Quinta-feira, 18 de janeiro de 2024 - 08h06
Usar
bem o dinheiro do contribuinte é um dos grandes desafios dos poderes públicos.
Com os recursos se pode construir obras úteis, mas sem visibilidade, como os
encanamentos de esgotos, ou elefantes brancos apenas para ser vistosos nas
inaugurações.
Como
o dinheiro não escolhe para onde vai, sua administração requer sabedoria. Neste
mundo louco, a corrupção, o desperdício e a incompetência consomem recursos que
ao contrário de ser usados com sabedoria vão para prioridades também malucas.
Na guerra
da Ucrânia, por exemplo, a despesa militar mundial subiu a US$ 2,24 trilhões em
2022, segundo o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo. Essa
mesma guerra deve ter custado à economia global US$ 2,8 trilhões em produção
perdida até o fim de 2023, segundo a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A
morte de 200 mil pessoas no conflito não pode ser calculada em dólares, mas
seria evitada se tanto dinheiro fosse canalizado para obras úteis. Como a
guerra contra a piora do clima, por exemplo. Pesquisadores da Embrapa Meio
Ambiente supõem que o pagamento por serviços ambientais prestados pelas
comunidades agroextrativistas pode ser uma estratégia eficaz para impulsionar o
desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios das mudanças climáticas e
do desmatamento. Melhor pensar nisso que em explodir bombas para destruir e
matar.
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Cenário alterado
Num
cenário com três nomes disputando o pódio para um previsível segundo turno,
onde só temos duas vagas, tudo pode mudar com a escolha dos candidatos do PL e
do MDB em Porto Velho. Mariana Carvalho (Progressistas), Fernando Máximo (União
Brasil) e Leo Moraes (Podemos) tem a melhor largada, mas podem enfrentar
agruras pela frente. Um dos percalços pode ser a definição do candidato do PL,
que teria o apoio do ex-presidente Jair Messias e da sua esposa Michele. O nome
do PL poderia virar de cabeça para baixo o atual quadro sucessório da capital
rondoniense, desde que não seja o indigerível Coronel Chrisostomo.
Candidato do MDB
Na
peleja com o bolsonarismo temos o MDB, liderado pelo governador paralelo Confúcio
Moura talvez, projetando um nome mais conservador, digamos com o perfil das
sobras da aliança Marcos Rocha– Hildon Chaves. Na escolha governista recaindo
sobre Mariana, sobram nomes de alta densidade como Fernando Máximo, Cristiane
Lopes e Leo Moraes. Qualquer um deles, com as bênçãos bolsonaristas na capital,
se torna um nome temível e com força para entrar no segundo turno. Neste caso a
candidata chapa branca Mariana seria a maior prejudicada.
Aliança definida
No
entanto, dificilmente o MDB vai recorrer a esta estratégia de lançar um nome
mais conservador. Ocorre que o próprio presidente Lula desenha uma aliança nas
capitais, e no caso de Porto Velho, o quadro rabiscado é com o MDB/PT liderando
uma coalizão de centro-esquerda. Nomes competitivos, nem MDB, tampouco o PT,
contam para a peleja. No entanto outros partidos estão sendo atraídos para a
disputa. Por enquanto o PT tem a ex-senadora Fatima Cleide como um nome para compor
e o MDB o ex-deputado estadual Willians Pimentel para negociar.
Entrando no páreo
E
também se constata uma nova alternativa na disputa do Prédio do Relógio, sendo
costurada. Trata-se do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz
(Patriotas). É bolsonarista e pode ser até uma boa alternativa para o PL, que
ainda não tem candidato definido para disputar a sucessão do prefeito Hildon
Chaves. Desembarca nas convenções de junho com o respaldo de vários deputados
estaduais, de prefeitos importantes no interior e com expressiva referência
conservadora, já que tem grande apoio do meio evangélico em todo estado. É um
nome em ascensão, já está no trecho e tem recentes sondagens de outros
partidos.
Asas crescidas
O
deputado estadual Laerte Gomes (PSD), que foi o recordista de votos para a
Assembleia Legislativa do estado no pleito de 2022, está de asas crescidas e já
se articula para disputar uma cadeira à Câmara dos Deputados em 2026. Bem
articulado, com uma baita lábia populista ele tem fortes bases na região
central e tem espichado seus redutos para Porto Velho, região do Café e Vale do
Jamari. Páreo duro para os atuais federais que tiveram votação mixuruca em
2022, como Lebrão e Mauricio e um osso difícil de roer para a deputada federal
Silvia Cristina (PL), num confronto direto na região central.
Via Direta
*** O Senado estuda variantes para a
saidinha dos presidiários em datas comemorativas e os analises estão em
andamentos no Congresso Nacional*** Projeto vetando as saidinhas já foi
aprovado na Câmara dos Deputados no ano passado *** O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves está entusiasmado com sua
administração e acredita que sua popularidade pode chegar a 90 por cento até o
final do seu mandato *** Os adversários dizem que nem Jesus Cristo teve
tamanha aceitação e nem teria nos dias de hoje, ainda mais numa cidade tão dividida como Porto Velho, onde até inauguração
de WC público dá confusão ***Hildão terá
condições de provar nas urnas aos oposicionistas de pouca fé.
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