Quarta-feira, 14 de agosto de 2024 - 07h42
Referência
maior dos valores humanistas, o pastor Martin Luther King escreveu: “Hoje é
sempre o dia certo de fazer as coisas certas, de maneira certa. Amanhã será
tarde”. Para o açaí e a castanha, dois dos mais interessantes produtos da
biodiversidade amazônica, o descuido com a piora do clima no passado obriga a
agir corretamente hoje, para que amanhã não seja tarde demais.
O
relato alarmante de um produtor artesanal de açaí informando que sua produção
caiu anualmente até chegar à metade da coleta obtida antes das recentes
temporadas de seca deveria ser um sinal de alerta para o conjunto da economia
regional, uma vez que todos os setores, mesmo aqueles que revelam expansão, na
área de serviços, também apresentam narrativas de preocupação com os efeitos
das secas em sequência.
As
quedas nas produções de açaí e castanha são os sinais mais claros de que a
relação entre clima e bioeconomia precisa ser avaliada sob todos os aspectos,
dois dos quais ainda não são apresentados como equacionados nos âmbitos de
debate: eficiência no combate aos crimes ambientais e a compensação aos
produtores tradicionais pelos prejuízos da transição dos hábitos e práticas
ambientalmente prejudiciais para ações sustentáveis. Compensar facilitará a
transição dos produtores honestos para práticas adequadas. Eficiência e punição
no combate ao crime são essenciais para reduzir as transgressões dos
mal-intencionados.
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Para valer!
A
campanha pelo Prédio do Relógio, atual sede do Poder Executivo da capital,
começa para valer nos próximos dias com a propaganda eleitoral gratuita nas emissoras
de rádio e televisão e tudo mundo já está fazendo suas contas sobre as eleições
de outubro. Hildistas, rochistas, carvalhistas, expeditistas, cristianistas,
Rogeristas, e Bagatolistas projetam vitória da sua candidata Mariana Carvalho
(União Brasil) em turno único. Nas contas deles, Mariana detém 51 por cento de
intenções de votos. Na campanha de Leo Moraes (Podemos) que contou com o
reforço do ex-prefeito Mauro Nazif (PSB), a conta é diferente, Mariana tem teto
bem mais baixo, dá conta de que a eleição terá dois turnos e no segundo ele
derrota a candidata chapa-branca.
Não batem
É
de conhecimento geral, que a política não é uma ciência exata e que os
institutos de pesquisas fazem missas encomendadas. Mas as contas atuais dos QGs
dos candidatos a prefeitos de Porto Velho também não batem e são bem dispares.
A Frente Democrática, por exemplo, que projeta a postulação do pedetista Célio
Lopes, com os reforços do PT de Fatima Cleide e do ex-prefeito Roberto Sobrinho,
o PSB de Vinicius Miguel, PC do B do Pantera, Partido Verde e novos aliados,
acredita que a coalizão crava 20 por cento dos votos e com este resultado se
habilita para passar ao segundo turno, unir a oposição e faturar a cadeira de
Hildão.
Clima de otimismo
Como se vê, temos projeções otimistas de todos
os lados, já que o MDB acena com uma escalada de Mana Euma, um nome considerado
de grande potencial de crescimento neste pleito. Além disto, o MDB é detentor detentor
de grandes viradas no estado, com os governadores Valdir Raupp e Confúcio Moura
em disputas estaduais. No entanto, os emedebistas esquecem que tradicionalmente
levam pau nas eleições a prefeito em Porto Velho. Depois de Jeronimo Santana
eleito e Tomás Correia, que assumiu para o titular disputar o governo estadual
em 1986, nunca mais o partido ganhou eleição na capital.
Minhas contas
Mas
todo mundo fazendo suas contas e eu também me acho no direito de palpitar. E
vou de pedra cantada: Acredito em eleição em dois turnos, com a candidata
Mariana Carvalho (União Brasil) desembarcando no segundo turno com algo entre
37 a 40 por cento dos votos, mesmo com sua rejeição nos meios evangélicos e
conservadores, compensada pelas maquinas de Hildão e Rochão e quem seguirá no
segundo turno com ela, são outros quinhentos. Se o pleito fosse hoje, Leo
Moraes, com possíveis 22 por cento dos votos, seria seu adversário, mas ele
próprio reconhece que Mana Euma, Célio Lopes e os demais candidatos tem as suas
chances.
Em resumo
O
resumo da ópera é o seguinte: os chapas-brancas apostam que sua candidata
Mariana terá algo em torno de 51 por cento dos votos e vencerá a peleja em
turno único. Já, os oposicionistas têm a crença que ela tem teto de 37 por
cento, que enfrentará o segundo turno e perderá a peleja para o candidato oposicionista
que seguir em frente. Que tal, nem chapas-
brancas, nem os “Contras”, tipo nem eu nem você? Vamos somar as duas projeções e dividir por
dois: Se forem somadas as projeções dos governistas com as da oposição daria 88
pontos, dividido por dois crava-se 44. Mesmo assim haveria segundo turno, mas
com mais dificuldades para o candidato da oposição no enfrentamento com os
chapas-brancas de Hildon, Rocha, M. Rogério, Bagatolli, Expedito e Carvalhos.
Via Direta
*** O Dnitt teve o ano inteiro para tratar
da dragagem do Rio Madeira entre Porto Velho e Manaus, mesmo sabendo que na
estiagem a hidrovia com bancos de areia e pedrais causa transtornos no transporte
de mercadorias e passageiros *** Agora o órgão pinta com ares de salvador da
pátria, já na bacia das almas da estiagem acelerando os trabalhos. Antes tarde
do que nunca É preciso melhorar o planejamento no Dnitt, não deixar as coisas chegar
a este ponto *** O candidato Samuel
Costa (Rede/PSOL) comemorou a visita da ministra Marina Silva em apoio para sua
candidatura. Pura ingenuidade, a ministra em Rondônia é mais rejeitada que petistas
*** Ocorre que nosso meio rural odeia os defensores do meio ambiente.
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