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Carlos Sperança

Disputa empolgante nas eleições de 2026 em Rondônia


Disputa empolgante nas eleições de 2026 em Rondônia - Gente de Opinião

Nacionalismo saudável

No mundo de hoje, o nacionalismo xenófobo é similar a uma doença mental, na medida em que a globalização é uma realidade irreversível. Até nações que cultivam com dedicação o patriotismo e valores cívicos, hino e bandeira, estão abertas todos os demais países para alavancar os ganhos de seus produtores.

Há pouco, o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, relatou que em 2023 o Brasil vendeu para mais de 200 nações. Nesse período, o agronegócio brasileiro abriu 87 novos mercados em 43 países. Isso não se deve ao governo nem a qualquer líder, cujas melhores ações consistem em não atrapalhar nem fazer caríssima e condenável autopropaganda bajulatória. É preciso reconhecer, entretanto, que os bons resultados também se devem às boas ações de governo, que dão segurança, estimulam as iniciativas e desembaraçam burocracias.

Estar aberto ao mundo sem xenofobia maluca não significa fazer do território nacional casa da mãe joana. Há uma legislação a cumprir e um nacionalismo saudável que se traduz no fortalecimento das iniciativas brasileiras. É o que se observa pela reestruturação do Selo Biocombustível Social, que visa nacionalizar a produção e garantir que a metade seja comprada da agricultura familiar. O apoio governamental virá da destinação de R$ 740 milhões neste ano e R$ 1,6 bilhão a partir de 2025. Não é presente de ninguém. É uma conquista do setor.

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É coisa de louco!

A coisa estaria assim caras-pálidas: o governador Marcos Rocha (União Brasil) finge que não vê seu vice Sérgio Gonçalves e os seus aliados Fernando Máximo (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) conspirando contra sua promessa de apoiar a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos) na disputa pela prefeitura de Porto Velho. Finge que não vê e não se pronuncia sobre o rompimento do compromisso com o prefeito Hildon Chaves. Por sua vez, Hildon Chaves finge que acredita que Rocha cumprirá a palavra, “porque ele é um homem honrado”. Não conseguirão fingir por muito tempo, pois as convenções veem logo aí...

Pela pacificação

Ante a polarização raivosa que se instalou no País desde as eleições presidenciais de 2022, entre tantos selvagens cães de guerra da esquerda e da direita, a Igreja Católica lançou a Campanha da Fraternidade 2024 tendo como tema “A Fraternidade e a Amizade Social” em busca da pacificação. Um assunto para reflexões num ano em que bolsonaristas e petistas começam a se enfrentar em manifestações já no dia 25 deste mês com atos pró-Bolsonaro e contra o ex-presidente avivando as rusgas passadas, na Av. Paulista em São Paulo. Interessante é que o ex-presidente depois de orquestrar um golpe de estado ao final do seu mandato fará agora um ato pró-Democracia.

Rivalidades tribais

Recentes pesquisas nacionais apontam que devem prevalecer nas eleições municipais 2024 temas como a segurança pública e saúde e ponteando as rivalidades tribais em cada município brasileiro e não influências dos astros da polarização, Lula e Jair Bolsonaro. Assim sendo, no caso de Porto Velho, existem grandes chances de uma eleição em dois turnos, com um candidato ligado ao atual prefeito e outro que represente a oposição ao grupo político do alcaide atual. Neste momento a postulante alinhada ao prefeito Hildon Chaves é Mariana Carvalho (Republicanos) e o nome antagonista é Leo Moraes (Podemos).

Melhor perfil

Sem bolsonarismo e petismo influenciando o pleito na capital rondoniense, levando em conta a pesquisa nacional, o candidato do prefeito em Porto Velho, no caso a candidata Mariana já entraria na parada com um pé no segundo turno. E o melhor perfil para o enfrentamento da candidata minhoca, seria o de Leo Moraes, considerado o nome mais “inimigo” de Hildon e da administração local e com boa penetração no eleitorado evangélico, segmento onde Mariana sofre sua maior rejeição. Concluo que sendo Leo ou a quem ele se alinhar, representará o antagonismo ao poder municipal que aí está.

Ato Pró-Bolsonaro

Como se sabe o bolsonarismo está empenhado numa grande manifestação em defesa do ex-presidente Jair Messias para o próximo dia 25, na Av. Paulista em São Paulo. Já sem os recursos que dispunha quando presidente para financiar concentrações, o ato servirá para medir a fidelidade dos aliados políticos do mito, já que existe uma montoeira deles fazendo jogo duplo. Como o ato será nacional aguarda-se a presença de governadores, prefeitos, deputados e senadores conservadores e um grande público. Havendo uma grande concentração o evento será considerado uma demonstração de força do ex-presidente.

Disputa empolgante

Como pano de fundo das eleições 2024 está a peleja da escolha do novo governador em 2026 e de duas cadeiras ao Senado. É ao Senado onde o bicho vai pegar. Se na disputa ao governo estadual estão se formando os blocos em torno de Hildon Chaves, Sergio Gonçalves, Jaime Bagatoli, Confúcio Moura e Ivo Cassol, ao Senado temos como possíveis pretendentes as duas cadeiras Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) a reeleição, o atual governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), Waldir Raupp (MDB-Rolim de Moura. E tem mais gente boa nas paradas.

Uma barbada?

Muita gente vai considerar uma barbada para os dois Marcos a peleja ao Senado que tem em disputa duas cadeiras. Não é o caso deste colunista. Lembro que quando o MDB fecha com um nome elege, nem que seja de raspão. O MDB já elegeu senadores do porte de Ronaldo Aragão (Cacoal), Olavo Pires (Porto Velho) Waldir Raupp (Rolim de Moura), o próprio Confúcio Moura (Ariquemes), Amir Lando (Porto Velho) que se tornou Ministro da Previdência. Na dobradinha do MDB unificado – dividido se lasca como ocorreu com Maurão - tendo Confúcio ao governo e Waldir Raupp ao Senado, em 2026, o barbudo  também tem chances de voltar ao pódio.

Via Direta

*** Nas eleições suplementares de Candeias do Jamari, dois candidatos bolsonaristas se enfrentando. De um lado, o favorito Lindomar Garçom (Republicanos), de outro Ribamar Araújo (PL), partido do mito e do senador Marcos Rogério *** Um bom duelo, pois o apoio de Bolsonaro poderá reverter a tendência de mais uma vitória de Garçom na cidade-satélite *** Já percorrendo o estado, o senador Marcos Rogério presidente estadual do PL tem conquistado novas levas de filiados para reformar a legenda nas eleições 2024 e 2026 *** O dirigente acredita na continuidade da onda bolsonarista nos próximos pleitos já que o eleitorado rondoniense é conservador e conta com boa representatividade na sua bancada federal.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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