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Carlos Sperança

Guerra e calor e o toma lá, dá cá....


Guerra e calor e o toma lá, dá cá.... - Gente de Opinião

Guerra e calor

Na filosofia da pobreza, “dinheiro não é problema, é solução”. Na política, porém, anunciar vultosas somas é ação diferente de entregá-las. Alemanha, EUA, Reino Unido e União Europeia prometeram valores ao Fundo Amazônia que ficaram só no anúncio. Mas as ações que dependem de agilidade na entrega e na aplicação dos recursos anunciados não são presentinhos das nações poderosas ao Brasil e seus vizinhos amazônicos. Fazem parte da sobrevivência de seus próprios povos.

Há que considerar, por outro lado, que o embarque na inútil guerra da Ucrânia vai causando estragos que vão além do conflito em si e afetam de diversas formas as nações que se deixaram levar por essa loucura bélica. A guerra queima equipamentos obsoletos e propicia a renovação de arsenais reforçando os orçamentos militares, mas não destrói só mercenários que vivem e morrem pela guerra. Liquida jovens, deprime famílias e causa prejuízos como a pedra atirada no lago, formando círculos que se estendem e se ampliam.

Note-se que os EUA estão à beira de sua pior crise. As poderosas Inglaterra e Alemanha estão abaladas. A União Europeia perdeu muita força. Os recursos anunciados ao FA, portanto, tardam enquanto no mundo há algo mais no ar além dos aviões de carreira e da guerra: um calor jamais visto, com consequências que também serão como a pedra atirada na água.

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A especulação

O município de Vilhena é o que mais cresce em Rondônia, polo importante do agronegócio e irradiando infuencia para todo o cone sul rondoniense e o Nortão do Mato Grosso. Com isto a especulação imobiliária se tornou um grande negócio para as empresas imobiliárias e agora o tema é alvo de polemica na Câmara de Vereadores. O Ministério Púbico interviu pedindo providencias para evitar a especulação e os vereadores discutem medidas. A falta de adensamento é um sério problema para o setor público e isto pode ser corrigido no plano diretor estabelecendo as diretrizes para a Zona Urbana.

Pedrinha no sapato

Em Cacoal, a decisão da ex-prefeita Glaucioni Nery em disputar o Paço Municipal no pleito do ano que vem torna uma pedrinha no sapato para o atual prefeito Adailton Furia que é a liderança emergente da região do café e até disposto a voos maiores na política de Rondônia, como disputar a sucessão do govenador Marcos Rocha em 2026. Cacoal é o único polo regional importante em Rondônia que ainda não emplacou govenador, já que tanto Vilhena (teve Ângelo Angelim nomeado), Rolim de Moura (Valdir Raupp e Ivo Cassol), Ji-Paraná (José Bianco) e Confúcio Moura (Ariquemes) já estiveram no pódio.

Toma lá, dá cá....

O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (AL) não esconde a preferência e defende a proposta do semipresidencialismo no País. Existem motivos para isto: primeiro é que na verdade este é o regime que se pratica no Brasil extraoficialmente, a segunda razão é pelo poder conferido aos deputados federais e senadores, que tornam os presidentes de plantão em meras rainhas da Inglaterra. Tanto Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro governaram de joelhos para o Congresso. O semipresidencialismo é forrar os bolsos dos parlamentares com emendas, indicar compinchas para Ministérios, se locupletar com indicações, rachadinhas, etc, etc.

Obras em Rondônia

 Das obras federais no estado, segue a recuperação do pavimento asfáltico entre Porto Velho a Vilhena, na rodovia 364, causando demora nas viagens rodoviárias neste trajeto, seja com ônibus, caminhões ou carros particulares. O Dnitt também trabalha na dragagem do Rio Madeira, na divisa com o Amazonas. Aumentaram os bancos de areia no pedaço. Da Usina hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste, nem sinal de vida ainda dos canteiros de obras. Das ações estaduais em Ariquemes as reclamações são sobre o Heuro, o prometido hospital para atender o Vale do Jamari, cujas obras sequer foram iniciadas pelo governo estadual.  

Tapas e beijos

O regime de tapas e beijos entre o governo de Rondônia e a Assembleia Legislativa de Rondônia, para o bem de todos e felicidade geral dos rondonienses, durou poucos dias.  Na verdade, não passaram de algumas alfinetadas daqui outras dali e as coisas se ajustaram nos seus devidos lugares. Mas ficou bem claro, que chegando da sua viagem do exterior, o governador Marcos Rocha tratou de apagar os rastilhos dos incêndios entre parte do seu primeiro escalão e deputados estaduais. O líder da bancada governista Laerte Gomes (PSD) trabalhou na conciliação entre os caciques partidários.

Via Direta   

*** Vem aí mais um festival de verão na aprazível praia de Fortaleza do Abunã onde políticos rondonienses e acreanos já foram  flagrados  e romances, levando gatinhas com desculpas de viagens parlamentares ***Com areias limpíssimas o balneário é um dos mais procurados na região onde existem muitas casas de recreio, com predomínio dos acreanos que colonizaram Rondônia nos anos 70  *** Surpreende o fato o Distrito Federal, que conta com um dos melhores poderes aquisitivos do País, estar no rol das populações mais endividadas, ao lado do Amapá e Amazonas *** Neste verão as contas de energia tem batido veadeiros recordes em Rondônia *** Ocorre que ninguém suporta mais tanto calor na temporada e tudo mundo acaba apelando para os aparelhos de ar condicionado.    

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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