Segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024 - 08h05
Um
milagre vai acontecer: amigos incondicionais da fauna e da flora amazônica vão
aparecer como por magia em cada Município oferecendo soluções definitivas para
todos os problemas acumulados e jamais resolvidos desde Francisco Orellana.
O
espetáculo das soluções maravilhosas começou no momento em que o nobre
parlamento nacional e o generoso governo pátrio, sob o silêncio de
consentimento da Justiça soberana, determinaram um fantástico volume de
recursos para o Fundão Eleitoral, que os partidos usam para manter e ampliar
suas estruturas locais. Quase vinte deles não conseguiram escapar do bicho-papão
das cláusulas de barreira (ou desempenho) impostas ao pleito de 2022. Isso
significa dizer que haverá muito mais dinheiro para menos partidos: o Fundão
agigantado será repartido apenas entre os felizes caciques das siglas (ou
federações) que pularam as barreiras: nove partidos e três federações.
Muito
mais dinheiro para as campanhas eleitorais significa promessas melhor
apresentadas em peças de propaganda preparadas por especialistas em fazer os
consumidores comprar margarinas, carros, planos de internet e apostar em jogos
de azar. Atrás de cada propaganda haverá um truque psicológico, uma promessa
que parecerá fácil de cumprir e muito autoelogio. Quem conseguir escapar ao hipnotismo
de tanta propaganda prometendo milagres talvez consiga votar conscientemente.
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Jogo de estratégia
Durante
todo período de carnaval os dois principais antagonistas na disputa pela
prefeitura de Porto Velho tiveram estratégias diferentes para a peleja. A
ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas), sempre escoltada pelo
prefeito Hildon Chaves (PSDB) optou por prestigiar as Folias de Momo, inclusive
muito aclamada pelos foliões durante o desfile da Banda Vai Quem Quer, que
levou uma verdadeira multidão as ruas como faz desde que foi fundada por
Manelão. Do lado de Máximo, ele evitou os eventos mundanos, fazendo sua opção
pelas visitações dos acampamentos evangélicos, um segmento que rejeita Mariana.
Grandes trunfos
Numa
eleição previsivelmente em dois turnos, do lado de Mariana, seu grande trunfo
para a disputa do Prédio do Relógio é o apoio do prefeito Hildon Chaves (PSDB),
de elevada aprovação, que deseja a continuidade de suas duas gestões. Do lado
de Fernando Máximo, ele tem no seu partido o governador Marcos Rocha e possivelmente
na sua aliança o atual presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (Patriota)
e o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos). Fazendo as contas: Hildon é mais
popular que o governador Marcos Rocha e empurra Mariana a ponteira. No segundo
turno, todo mundo contra Mariana e Máximo (ou Leo) com as melhores chances de
alcançar o pódio.
Contras em ação
Porque
todo mundo vai se juntar no segundo turno para ferrar Mariana? Porque não
interessa aos caciques políticos da capital e do interior que Hildon Chaves emplaque
uma aliada, dando uma demonstração de força e de asas crescidas para a disputa
do governo estadual em 2026. Não é do interesse do vice Sergio Gonçalves, dos
ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio e até dos prováveis candidatos ao Senado
que Hildão se torne um nome expoente em condições de galgar o Palácio Rio Madeira
em 2026, ou uma cadeira ao Senado. Com Mariana derrotada, ele seria obrigado a
reavaliar seus projetos 2026.
Onça esturrando
Já
numa vitória de Mariana, nosso alcaide vai esturrar alto para 2026, como uma
onça nos campos do Vale do Guaporé em busca de um búfalo suculento. Hildão, já
consolidado como um grande administrador, mais a imagem de vitorioso, numa
disputa contra tudo e todos no pleito da capital, elegendo sua sucessora, viria
quente e fervendo para chegar ao CPA. Por isto, o grande interesse dos adversários
em avariar as suas asas. Deixar ele crescer é um risco enorme para as
pretensões de adversários cascudos como Ivo Cassol, Confúcio Moura, Jaime
Bagatolli, ou o próprio vice-governador Sergio Gonçalves que deverá encerrar a gestão
de Rocha como governador.
Hildon se ferrando
No
caso do prefeito Hildon Chaves se ferrar, com uma derrota de Mariana ao Prédio
do Relógio, quem vai reforçar suas paliçadas para disputar o CPA em 2026, será
Sergio Gonçalves, o atual vice-governador que deverá concluir o mandato de
Marcos Rocha, sendo que o atual governador por sua vez vai disputar uma cadeira
ao Senado. Terá um importante concorrente descartado em Porto Velho. Enfim, tudo o que ocorrer na eleição 2024 na
capital vai influenciar em muito a sucessão estadual em 2026. Os blocos
políticos, com muitos rompimentos a caminho, estão se armando desde já para as
eleições de 2024 e 2026.
Via Direta
*** A covid vai se alastrando Rondônia
afora depois do carnaval com a companhia da dengue com índices de infecção
alarmantes também em Porto Velho *** A entrevista do prefeito Hildon Chaves ao
radialista Arimar Sá teve grande repercussão na semana passada desmentindo
boatos de rompimento do alcaide com o governador Marcos Rocha. *** O MDB garimpa um candidato a prefeito
competitivo para seu partido na capital.
Os caciques Confúcio Moura, Waldir Raupp e Lucio Mosquini estão atentos
ao “mercado” *** Em vista das eleições municipais em Ariquemes, os grupos
políticos do deputado Alex e da prefeita Carla Redano podem romper com o deputado
federal Thiago Flores, ex-prefeito que deseja voltar ao Paço Municipal.
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