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Carlos Sperança

Hildon Chaves antecipa a entrega da nova rodoviária


Hildon Chaves antecipa a entrega da nova rodoviária - Gente de Opinião

Critérios de sucesso

Só haverá verdadeiro progresso na Amazônia quando as carências de seus povos forem sanadas. Os impressionantes volumes da extração de minérios, aproveitamento excelente da biodiversidade, extrativismo sustentável, cabeças de gado em profusão e agricultura quebrando recordes sucessivos continuarão sem tirar o país da pobreza e do atraso sem a promoção social.

Compreendendo bem essa relação, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia definiu no fim de julho que os municípios da região poderão ter acesso a recursos para financiar iniciativas relacionadas à preservação da floresta. Marcar o uso do dinheiro e checar sua aplicação efetiva certamente apresentarão resultados no sentido da promoção social dos povos amazônicos.

Intenção e objetivo não levam ao sucesso automático. No Brasil, em que as políticas de Estado foram muitas vezes destroçadas por seitas rancorosas e egoístas, toda intenção requer acompanhamento e o fracasso no alcance dos objetivos deve ser punido, na medida em que envolve recursos públicos e os prejuízos recaem sobre os setores mais necessitados da população.

Note-se o caso das metas para o decênio 2014-2024 na educação, a base da formação do capital humano. O prazo final está chegando e só quatro de um rol de 20 têm chances de ser cumpridas. Um atestado de fracasso para todos os governantes do período que se julgaram competentes e patriotas.

A antecipação

Feliz com a performance da empresa Madecon na construção do novo terminal rodoviário de Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves (União Brasil) asseverou que embora havendo “os contras”, o cronograma das obras será antecipado a previsão inicial de um ano e seis meses, ou seja, com inauguração prevista até setembro do ano que vem, ou seja, poucos meses antes de entregar o Prédio do Relógio a seu sucessor com chaves de ouro. Entendo que é uma temeridade acreditar em empreiteiras e suas estimativas. Vejam as previsões da entrega do complexo Madeira Mamoré. Por isto os “contras” aproveitam para alfinetá-lo.

Mais prudência...

A história tem mostrado que se sabe quando as obras municipais, estaduais e federais começam, mas nunca quando terminam, por uma série de fatores. Um deles pode ser o contingenciamento de recursos, outro a empresa receber recursos e sumir do mapa, como já aconteceu várias vezes em Rondônia. Já vi muitos conjuntos habitacionais em Porto Velho serem iniciados e abandonados, viadutos que se transformaram em esqueletos. Temos tantas escolas e creches abandonadas por empreiteiras, pontes inacabadas por Rondônia afora e por aí vai. Vai daí a desconfiança dos “contras” - e quiçá estejam enganados!

Em campanha

Temos muitos deputados estaduais cotados para disputar as principais prefeituras de Rondônia nas eleições do ano que vem e eles aproveitaram o recesso parlamentar que terminou na segunda-feira para visitar as suas bases eleitorais. Desde Marcelo Cruz (Patriotas) e Jean Mendonça (MDB) em Porto Velho, a Laerte Gomes (PSD -Ji-Paraná), Afonso da Mabel (Ji-Paraná), Claudia de |Jesus (PT-Ji-Paraná), Jean Mendonça (Pimenta Bueno) Tássia Souza (Guajará Mirim), Luís do Hospital (MDB-Jaru), Lucas Torres (Buritis), Rodrigo Camargo (Ariquemes) entre outros nomes também ventilados para as pelejas de 2024.

Poder feminino

Mesmo muitas vezes enfrentando injustiças e até desrespeitadas pelo machismo vigente em Rondônia, um estado recordista em feminicídios, o poder feminino tem avançado na política. São várias deputadas estaduais e federais eleitas, muitas prefeitas cumprindo mandatos e superando tantos desafios impostos. Neste ano constatamos o que sofreu a prefeita Carla Redano (Ariquemes) , que entendo ser um dos três melhores alcaides de Rondônia, ao lado do Hildão e do Joãozinho - nas mãos dos oposicionistas. Foi massacrada pelo tal vereador Fera, que acabou cassado pelos seus malfeitos. É preciso mais respeito. Antes de serem políticas, as mulheres são mães, esposas, filhas e avós.

A mão de obra

Com uma enorme migração de trabalhadores – em todas as modalidades, de pedreiros a pintores, de guardiões a garçons, zeladores de edifícios e de caseiros nas propriedades rurais, para o sul do país onde são contratados principalmente para desempenhar funções nos frigoríficos de exportação de frangos e suínos, e destinados à construção civil, Porto Velho vivencia uma crise de mão de obra. Os profissionais mais eficientes estão trabalhando nas empreiteiras e o que sobrou está dando cano adoidado na capital, além de não trabalhar nem sábado, tampouco na segunda-feira, ainda desligando o celular para não receber reclamação dos patrões. É coisa de louco!

Via Direta

**** Com o Congresso Nacional voltando do recesso, as câmaras de vereadores e a Assembleia Legislativa a política volta a pulsar com mais força em Rondônia *** O que se vê são muitos deputados e vereadores deixando de ser carneirinhos do Executivo e já mostrando uma certa independência do Poder Executivo *** Lembrando que “independência” em Rondônia é o cara ser desterrado para Costa Marques, como ocorria na década de 70 e hoje em dia perder a indicação de cotas de cargos, e seu balcão de negócios se arrebentar, seja na lavagem de roupas de hospitais, ou no fornecimento de marmitas para pacientes e presidiários no estado *** Ou seja, a independência tem um preço a ser pago, atinge de rijo os bolsos dos parlamentares mais rebeldes.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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