Sexta-feira, 24 de junho de 2022 - 08h18
É fácil
acreditar em acusação falsa contra alguém que a pessoa detesta enquanto o discurso
anticorrupção demagógico e mentiroso, para desviar as atenções sobre si e
amigos, ganha logo aplauso e votos. No entanto, prometer lutar contra a
corrupção geralmente acaba em desmoralização. Muitas vezes o discurso
anticorrupção serve para afastar suspeitas ou é só inveja de quem já se deu bem
em licitações e outras veias abertas.
Os
processos já encetados contra a doença crônica da corrupção se esgotam logo: a
República veio para combater a corrupção da monarquia e o Estado Novo para
combater a roubalheira da República Velha. Cada governo promete abrir a caixa
preta do anterior mas cria novas caixas e caixinhas de várias cores. A última
operação nesse rumo, a Lava Jato, só deixou os corruptos mais precavidos e
cuidadosos, queimando arquivos, apagando pistas e lavando mais branco o
dinheiro.
No
livro “Corrupção e poder no Brasil: uma história, séculos XVI a XVII”, Adriana
Romeiro conta que havia duas regras da aristocracia portuguesa para praticar a
corrupção no Brasil sem castigo: agir com discrição e não abusar da roubalheira.
Roubar de milhão em milhão funciona mais que roubar um bilhão de uma só tacada.
Por isso a corrupção miúda, de mil em mil, continua firme e forte por baixo dos
orçamentos secretos e discursos anticorrupção. Não roubar muito é também
roubar.
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Contagem regressiva
Já
na contagem regressiva para o início das convenções partidárias que vão definir
as candidaturas a Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Senado, governo
estadual e a Presidência da Republica muitas nominatas ainda estão indefinidas
em nosso estado. Nas eleições presidenciais, o risco de vitória em primeiro
turno do ex-presidente Lula ainda não pode ser afastado, no entanto com tantos
candidatos fragmentando o eleitorado a tendência é de um segundo turno. Também
em Rondônia um segundo turno já e apontado pelas primeiras pesquisas numa
disputa que deve esquentar a partir de agosto.
Em Rondônia
Em Rondônia
já se tem como certas as candidaturas do governador Marcos Rocha (União
Brasil-Porto Velho) tocando seu projeto de reeleição, mais as postulações de
Leo Moraes (Podemos-Porto Velho), Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), José Guedes
(PSDB-Porto Velho). Ainda sobre a peleja do Palácio Rio Madeira, sede do
governo estadual falta definir ainda quem será o candidato da Frente Popular
Democrática, que une o PT e os demais partidos alinhados. Os nomes cotados são
Vinicius Miguel (PSB) ou Daniel Pereira (Solidariedade). O PSOL ensaia a pré-candidatura
de Pimenta de Rondônia. E ainda se cogita a volta de Confúcio (MDB-Ariquemes) a
disputa.
Cenário nublado
Também
o cenário para a disputa da única vaga ao Senado, ocupada atualmente pelo
senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que diga-se de passagem desenvolve um grande trabalho
na Comissão da Agricultura e que se fosse candidato a reeleição saltaria logo
na frente, as coisas estão povoadas de incertezas. Mas sabe-se desde já que
Mariana Carvalho (PSDB-Porto Velho), Daniel Pereira (Solidariedade- Porto Velho),
Jayme Bagatolli (PL-Vilhena), Jaqueline Cassol (PP-Rolim de Moura), Mauro Nazif
(PSDB-Porto Velho) estão correndo trecho. Ainda falta definir se os ex-senadores
Valdir Raupp (MDB) e Expedito Junior (PSD) entram nas paradas.
As estimativas
As
primeiras estimativas em torno da disputa das oito cadeiras a Câmara dos
Deputados por Rondônia é que os partidos alinhados ao bolsonarismo em Rondônia
emplacam pelo menos a metade das vagas. Seriam favoritos para as demais três ou
quatro cadeiras, inicialmente o MDB, o PSD e, algum representante da onda Lula
– se ela vigorar - puxando uma cadeira para a Frente Popular Democrática,
liderada pelo PT. Lembrando que quando se trata de estimativas a maioria delas
fura terrivelmente, pois não contam com as eventuais surpresas no pleito e o peso
real do comportamento da polarização nacional Lula/Bolsonaro.
Baita renovação
Com
boa parte dos atuais deputados federais disputando outros cargos eletivos- casos de Mariana Carvalho, Leo Moraes e
Jaqueline Cassol - a renovação das cadeiras rondonienses a Câmara dos Deputados
será expressiva. Muito maior ainda se projeta o quadro de disputas a Assembleia
Legislativa, já incluindo os parlamentares inelegíveis e outros tantos que
protagonizaram escândalos de propinas a assédio sexual nos últimos anos. Conclui-se
que a renovação na ALE será assustadora. Haverá choro e ranger de dentes entre
os propineiros e corruptos
Via Direta
*** A eleição 2022 deverá trazer de
volta alguns raposões da política rondoniense, como Maurão de Carvalho
(PTB-Ministro Andreazza) e caras novas como Yeda Chaves (União Brasil-Porto Velho)
para Assembleia Legislativa *** Igualmente na peleja da Câmara dos Deputados
serão muitas caras novas e se não forem prejudicados pela fragmentação de votos
em suas regiões Evandro Padovani (Vilhena –Cone Sul) e Thiago Fores
(Ariquemes-Vale do Jamari) devem despontar com boas votações *** Ao Senado não tem nem como se falar em pedra cantada na disputa da única
cadeira, pois a possível presença na peleja dos ex-senadores Valdir Raupp e
Expedito Junior pode virar o cenário político de cabeça para baixo *** E na capital uma possível disputa ao Senado envolvendo
Mariana Carvalho e Mauro Nazif pode resultar num abraço dos afogados.
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