Quarta-feira, 30 de setembro de 2020 - 11h28
Certa
vez, apanhado por câmeras indiscretas, o ex-ministro Rubens Ricupero disse que
o governo divulgava o que era positivo e escondia o negativo. As coisas mudaram,
porque hoje há mais transparência. As informações negativas não podem mais ser
escondidas por longo tempo, mas criaram-se novos costumes para se contrapor às
evidências: negar, pôr em dúvida, atribuí-las a adversários ou inimigos
pessoais ou da Pátria.
A
julgar pela péssima imagem do Brasil no exterior, esse recurso não cola e só
convence os convertidos e adeptos. A tática de retrucar raivosamente e negar
não funciona. Na linguística básica, aliás, sabe-se que a negação traz embutida
uma afirmação. A piora da imagem do Brasil a cada notícia de descontrole
ambiental na Amazônia põe em xeque a diplomacia nacional, incapaz de desfazer
os equívocos transmitidos lá fora, prejudicando o agronegócio, o turismo e os
investimentos.
Sem
poder corrigir cirurgicamente o problema, o vice-presidente Hamilton Mourão, à
frente do Conselhão da Amazônia, sentiu que o nó da situação está na
diplomacia, ao declarar a necessidade de usá-la com as ações em curso na região
para responder à ameaça de países europeus de não ratificar o acordo
Mercosul-União Europeia. A Alemanha já reiterou que pretende ratificá-lo se as
arestas forem aparadas. Com raiva e ameaças é que não se chegará a lugar algum.
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O epicentro
O
MDB é o epicentro do golpe das propinas relacionadas a coleta de lixo. A metade
dos prefeitos afastados, um ex-deputado estadual e um deputado estadual atual
do partido estão envolvidos no golpe milionário desvendado pela Polícia
Federal. Interessante é que o novo Diretório Nacional do MDB dizia que moralizaria
as coisas e até agora sequer soltou uma nota oficial para se explicar sobre
mais este caso cavernoso no cenário rondoniense. É o MDB de Confúcio e Lucio
Mosquini enterrando a cabeça e o pescoço na terra como as avestruzes.
Baita fria
Esta
recomendação da Prefeitura de Porto Velho para que os estudantes e usuários dos
coletivos procurem o Consórcio Sim para serem ressarcidos dos créditos pagos de
cartão é crocodilagem, uma fria. O consórcio atual está falido e já entregou
quase todos os ônibus comprados, encerrou as atividades e seus dirigentes
sumiram do mapa. Será mais um desgaste para a gestão tucana administrar neste
final de gestão.
O outro lado
O
deputado estadual Eurípedes Lebrão (MDB-São Francisco) que chegou a liderar o
movimento da moralidade pública na Assembleia Legislativa inclusive na punição
e afastamento de parlamentares em gestões anteriores, agora vê
o outro lado da moeda, ao se envolver no recebimento de propinas junto com sua
filha, a prefeita Lebrinha. Muita gente ainda não acredita, mas infelizmente as
gravações são irrefutáveis.
Os reforços
O
ex-governador Daniel Pereira e o ex-prefeito de Porto Velho Mauro Nazif (PSB),
atual deputado federal, se uniram para eleger o coronel Ronaldo Flores
(Solidariedade) a prefeitura da capital. Reforçando as paliçadas, Flores fica
mais competitivo para enfrentar candidatos do porte de Hildon Chaves (PSDB) que
toca seu projeto a reeleição, Vinicius Miguel (Cidadania), Lindomar Garçom
(Republicanos), Cristiane Lopes (PP), Willians Pimentel (MDB) e Eyder Brasil
(PSL).
Bons lucros
As
recentes tempestades, acompanhadas de fortes rajadas de vento causaram sérios
prejuízos na capital com centenas de residências e estabelecimentos comerciais atingidos
e com as suas telhas voando longe. Quem lucrou com a desgraceira alheia foram
as casas de materiais de construção e as empresas dedicadas a reparos e troca
de calhas. Chegou a faltar telhas na praça. Muitas casas do ramo ainda não receberam
novas encomendas. O inverno amazônico promete.
Via Direta
*** Os partidos que ficaram sem
candidatos a prefeito levam desvantagem na briga por cadeiras a Câmara de
Vereadores em Porto Velho *** Significa que os postulantes “sem teto” vão ter que
trabalhar dobrado para lograr sucesso na eleição de novembro *** Impressiona as desistências de candidatos
na capital. Tempos bicudos, tempos de pandemia afastando muitas lideranças ***
Um novo cenário sucessório está se desenhando nos municípios de Ji-Paraná, Cacoal,
Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé que tiveram os seus prefeitos afastados
*** A oposição ficou de asas crescidas
nas localidades e vai com tudo *** A campanha já começou e a internet já
está entulhada de mensagens dos candidatos a prefeito e vereadores. As visitas presenciais aos bairros e distritos
também já estão ocorrendo.
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