Sexta-feira, 4 de outubro de 2024 - 08h35
Debates
não deveriam ser palcos de manifestações raivosas de força bruta. É insensato reunir
candidatos e seus jagunços numa sala e esperar que uma troca de insultos não
acabe em agressões. O uso da tecnologia pode eliminar o contato pessoal e
desligar de imediato quem insulta. Não há debate sem respeito mútuo e
provavelmente os debates mais importantes travados hoje no Brasil passam longe
dos problemas dos Municípios, que só poderão ser resolvidos pela participação
de suas populações.
Um
dos debates mais importantes se refere às perspectivas do aproveitamento das
amplas reservas nacionais de petróleo. Seria no mínimo imprevidente não
utilizar tais reservas. Logo o petróleo será inútil, pois as novas tecnologias
vão bani-lo do mapa econômico mundial ao completar dois séculos de predomínio.
Esse
ponto é indiscutível e poucas vozes se erguem contra a ideia de explorar o
petróleo enquanto ele ainda for cabível para o mercado. O caldo engrossa quando
se trata de explorar petróleo na foz do Rio Amazonas. Parece um caso típico da
chamada Lei de Murphy, segundo a qual aquilo que pode dar errado vai dar errado
e da pior forma possível.
Diante
dos riscos, recomenda-se usar a própria tecnologia para proteger o meio
ambiente e explorar só o que for livre de desastres. Hoje o desastre é o mais
provável, mas não precisa ser sempre assim. Que o debate continue, no nível que
merece.
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Debate enfadonho
Com
a ausência da candidata Mariana Carvalho (União), líder nas pesquisas na
capital, o debate realizado na quinta-feira à noite pela TV Rondônia acabou
decepcionando os telespectadores. Com o confronto esvaziado, com poucas
novidades nas propostas e poucas patadas trocadas entre os candidatos, se
constatou uma candidata Euma (MDB) mais meiga, carinhosa e sorridente evitando
o desgaste da sua aparição no debate da SIC TV na semana passada onde derrapou.
Com Leo, Euma e Célio na frente, disputando uma vaga no segundo turno, era uma
excelente oportunidade para os demais candidatos oposicionistas descerem
bordoadas nos favoritos. Não aproveitaram a ocasião.
Jogo de estratégia
Sobre
a estratégia de Mariana em evitar os últimos debates – Cremero e TV Rondônia –
só as urnas dirão se foi a melhor opção. Acredita-se que seu propósito foi
evitar desgastes com os candidatos oposicionistas, pois seria o principal alvo,
pelo fato de liderar a corrida pelo Prédio do Relógio, sede do governo
municipal de Porto Velho. Todos oponentes criticaram a ausência da candidata e
aos poucos o debate ficou mais parecendo uma reunião entre amiguinhos. Afinal,
gentileza, gera gentileza, como disse Euma toda meiguinha. Ufa! Não aguentava
mais tantos jogos de encenação.
Eleições 2024
Completando
110 anos, o município de Porto Velho, como capital do estado, que elegeu primeiro
prefeito pelo voto direto em 1985, com o goiano Jeronimo Santana, vai as urnas
neste domingo, ao meio de pesquisas fakes, para eleger o sucessor (a) do atual
prefeito Hildon Chaves, cuja administração faz história. Com uma população de
aproximadamente 515 mil habitantes, um eleitorado de cerca de 360 mil eleitores,
a cidade rondoniense tem prevista uma enorme abstenção em vista da decepção da
comunidade com a nossa classe política nos últimos anos.
O efeito manada
Além
da previsão de um elevado índice de abstenção, que tem sido comum nas eleições
em Porto Velho, um efeito manado devastador com a capacidade de virar as eleições
de cabeça para baixo não pode ser descartado. Com isto, todos os candidatos a
prefeito estão esperançosos, inclusive aqueles da parte de baixo das pesquisas
(a maioria feita por pilantras). Teremos muitas surpresas também na eleição de
vereadores. A atual legislatura não
correspondeu as expectativas e existe uma sede de renovação, pois os atuais edis
sequer procediam a leitura dos projetos emanados do Poder Executivo, como
ocorreu no celebre caso do IPTU.
O voto útil
Juntamente
com um possível efeito manada, temos em curso nos últimos dias, a opção do voto
útil oposicionista. É quanto o eleitor escolhe o candidato em melhores
condições de bater quem está no poder. Com isto, candidatos até agora bem
avaliados podem desabar de uma hora para outra, enquanto que o ungido pelo voto
útil sobe como um foguete, para encarar um muito possível segundo turno. Os
chapas brancas vão às urnas na esperança de eleger a ex-deputada federal Mariana
Carvalho ainda no primeiro turno. Já, os oposicionistas, com a certeza de um
pleito em dois turnos.
Um consenso
Durante
a campanha eleitoral na capital, alguns projetos consensuais entre os
candidatos. O primeiro deles, a necessidade da prefeitura de Porto Velho criar
a Guarda Municipal, para auxiliar na segurança pública. O segundo deles, a
implantação de uma rede de abastecimento de água para atender a população, pois
só 40 por cento dos portovelhenses tem ´água tratada – e a rede de esgoto, com menos de 4 por cento da população atendida.
Outro consenso é a construção de um hospital municipal, além da revitalização
do centro histórico. Urge ainda a implantação de um centro de convenções,
etc,etc.
Nossos vizinhos
Com
enorme percentual de acreanos e amazonenses em Porto Velho, todos acompanham
com toda atenção as eleições em Rio Branco e em Manaus. Na capital acreana a disputa
polarizada envolve o atual prefeito Tião Bocalon e o ex-prefeito Marcus
Alexandre, com tendência de um pleito em dois turnos. O mesmo ocorre em Manaus,
onde o atual prefeito David Almeida se vê a frente do deputado federal Amom
Mandel e o ungido do presidente Bolsonaro. Capitão Alberto Neto na sua cola.
Que vençam os melhores!
Toda atenção
Além da enorme presença de acreanos e amazonenses, Porto
Velho conta também com grandes colônias de migrantes oriundas de Guajará Mirim,
Humaitá, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Ariquemes, Jaru e Vilhena. Todos também
acompanhando com atenção os desdobramentos das eleições em seus municípios. Outra
curiosidade é se os prefeitos mais bem avaliados no estado, como Joaozinho Gonçalves em Jaru e
Hildon Chaves em Porto Velho farão seus sucessores. E ainda, se os prefeitos na
peleja da reeleição como Garçom em Candeias, Carla Redano em Ariquemes e Alex
Testoni em Ouro Preto, Esaú Fonseca em Ji-Paraná, Adailton Fúria em Cacoal e
Flori Cordeiro em Vilhena se garantem no poleiro para mais um mandato.
Via Direta
*** Mesmo com a economia reagindo os
candidatos da esquerda chancelados pelo atual presidente Luís Inácio Lula da
Silva não estão reagindo nas principais capitais brasileiras com vistas às
eleições neste domingo, dia 6. Boulos em São Paulo é uma das exceções *** Nos últimos meses
tivemos melhoras nos índices de emprego e renda e até um recuo da inflação *** No interior rondoniense, alguns prefeitos
nadando de braçadas para a reeleição: Alex Testoni em Ouro Preto do Oeste, Fúria
(em Cacoal), Lindomar Garçom (em Candeias do Jamari) são alguns deles.
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