Sexta-feira, 29 de dezembro de 2023 - 08h00
Causa
sensação o filme “O Sequestro do voo 375”, de Marcus Baldini, baseado no episódio
real de um voo comercial da Vasp que em 28 de setembro de 1988 partiu de Porto
Velho rumo ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e em uma escala foi
sequestrado por Raimundo Nonato Alves da Conceição, um desempregado que
planejava jogar a aeronave contra o Palácio do Planalto para matar o presidente
José Sarney.
O
filme chega em meio a uma irracional polarização em que o rancor, a raiva e o descontrole
emocional causam episódios sinistros de ofensas, tiroteios, mortes. Retrata um
tempo em que ainda não havia o fenômeno das redes sociais, em que todos,
magicamente, tornam-se filósofos e analistas econômicos baseados em
desinformação e incompreensão.
O
elevado analfabetismo funcional leva pessoas a interpretar erroneamente as
informações, julgando com o fígado e a pressa. Pela força do ódio, as mensagens
são consideradas reais e repassadas sem nenhum critério, já que encaminhar
qualquer coisa é fácil e o repassador de mentiras não acha que poderá sofrer
punições. Pode-se imaginar como o episódio de 1988 seria recebido hoje nas
redes sociais, provavelmente com memes de apoio ao sequestrador e críticas ao
piloto-herói, que impediu um 11 de setembro brasileiro mais de uma década antes
do episódio das Torres Gêmeas, em Nova York.
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4 de janeiro
O
Estado de Rondônia comemora neste 4 de janeiro, 42 anos de instalação. Na época,
Rondônia já contava com 13 municípios e vivenciava um grande surto migratório
de vários estados do País, um fenômeno semelhante ao que ocorreu nas corridas
do ouro na Califórnia e na Austrália. Lembro que compareceu para a solenidade,
o então ministro da Justiça Abi-Ackel, numa festividade que reuniu caravanas de
todo o estado. Seguia no governo estadual, o coronel Jorge Teixeira de Oliveira,
que já tinha administrado o território federal nos últimos anos, estruturando
Rondônia para se tornar estado.
Cenário rondoniense
O
cenário rondoniense em 1982 era de grande otimismo com o novo estado. Na
capital, a economia era vitaminada com maciças verbas para obras federais pelo
presidente João Figueiredo e pelo ministro do Interior Mário David Andreazza. O
garimpo assumia enormes proporções no Rio Madeira. No mesmo ano, em novembro
seriam realizadas eleições gerais, para vereador, deputado estadual, federal e
três senadores. Para governador só seria realizada eleição a partir de 1986. Se
na capital, reinava o garimpo, no interior o desembarque de milhares de colonos
buscava a doação de módulos rurais.
Brasil em crise
Em
1982, enquanto Rondônia se tornava estado e respirava prosperidade, com muito
dinheiro circulando, com muito ouro extraído no Rio Madeira, com exploração da
madeira e cassiterita, o Brasil vivenciava uma das suas crises. Havia
desemprego, falta de dinheiro e muita
gente urrando pelo Brasil afora. Na época se dizia que a intenção do governo
militar era criar três novos estados (Rondônia, Roraima e Amapá) para aumentar
a bancada de deputados federais e senadores no Congresso Nacional, onde o então
MDB ganhava terreno a cada eleição contra a Arena, o partido que sustentava os
militares no poder.
Ano Novo
Vem
aí o ano de 2024, cheio de esperanças para os rondonienses. Infelizmente as previsões
não são das melhores, pois o que temos pela frente é a mãe de todas as
estiagens, uma seca bem maior que esta que castigou o estado no ano de 2023.A
economia poderá ser afetada pela retração na colheita de grãos em até 60 por
cento em Rondônia, e tratando-se das perdas de soja e milho, teremos como consequência
o aumento dos preços das proteínas, carnes de bovinos, suínos, frangos, além a
elevação no preço da cartela de ovos que já começou a subir. Rezando que as
previsões pessimistas sejam contrariadas no decorrer do novo ano.
Ano de eleições
E o
ano de 2024 será de eleições municipais. Como nem Lula, tampouco Bolsonaro se
movimentaram para reduzir esta polarização raivosa criada no recente pleito presidencial
passado, vem muita briga pela frente. Com as forças de Lula liderando no
Nordeste, as tropas de Bolsonaro no Sul do País. Em Rondônia, onde o PT de Lula
chegou a reinar quase uma década, tivemos uma guinada conservadora e os bolsonaristas
é que tem dado as cartas desde a leição passada. Teremos um novo grande
confronto nesta polarização nociva nas eleições do ano que vem.
Via Direta
*** Com uma sessão extraordinária na última
quarta-feira, a Assembleia Legislativa entrou de vez em recesso. A maioria dos
deputados viajando para outros estados, outros visitando suas bases se reforçando
contra os predadores em 2026 *** É para os rondonienses ficarem de barbas de
molho: o Acre enfrenta um exponencial aumento de casos de covid no final deste
ano. Não custa se espalhar ali pelas bandas da Ponta do Abunã *** Os benefícios da Zona Franca foram prolongados
para toda Amazonia Ocidental até 2074. Rondônia entrou no pacote ***Megas
projetos chineses no Brasil, como foi anunciado na Paraíba, estão sendo
contestados, mas a Ferrovia Biocêanica que passaria por Rondônia, bem que seria
uma boa.
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