Terça-feira, 6 de junho de 2023 - 08h06
O
semipresidencialismo informal vigente no Brasil só funciona com a ida do
presidente da República ao supermercado congressual. Lá, o antes imoral e
corrupto Varejão é hoje tolerado como patriótico mercado. O governo recebeu o
recado de que a MP dos Ministérios não ia passar sem a ida do presidente às
compras. Ele foi e o carnê bateu em R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares. Por
ora, todos contentes: o presidente com a compra e os congressistas com a
fartura de recursos liberados. Até a próxima MP.
A
ida às compras no Varejão já foi prática imoral. Transnacionais e grandes
empresas nacionais sempre foram grandes clientes, mas o acesso ao colchão da
Viúva, metáfora para cofres públicos, é menos arriscado e alvo fácil: basta
saber o que o governo prometeu e cobrar pela entrega. Habitualmente, os povos
prejudicados não conseguem satisfazer os apetites dos vendilhões que negociam
votos com interesses particulares em prejuízo da Amazônia. São postos em listas
depreciativas, mas se a intenção é desmoralizá-los, o recurso não funciona.
Tais
listas só fornecem nomes a quem quiser comprá-los e, no fim, os recursos da
compra são usados para a compra de votos e reprodução dos mandatos. Hoje,
quando o mundo precisa da Amazônia para sua sobrevivência, pagar a seus povos
por serviços ambientais será mais útil e defensável que ir ao Varejão.
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Direita reforçada
Depois
de uma licença de seis meses, que foi considerada pagamento de dívida de
campanha com seu financiador, o atual senador Samuel Araújo (PSD), o senador
Marcos Rogério (PL-RO) está voltando as atividades parlamentares no Congresso Nacional
no próximo dia 12. Expoente do bolsonarismo, Rogério está perdendo espaço em
Rondônia para o senador Jaime Bagatolli (PL-RO), possível candidato ao governo
de Rondônia nas eleições de 2026. Marcos Rogério deve sair a reeleição em
dobradinha com Bagatolli, o rei da cocada preta do bolsonarismo rondoniense.
As caravanas
No
adágio popular se diz que quem não tem cão, caça com gato. Na impossibilidade
do protagonismo do turismo na Amazônia, onde Manaus e Belém são as capitais
mais requisitadas por turistas nacionais e estrangeiros, Rondônia com este
segmento ainda engatinhando, se contenta em explorar as caravanas de turistas
acreanos que tem grande predileção pela praias de Fortaleza do Abunã, onde muitas
famílias tem casas de veraneios e as visitas aos parques aquáticos de Ouro Preto
do Oeste, na região central, e em Cacoal, onde as atrações de recreações nos
finais de semana e feriados são mais diversas
Cabelos em pé
Os
passageiros que desembarcam na rodoviária provisória de Porto Velho, na região portuária
já chegam com os cabelos em pé em vista da criminalidade crescente nas
redondezas. Era previsível que o terror fosse instalado, já que o terminal rodoviário
que funcionará provisoriamente durante dois anos está unindo as cracolândias da
rodoviária demolida na Av.Jorge Teixeira com as gangues de drogados instalados
naquela região ao porto do Cai N’Água. O mínimo que se espera é a instalação de
uma delegacia nas proximidades para evitar mais roubos e assaltos na região.
Dia da Prostituta
Desde
1975, foi instituído o Dia Internacional da Prostituta, em 2 de junho. Em
algumas cidades, aonde a atividade tem associações, a data foi lembrada. A
profissão mais antiga do mundo se modernizou, mesmo assim algumas casas antigas
em Porto Velho como a Maria Eunice, com mais de 50 anos de funcionamento,
seguem funcionando. Agora as garotas de programa usam mais a internet para se
comunicar com seus clientes. As mais prósperas, contam com motos ou carros para
o atendimento em hotéis e motéis, as menos bafejadas pela sorte ainda frequentam
barzinhos antigos, como ocorre na região portuária na capital.
Haja caloteiros!
Ao
longo dos anos, Porto Velho se transformou num reino de caloteiros,
principalmente com ligações clandestinas de água e energia, os conhecidos “gatos”.
Por conta disto, a Caerd que é a concessionária dos serviços de água e esgoto
na cidade está falida (também pelas gestões incompetentes e por abrigar marajás
desde os idos do território) e a Energisa, distribuidora de energia, que é a
sucessora da Ceron vem a três anos tentando desmontar as irregularidades. O que
impressiona é que os prejuízos da companhia são maiores com comerciantes e
proprietários mais abastados.
Via Direta
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