Sexta-feira, 4 de agosto de 2023 - 08h15
Em
1550, dezenas de índios Tupinambás foram apresentados ao rei francês Henrique
II como curiosidades da América do Sul, como se fossem objetos, segundo a
historiadora Ana Claudia Pitol. Levados de fato para ser escravos, na Europa os
índios trabalhavam em minas, com as mulheres obrigadas a fazer serviços
domésticos em casas nas quais eram abusadas.
A
escravidão depois foi proibida na Europa, mas os escravistas alegavam que os
índios embarcavam ao Velho Continente espontaneamente, convencidos pela oferta
de maravilhas. Em pleno século XXI essa mesma alegação ainda é usada pelos
traficantes que seduzem jovens indígenas na Amazônia a seguir à Turquia para se
engajar em cruzadas supostamente religiosas.
O superintendente
da Polícia Federal no AM, Umberto Ramos, resumiu bem a situação: indígenas em
situação de vulnerabilidade se tornam presas fáceis para organizações
criminosas. “A apresentação era feita como uma proposta de estudo na Turquia, a
fim de que aqueles indígenas tivessem a possibilidade de se tornarem médicos,
advogados, teólogos, engenheiros, quando, na verdade, o processo era de
servidão, de imposição religiosa, de doutrinação”, disse Ramos.
Aliás,
há jovens não índios seduzidos para lutar como mercenários na Ucrânia.
Políticas sérias de oportunidades aos jovens, índios ou não, precisam
prevalecer sobre essas arapucas.
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Guerra de dossiês
Na recente
guerra entre caciques partidários rondonienses teve até a descoberta de dossiês
prós e contras entre as partes envolvidas pela disputa de poder e diante de um
cipoal de rabos amarrados para todos os lados, credos e coalizões, todo mundo
resolveu voltar a pular cirandinha juntos, pelo menos até as convenções
partidárias que acontecem em julho do ano que vem, para a definição dos
candidatos ás prefeitura municipais. Como se sabe, existem interesses díspares
na classe política e aí sim o bicho vai pegar pesado entre os entes cogitados
para as pelejas eleitorais.
A antecipação
Nos
meios políticos regionais de Rondônia existe a conclusão de que não vale a pena
antecipar as corridas sucessórias nos municípios para o pleito 2024. Em
primeiro lugar, porque os prefeitos no exercício dos mandatos não precisam, já
que estão na mídia constantemente. A segunda razão é que com antecipando a
campanha, o pau come em cima dos atuais mandatários desde já, algo pouco
conveniente para quem está no poder. Por isto, o melhor mesmo é fingir que nem
candidato é, ou se fazer de morto para comer os coveiros oposicionistas. A
precaução vale também para os postulantes favoritos, evitar confrontos ao
máximo até as convenções.
Pé na estrada
Com
vistas a interiorização do seu nome para pleitos futuros em Rondônia, o prefeito
de Porto Velho Hildon Chaves na condição de presidente da Associação
Rondoniense de Municípios-AROM abre visitações aos municípios do interior para
colher subsídios para seu trabalho em defesa do municipalismo. Ele que já residiu
em Pimenta Bueno e Vilhena antes de se fixar em Porto Velho não nega a
pretensão de disputar o CPA em 2026 e já está com o pé na estrada. O alcaide também
mobiliza os prefeitos em Brasília onde instalou representação da entidade.
Hildão têm olhos de águia!
Máximas pauladas!
O
ex-secretário de estado da saúde e deputado federal mais votado de Rondônia, com
quase 85 mil votos, Fernando Máximo (União Brasil) tem sido alvo de porretadas
dos adversários e muito criticado pela sua gestão na pasta da saúde estadual.
Se fosse ruim assim como dizem os adversários, Máximo certamente não seria o
campeão de votos na capital e tampouco o governador Marcos Rocha seria reeleito.
A saúde é de fato um calcanhar de Aquiles nas gestões do governo estadual, mesmo
assim não tem gerado danos a popularidade dos governadores – Ivo, Confúcio e
Marcos Rocha – já que todos se reelegeram.
O indicativo
E
partindo de um indicativo importante em termos de eleições eleitorais, aquele
onde não se chuta cachorro morto e tampouco se acende vela para defunto ruim,
pelas pauladas recebidas nas últimas semanas, tenho Fernando Máximo (União
Brasil) como franco favorito nesta largada para a sucessão de Hildon Chaves no
ano que vem. É claro que vai enfrentar Mariana Carvalho (Republicanos) com o
apoio de Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha, se tornando uma postulante
supercompetitiva e Leo Moraes já com os lombos curtidos de campanhas
anteriores. Mas Máximo dá pinta de obter uma vaga no segundo turno com folga. E
depois serão outros quinhentos.
Via Direta
*** Pesquisa “boa” de intenções de votos
em Porto Velho, retira das planilhas os nomes dos favoritos Fernando Máximo,
Mariana Carvalho e Leo Moraes. Afinal, a missa encomendada tem que ser bem
feita para agradar os compradores *** Os
mercados imobiliários aquecidos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina estão
levando os trabalhadores da nossa amada Rondônia, Acre, Amazonas e Pará *** Além disto, os contingentes de
haitianos e venezuelanos que povoaram as ruas de Porto Velho, desembarcaram em
massa nos últimos anos em São Paulo, Curitiba, Cascavel, Camboriú e Chapecó
***Não bastasse, ainda existem muitas vagas para serem preenchidas nos
frigoríficos catarinenses e paranaenses, aumentando a evasão demográfica em
nossa região Norte.
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