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Carlos Sperança

Diplomacia, a chave + O MDB é o epicentro do golpe + Os reforços + Bons lucros


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Diplomacia, a chave

Certa vez, apanhado por câmeras indiscretas, o ex-ministro Rubens Ricupero disse que o governo divulgava o que era positivo e escondia o negativo. As coisas mudaram, porque hoje há mais transparência. As informações negativas não podem mais ser escondidas por longo tempo, mas criaram-se novos costumes para se contrapor às evidências: negar, pôr em dúvida, atribuí-las a adversários ou inimigos pessoais ou da Pátria.

A julgar pela péssima imagem do Brasil no exterior, esse recurso não cola e só convence os convertidos e adeptos. A tática de retrucar raivosamente e negar não funciona. Na linguística básica, aliás, sabe-se que a negação traz embutida uma afirmação. A piora da imagem do Brasil a cada notícia de descontrole ambiental na Amazônia põe em xeque a diplomacia nacional, incapaz de desfazer os equívocos transmitidos lá fora, prejudicando o agronegócio, o turismo e os investimentos.

Sem poder corrigir cirurgicamente o problema, o vice-presidente Hamilton Mourão, à frente do Conselhão da Amazônia, sentiu que o nó da situação está na diplomacia, ao declarar a necessidade de usá-la com as ações em curso na região para responder à ameaça de países europeus de não ratificar o acordo Mercosul-União Europeia. A Alemanha já reiterou que pretende ratificá-lo se as arestas forem aparadas. Com raiva e ameaças é que não se chegará a lugar algum.

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O epicentro

O MDB é o epicentro do golpe das propinas relacionadas a coleta de lixo. A metade dos prefeitos afastados, um ex-deputado estadual e um deputado estadual atual do partido estão envolvidos no golpe milionário desvendado pela Polícia Federal. Interessante é que o novo Diretório Nacional do MDB dizia que moralizaria as coisas e até agora sequer soltou uma nota oficial para se explicar sobre mais este caso cavernoso no cenário rondoniense. É o MDB de Confúcio e Lucio Mosquini enterrando a cabeça e o pescoço na terra como as avestruzes.

Baita fria

Esta recomendação da Prefeitura de Porto Velho para que os estudantes e usuários dos coletivos procurem o Consórcio Sim para serem ressarcidos dos créditos pagos de cartão é crocodilagem, uma fria. O consórcio atual está falido e já entregou quase todos os ônibus comprados, encerrou as atividades e seus dirigentes sumiram do mapa. Será mais um desgaste para a gestão tucana administrar neste final de gestão.

O outro lado

O deputado estadual Eurípedes Lebrão (MDB-São Francisco) que chegou a liderar o movimento da moralidade pública na Assembleia Legislativa inclusive na punição e  afastamento de  parlamentares em gestões anteriores, agora vê o outro lado da moeda, ao se envolver no recebimento de propinas junto com sua filha, a prefeita Lebrinha. Muita gente ainda não acredita, mas infelizmente as gravações são irrefutáveis.

Os reforços

O ex-governador Daniel Pereira e o ex-prefeito de Porto Velho Mauro Nazif (PSB), atual deputado federal, se uniram para eleger o coronel Ronaldo Flores (Solidariedade) a prefeitura da capital. Reforçando as paliçadas, Flores fica mais competitivo para enfrentar candidatos do porte de Hildon Chaves (PSDB) que toca seu projeto a reeleição, Vinicius Miguel (Cidadania), Lindomar Garçom (Republicanos), Cristiane Lopes (PP), Willians Pimentel (MDB) e Eyder Brasil (PSL).

Bons lucros

As recentes tempestades, acompanhadas de fortes rajadas de vento causaram sérios prejuízos na capital com centenas de residências e estabelecimentos comerciais atingidos e com as suas telhas voando longe. Quem lucrou com a desgraceira alheia foram as casas de materiais de construção e as empresas dedicadas a reparos e troca de calhas. Chegou a faltar telhas na praça. Muitas casas do ramo ainda não receberam novas encomendas. O inverno amazônico promete.

Via Direta

*** Os partidos que ficaram sem candidatos a prefeito levam desvantagem na briga por cadeiras a Câmara de Vereadores em Porto Velho *** Significa que os postulantes “sem teto” vão ter que trabalhar dobrado para lograr sucesso na eleição de novembro *** Impressiona as desistências de candidatos na capital. Tempos bicudos, tempos de pandemia afastando muitas lideranças *** Um novo cenário sucessório está se desenhando nos municípios de Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé que tiveram os seus prefeitos afastados *** A oposição ficou de asas crescidas nas localidades e vai com tudo *** A campanha já começou e a internet já está entulhada de mensagens dos candidatos a prefeito e vereadores. As visitas presenciais aos bairros e distritos também já estão ocorrendo.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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