Segunda-feira, 9 de setembro de 2024 - 10h44
O
copo meio cheio indica que a produção de peixes amazônicos vai crescer 5% em
uma década. O copo meio vazio deixa claro que 5% é pouco para o imenso
potencial produtivo da região. Em todo o caso, a tendência é o copo meio vazio
não perder mais água e o meio cheio subir positivamente de nível a partir de
interessante estudo elaborado pelo Instituto Escolhas que traz o sugestivo
título de “Solução debaixo d’água: o potencial esquecido da piscicultura
amazônica”.
É
de esperar que os especialistas, os governantes, parlamentares, empresários,
investidores e sociedade em geral tratem de se debruçar sobre esse estudo, em
detalhes, para superar o meio vazio com as ações necessárias para preenchê-lo.
Basicamente, o que o estudo sugere é que de acordo com os fatores estruturais
da atualidade a produção de peixe na região tende a passar de 175 mil toneladas
para 183 mil toneladas nos próximos dez anos, mas poderia ser melhor.
A
questão é como. Logo de saída, criar riquezas nas abundantes águas da região
pode ser feito sem matá-las, sobretudo considerando que o cultivo de peixes
nativos da Amazônia precisa de até 10 vezes menos espaço para produzir a mesma
quantidade de carne que a pecuária extensiva, com suas evidentes e danosas
interferências no meio ambiente. O copo vai encher à medida que novos estudos
comprovarem esse valioso diferencial.
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Cães de guerra
Como
selvagens cães de guerra, os “contras” (assim são designados os candidatos
oposicionistas na capital) começam uma briga canibalesca em busca de uma vaga
no previsível segundo turno da eleição em 6 de outubro com os chapas brancas (os
governistas). A brigarada oposicionista é vista com bons olhos peles
governistas porque facilita vida da postulante Mariana Carvalho (União Brasil) chegar em primeiro
lugar e abrigar descontentes oposicionistas no turno seguinte. A eleição vai esquentar
com pesquisas falsas, e pau no lombo de Mariana e de Hildão.
Legiões de fantasmas
Os
“contras” – que são os candidatos da oposição – estão desconfiados que a
aliança chapa branca em Porto Velho vai lançar milhares de funcionários
públicos comissionados nas ruas nos últimos dias de eleições em apoio a Mariana
e entre eles uma legião de fantasmas abrigados em órgãos públicos. Acredita-se
que os esforços são no sentido de que o projeto dos governistas é forçar a
barra para eleger Mariana Carvalho ainda no primeiro turno, porque no segundo turno as dificuldades serão
maiores, com agrupamentos da oposição unificados, numa batalha duríssima.
Um campeonato
Assistimos,
estimados caras-pálidas e aldeões, um verdadeiro campeonato dos candidatos a vereança
endinheirados. Concluo que não acontece mais a conquista através de prestigio
ou popularidade e sim para aqueles que tem mais dinheiro no bolso e desta forma
a compra de votos vai rolar solta nas eleições este ano. Temos candidatos a veadores
milionários, empresários, médicos, donos de empresas de grande faturamento na
disputa. Nunca as cadeiras de vereadores serão tão disputadas, vários
ex-deputados estaduais estão também na peleja, casos de Eyder Brasil, Jesuino
Borabaid, Hermínio Coelho, Claudio Carvalho, entre outros.
Voto útil
Ainda
temos uma multidão de indecisos para o pleito na capital, fato que pode ocasionar
grandes viradas nas próximas semanas na capital. Além dos indecisos, projeta-se
uma fantástica abstenção do eleitorado, já que nas pesquisas vigentes se fala
claramente que muita gente não vai comparecer às urnas, que os polidos são
todos ladrões, etc., etc. Mas entre os que vão votar na oposição, temos pela
frente ainda o voto útil, a procura pelo eleitor de um candidato que o eleitor considera
o nome mais preparado e em condições de derrotar as chapas brancas que apoiam
Mariana Carvalho.
Dois pelotões
Sejamos
francos, temos dois pelotões de candidatos formados na busca do Prédio do
Relógio, sede do governo municipal da capital. No primeiro pelotão, os quatro
nomes que realmente estão disputando as duas vagas no segundo turno, que são
Mariana. Leo Moraes, Célio Lopes e Euma Tourinho. Os três restantes – Samuel
Costa, Benedito Alves e Ricardo Frota - estão aí para fazer barulho e tentar se
eleger deputado estadual em 2026. É mais fácil galinha criar dentes do que um
dos três chegar ao segundo turno. A
cartomante Mana Euma já tinha razão no seu jogo de cartas, estes estão fora
mesmo do páreo.
Via Direta
*** Que situação! Os clientes já estão
assaltando até as garotas de programa. Até o lenocínio se tornou um ramo difícil
e de risco em Porto Velho. No Cai N’Agua, nossa região portuária, cliente assim
é tratado com facada no bucho *** Candidatos a vereadores de vários partidos
se queixando que não tiveram acesso aos recursos do fundão eleitoral. Os
Diretórios Municipais estão reservando os recursos para os dias finais de
campanha *** O lençol freático na região
metropolitana baixou de vez. E não temos nem água da Caerd, tampouco dos poços
caseiros. Um desespero para as famílias de baixa renda.
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