Terça-feira, 11 de março de 2025 - 08h25
O
mundo vive tempos de indefinições. O ruidoso desmonte do Estado nos EUA e na
Argentina, o fortalecimento dele na Rússia e na China e a difícil situação dos
países que por longo tempo foram exemplos de um modelo confortável de Estado
social-democrata na Europa causam impactos no cenário brasileiro e sobre os polarizadores
internos – lulistas e bolsonaristas.
Os
lulistas, em princípio, parecem mais inclinados a aceitar um modelo europeu à
moda antiga, como o da Alemanha unificada de grande progresso, mas hoje em
crise. Os bolsonaristas vivem a expectativa do que vai acontecer nos EUA e na
Argentina, apostando na força de cada presidente para se impor aos seus
respectivos Estados, em cenários ainda muito incertos.
Recentemente
se viu que o crime organizado aproveita técnicas avançadas para se impor, como criar
redes de túneis para exploração de ouro. Isso obriga o Estado brasileiro a se
fortalecer no combate ao crime, incorporando a tecnologia ao seu arsenal.
No
Carnaval, policiais disfarçados de personagens do cinema conseguiram pegar
pequenos criminosos, mas para apanhar os grandes será preciso recursos ainda
mais criativos e amplificados, como ocorreu na destruição de um garimpo
subterrâneo pela Polícia Federal em Maués, no Leste do Amazonas. Seria um erro copiar
modelos estrangeiros ou se submeter a potências do hemisfério Norte. O Brasil
precisa achar seu próprio caminho.
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Corrida ao Senado
Na
minha primeira sondagem para as duas cadeiras ao Senado em Rondônia,
exclusivamente em Porto Velho, vão ponteando a corrida o ex-prefeito de Porto Velho
Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil). Eles
estão polarizando na capital. Mas constato que não é recomendável aos dois
disputarem o mesmo cargo, será prejuízo para ambos na certa. Hildão sem Máximo
aumenta muito sua aceitação, o mesmo ocorrendo com Máximo sem Hildão pela
frente. Para saúde dos dois o melhor é que um dispute o governo estadual e
outro o Senado. Lembrando que este racha em Porto Velho beneficia os candidatos
ao Senado do interior.
Capital rachada
Com
a capital rachada entre Hildão e Máximo, se vê o governador Marcos Rocha (União
Brasil) prejudicado em Porto Velho. Mal das pernas na capital por causa do
fracasso na saúde e do caos na segurança pública, no entanto o governador
desfruta de bons índices e aceitação no interior, mas na BR terá pela frente os
senadores Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Confúcio Moura (Ariquemes), além a
deputada federal Silvia Cristina (Ji-Paraná), além de Lucio Mosquini (saindo do
MDB) na bacia Leiteira. Lembrando que Hildão, Máximo, Marcos Rogério e Confúcio
também falam em disputar o governo estadual. Ou seja, não decidiram nada ainda.
Derrotas e surpresas
Pediram minha opinião a respeito das grandes derrotas e
grandes surpresas nas disputas ao Senado em Rondônia. No meu entendimento, as grandes
surpresas foram as eleições de Ernandes Amorim (PDT-Ariquemes) em 1994 e Fatima
Cleide (PT -Porto Velho) ao Senado na primeira onda Lula. Maiores derrotas, na
minha humilde avaliação, foram as de Jeronimo Santana (MDB-1982), quando foram
eleitos Odacir Soares, Claudionor Roriz e Galvão Modesto (todos do PDS) e de
Chiquilito Erse (PFL) em 1986, quando foram eleitos Olavo Pires e Ronaldo
Aragão (MDB).
A recuperação
A curiosidade histórica destes resultados, é que Jeronimo
Santana seria eleito prefeito de Porto Velho em 1985 e governador em 1986,
batendo seu principal rival, Odacir Soares. Também Chiquilito Erse teria uma
grande recuperação da derrota de 1986, se elegendo prefeito de Porto Velho em
1988. Outra curiosidade: ex-vereador, ex-deputado federal e ex-senador Expedito
Junior foi favorito nas disputas ao governo estadual contra Confúcio e nas duas
ocasiões levou pau. É descobridor de talentos e de lideranças políticas como
Ivo Cassol e Hildon Chaves. É um pé de coelho a favor dos outros, e pata de
coelho às avessas, quando se relaciona a ele mesmo.
As regalias
Não
surpreendem as denúncias referentes a regalias proporcionadas ao ex-presidente
da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho num certo presídio da capital.
Sempre que figurões são condenados por aqui, recebem as benesses. Os ilustres
presidiários sempre são bem relacionados, recebem visitas a qualquer hora e, em
alguns casos, se soube, que até as amantes foram liberadas as visitas intimas a vontade. Já tivemos
casos em anos passados de presos ilustres com celas dotadas de frigobar, comida
procedente dos melhores restaurantes e até a presença de acompanhantes. E assim,
acredito que estamos distantes da moralização nos presídios.
Via Direta
*** Nos supermercados a coisa ainda está
de lascar, além do café, da carne e dos ovos. A melancia chega a R$ 70,00 a
unidade. Vamos precisar importar melancias também para baratear os custos dos hortigranjeiros
***
Querem tirar o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves do páreo nas eleições
do ano que vem. Ter inaugurado a nova rodoviária está custando caro para o
ex-mandatário, já que se pleiteia sua inelegibilidade *** Algumas lideranças do PP estão se aproximando do PDT visando
disputar as próximas eleições. Teremos novidades até o meio do ano ***Temos
infestação de carapanãs em alguns condomínios de luxo em Porto Velho. Os
bichinhos devem preferir o sangue dos riquinhos...
Vivemos um grande clima de incerteza com relação as eleições 2026 em Rondônia
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