Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022 - 07h05
Saúde
e alimentação constituem fundamentos para a felicidade dos indivíduos e suas
famílias. A doença de um membro do grupo familiar alcança os demais em formas
diversas, do eventual contágio ao sofrimento psíquico, pressionando seu
orçamento. A dificuldade para uma família pobre obter comida suga energias que
poderiam estar focadas no trabalho.
A
Covid deu um recado ao Brasil: ela é “democrática”, pois afeta pobres e ricos,
mas é pior com os desassistidos. Para a Amazônia, o recado foi duplo. Desde a
primeira onda é na região que as variantes do vírus alcançam vítimas com mais
rapidez e em situações de difícil socorro. Se a estrutura de saúde ainda está
muito aquém do que deveria, embora o SUS seja um milagre de alcance, a
prevenção em saúde se revelou a cara da ausência. Tanta riqueza gerada deveria
resultar em mais cuidados.
Na
alimentação, o recado é do clima. A seca mais severa na zona de transição entre
o Leste da Amazônia e o Cerrado alastra os riscos aos biomas e ameaça a
produção de alimentos no Matopiba – área de expansão do agronegócio –, segundo
o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Olho no
mapa, meio Brasil seria a área de risco. No entanto, o Sudeste e o Sul revelam
desde já sintomas climáticos e produtivos adversos que estavam previstos para
décadas no futuro. São recados fortes demais para ignorar.
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Nas paradas
O
ex-governador Ivo Cassol, considerado o favorito e o top das galáxias na disputa
pelo goverrno de Rondônia, ainda não jogou a toalha e se mantém como pré-candidato
ao CPA Rio Madeira no pleito de 2022. Mas por enquanto permanece inelegível,
pela eficácia da ficha limpa, mas falta uma decisão definitiva quanto ao seu
processo. Não sendo candidato, acredita-se que ele estuda duas alternativas: primeira
seria uma aliança com o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho),
lançando sua mana, a deputada federal Jaqueline Cassol (PP) de vice. Aliança
coerente, ambos - Rocha e Ivo - são bolsonaristas.
Leo na cabeça
A
outra alternativa de Ivo seria apoiar o deputado federal Leo Moraes (Podemos),
bem avaliado na capital rondoniense, como seu candidato ao Palácio Rio Madeira
e projetando sua irmã Jaqueline numa disputa ao Senado. Leo, não tendo Hildon
Chaves pela frente, largaria muito bem em Porto Velho, que possui um terço do
eleitorado do estado. Com o apoio de Ivo Cassol no interior, se tornaria candidato
competitivo frente ao governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), Confúcio
Moura (MDB-Ariquemes), Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Anselmo de Jesus (PT-Ji-Paraná).
Com equilíbrio
Se
a justiça eleitoral manter o afastamento da disputa do ex-governador Ivo Cassol,
teremos uma eleição sem “pelés”, com certo equilíbrio. Cada pré-candidato tem
seus trunfos, vejam só: Marcos Rocha a máquina na mão, Confúcio Moura é o cara
das viradas e imbatível nos últimos pleitos que disputou, Anselmo de Jesus é o
candidato de Lula em Rondônia, um nome limpo, pitoco sem envolvimento em
maracutaias como tantos milhares de petistas – e com isto poderia chegar a reta
de chegada em condições de conquistar uma vaga ao previsível segundo turno. Já,
Marcos Rogério tem forte penetração no influente eleitorado evangélico.
Zebras e manadas
Num
estado onde cotidianamente os favoritos tombam frente as zebras e aos efeitos
manadas de última hora, temos bons exemplos de como grandes nomes ficaram pelo
caminho. Para começar, o grande favorito da temporada, Ivo Cassol já está ficando
pelo caminho pelo seu impedimento com a questão das restrições pela ficha
limpa. Em pleitos anteriores Chiquilito caiu frente a Valdir Raupp, Raupp
tombou perante Bianco. Expedito, favorito em duas eleições –frente a Confúcio e
Marcos Rocha - também caiu do cavalo, tubulando gloriosamente duas vezes. O
estado tem a tradição de resultados surpreendentes.
Capital, um enigma
Em
termos de eleições a capital tem vivenciado enigmas. Geralmente se volta contra
os governadores de plantão, pelo menos no primeiro turno, no segundo recompensa
os mandatários que estão pagando em dia o funcionalismo e aos fornecedores.
Porto Velho também é prodiga em resultados surpreendentes nas urnas. Assim foi
com as vitórias de Roberto Sobrinho, Mauro Nazif e Hildon Chaves. Ninguém esquece
também que Carlinhos Camurça virou em cima do favorito Everton Leoni, tampouco
que Garçom largou favorito em duas eleições e nas duas levou pau.
Via Direta
*** As federações vão se formando e
mantendo a polarização entre as candidaturas presidenciais de Lula e do atual presidente
Jair Bolsonaro ***
A terceira via com problemas: João Dória em queda livre, Moro e Ciro empacados,
apenas mantendo suas pontuações inexpressivas *** O que mais se fala na nossa política em Rondônia, de Praia do
Tamanduá a Colina Verde, é a renovação das casas legislativas no pleito deste
ano *** A população está insatisfeita com a atuação dos seus representantes na Assembleia Legislativa
e Câmara dos Deputados. A maioria dos parlamentares
atua como vacas de presépio, não dados a fiscalização dos atos dos Executivos *** Acredita-se numa grande renovação dos
quadros políticos em 2022.
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