste ano. Se a coisa
continuar catimbada Ivo concorreria o pleito sub-judice e a desconfiança de que
sua candidatura não seria habilitada contaminaria sua postulação como já
ocorreu com outros políticos que tombaram nas pelejas ao governo estadual. Um
cenário desconfortável já que Ivo larga com grande favoritismo para mais um
mandato de governador.
Cartas na manga
De
qualquer forma Ivo Cassol não ficará fora das eleições 2022. Mesmo impedido de
disputar o pleito ele tem o projeto de viabilizar a eleição da atual deputada
federal Jaqueline Cassol (PP) ao Senado ou indica-la numa composição a
vice-governadora numa chapa de ponteira. Outra forma de participação seria
lançar o nome do seu afilhado político, o deputado federal Leo Moraes (Podemos)
para galgar o CPA Rio Madeira. Enquanto isto seguem os esforços do escritório jurídico
do ex-governador para tirá-lo da enrascada causada ainda nos idos da prefeitura
de Rolim de Moura.
O eleitorado
Vamos
ver como será o comportamento do eleitorado diante de duas situações na
capital. A primeira é da ex-vereadora Cristiane Lopes que obteve a façanha de
receber quase 100 mil votos a prefeitura de Porto Velho com apoio da família
Cassol (PP) e principalmente do deputado federal Leo Moraes (Podemos). A pergunta
que se faz é se conseguirá pelo menos a metade destes votos, sem apoio dos seus
padrinhos políticos que foram traídos e agora vão apoiar outros nomes a federal.
A segunda situação é do jovem e promissor Vinicius Miguel. Ele obteve boa
votação a prefeito, mas recebendo votos anti-Hildon Chaves e depois virou a
casaca. Agora será candidato a deputado estadual com a rejeição de boa parte do
seu eleitorado.
De rocha!
Ninguém
acreditava que o ex-prefeito, ex-deputado federal, ex-governador por duas vezes,
o atual senador Confúcio Moura (MDB) ainda tivesse apetite por embates eleitorais.
Com mais de 70 anos de idade, mas com uma saúde de ferro, uma verdadeira rocha,
o governador das viradas, está aí de novo para mais uma peleja e já correu o
estado como um papa-léguas, sempre com sua simpatia, sorriso franco envolvente,
buscando a conciliação do seu partido para mais uma grande vitória neste ano.
Algumas alianças já estão alinhavadas para enfrentar sua cria, o atual
governador Marcos Rocha (União Brasil), o senador Marcos Rogério (PL) e Anselmo
de Jesus (PT). Já, Ivo (PP), segue impedido de disputar o governo.
Visita de Lula
Os
diretórios estaduais do Partido dos Trabalhadores-PT esperam viabilizar uma
visita de Lula em Porto Velho, para turbinar as candidaturas do ex-deputado federal
Anselmo de Jesus em Rondônia e no Acre, para viabilizar o ex-senador Jorge
Viana. Nos encontros seriam anunciadas as novas filiações, muitos reforços
chegando nos dois estados onde Jair Bolsonaro teve suas melhores votações
proporcionalmente no pleito de 2018. O PT também busca reforçar as nominatas a Câmara
dos Deputados nestes dois estados porque vai depender desta representatividade
para garantir recursos do fundão eleitoral a partir de agora.
Via Direta
*** O canibalismo provocado por tantas candidaturas
a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados em Ji-Paraná preocupa as
lideranças da capital da BR *** Ocorre que o fracionamento dos votos é
prejudicial a reeleição dos seus representantes e com isto municípios mais
unidos e com menor densidade eleitoral podem levar vantagem. A palavra de ordem
é praticar bairrismo, votar nos candidatos locais *** O MDB rondoniense vai alinhavando uma chapa a Câmara dos Deputados
que pode contar com Lucio Mosquini (Ouro Preto do Oeste), Marinha Raupp (Rolim
de Moura), Natan Donadon (Vilhena), José Amauri (Jaru), Lebrão Filho (São
Francisco), entre outros nomes *** A nominata do Aliança Brasil também vem
rachando: Evandro Padovani (Vilhena), Cristiane Lopes (Porto Velho), Junior
Gonçalves e Fernando Máximo (Porto Velho).
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