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Carlos Sperança

É tradição nas eleições em Porto Velho o lado perdedor enlamear o adversário até o talo


É tradição nas eleições em Porto Velho o lado perdedor enlamear o adversário até o talo - Gente de Opinião

Ferramenta útil

O mundo virtual está infestado por achismos, palpitômetros, fake news, coaches mirabolantes e muita malandragem. Pessoas desavisadas, que acreditam em qualquer coisa, são levadas a conclusões decepcionantes, com perda de dinheiro, moral e abalos mentais que podem levar a remédios fortes e longas internações.

As empresas mais qualificadas têm à disposição analistas especializados, mas também há casos de desastres empresariais homéricos por conta de aconselhamento equivocado. Kodak, Nokia e Harley-Davidson foram marcas que povoaram por décadas o ambiente de nossos pais, mas tiveram mau aconselhamento empresarial e quebraram.

O que fazer para escapar desse destino indesejável? De saída, fugir da polarização que estragou o processo democrático e eleitoral no Brasil. Nas recentes eleições paulistanas, marcadas por brigas intensas, o prefeito Ricardo Nunes teve 1,8 milhões de votos e desafiante Guilherme Boulos, 1,7. Nenhum deles (abstenções, votos nulos e brancos) somaram 3,1 milhões.

Uma boa opção apresentada com crescente ênfase no ambiente empresarial é a Análise Swot. Ela ganha acolhida entre os que buscam uma visão clara de possibilidades, fatores positivos e elementos antagônicos. Na febril busca pelo erro zero na definição dos rumos da bioeconomia amazônica, recorrer a ela pode ser uma boa solução para evitar equívocos e perdas.

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Lama e bordoadas

É tradição nas eleições em Porto Velho o lado perdedor enlamear o adversário até o talo. Então, um ou dois dias antes do pleito, o caro aldeão de nossa cidade vai perceber: o candidato (a) levando mais bordoadas, sendo alvo de mais fakes e demais condutas sujismundas, como pesquisas fajutas, deve ser o eleito (a) neste domingo. Poucos candidatos derrotados se comportam com dignidade sem apelação ao constatar que está em desvantagem. Mauro Nazif foi um deles. Até deixou recursos em caixa quando deixou o Palácio Tancredo Neves para seu sucessor.

É tradição debandar

Outra vergonhosa tradição política em Porto Velho é quando se constata alguns dias antes da eleição que o candidato (a) apoiado desandou e caminha para uma derrota. Neste caso temos debandadas horríveis. O candidato (a) em desvantagem é abandonado vergonhosamente. Já vivencie em campanhas eleitorais no passado episódios a favor e contra e esta situação que tem ocorrido reiteradas vezes nos pleitos na capital rondoniense. Por isto fica fácil de perceber quem vai ganhar é só ficar atento nas debandadas nos últimos dias.

Segundo turno

Neste segundo turno temos dois candidatos já com experiências de mandatos anteriores a vereador, deputado estadual e federal. Mariana Carvalho liderou bem no primeiro turno, tirando boa diferença sobre o oponente Leo Moraes. Seu quartel general está confiante numa vitória, citando as últimas pesquisas do Instituto Phoenix, levando vantagem de oito pontos para o dia da eleição. Mariana Carvalho percorreu as principais avenidas nestes últimos dias acompanhada de novos aliados, como Celio Lopes (PDT) e Benedito Alves (Solidariedade). Os dois juntos tiveram mais de 16 por cento dos votos, que somados aos de Mariana, acreditam os chapas brancas, farão a diferença

As contas de Leo

Naturalmente as contas do adversário de Mariana Leo Moraes (Podemos) são bem diferentes. Seus aliados garantem que está ocorrendo uma grande reviravolta, uma onda Leo, aquela onda Leo nos últimos dias. Explicam que a candidatura oposicionista encorpou no segundo turno, recebendo novos aliados, se destacando o deputado federal Fernando Máximo, o deputado federal mais votado no estado em 2022. Entendem que existem pesquisas de vários institutos já atribuindo uma vantagem favoravelmente ao postulante dos “contras”, como assim são designados os oposicionistas.

Minhas impressões

Relatei acima as expectativas dos dois candidatos no segundo turno, agora me volto as minhas impressões pessoais sobre as projeções para o pleito de domingo, lembrando que está presente uma tendência de reviravolta neste segundo turno. Constato um efeito manada a favor de Leo Moraes - que nenhum instituto de pesquisas detectou até agora – mas que já atinge também grande parte da massa dos indecisos. Uma situação, ao meu ver, já irreversível. Tudo conspirando a favor da oposição que nunca deixou de acreditar em virada no segundo turno.

Punhal da traição

Minha convicção a respeito de uma possível vitória de Leo Moraes (Podemos) neste domingo também tem muito a ver com o punhal da traição aplicado em Mariana Carvalho (União Brasil). Neste momento está sendo apunhalada até por lideranças do seu próprio partido. Já é de conhecimento geral que o vice-governador Sergio Gonçalves não tem interesse na vitória de Mariana para que não seja fortalecida a intenção de Hildon Chaves disputar o governo estadual em 2026. Os Gonçalves querem aniquilar os Carvalhos, Mariana e Mauricio e se possível desalojar Hildon Chaves da AROM ainda em 2025. Guerra, é guerra!

Tudo na integra

Esta coluna é publicada na edição impressa do Diário da Amazônia, no Portal SGC, sites gentedeOpinião e rondoniaaovivo, meu novo parceiro em Porto Velho e aberta aos demais sites interessados na veiculação na capital e no interior do estado, citando a fonte. Por questão de falta de espaço ou conforme a linha editorial do órgão de imprensa, nem sempre coluna é veiculada na integra e esta condição é autorizada pelo autor. A coluna também é reproduzida, em parte ou com alguns destaques, por algumas emissoras de rádio, ampliando sua repercussão

Via Direta

*** A revitalização do centro histórico de Porto Velho entrou na pauta dos dois candidatos à prefeitura no segundo turno ambos postulantes discutiram soluções com a Câmara dos Diretores Lojistas. A situação do entorno é caótica e dezenas de pontos comerciais fechados nos últimos anos *** Uma situação complexa de resolver já que envolve também drogados, moradores de rua, ladrões e arrombadores que perambulam nas ruas centrais *** A gestão Hildon Chaves até tentou resolver a situação do centro histórico instalando o Prédio do Relógio e concluindo as obras da estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Mas o buraco é mais em baixo e as soluções ficarão para a próxima gestão, que começa em janeiro.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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