Quarta-feira, 2 de agosto de 2023 - 10h28
Só
haverá verdadeiro progresso na Amazônia quando as carências de seus povos forem
sanadas. Os impressionantes volumes da extração de minérios, aproveitamento
excelente da biodiversidade, extrativismo sustentável, cabeças de gado em
profusão e agricultura quebrando recordes sucessivos continuarão sem tirar o
país da pobreza e do atraso sem a promoção social.
Compreendendo
bem essa relação, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia definiu no fim de julho
que os municípios da região poderão ter acesso a recursos para financiar
iniciativas relacionadas à preservação da floresta. Marcar o uso do dinheiro e
checar sua aplicação efetiva certamente apresentarão resultados no sentido da
promoção social dos povos amazônicos.
Intenção
e objetivo não levam ao sucesso automático. No Brasil, em que as políticas de
Estado foram muitas vezes destroçadas por seitas rancorosas e egoístas, toda
intenção requer acompanhamento e o fracasso no alcance dos objetivos deve ser
punido, na medida em que envolve recursos públicos e os prejuízos recaem sobre
os setores mais necessitados da população.
Note-se
o caso das metas para o decênio 2014-2024 na educação, a base da formação do
capital humano. O prazo final está chegando e só quatro de um rol de 20 têm
chances de ser cumpridas. Um atestado de fracasso para todos os governantes do
período que se julgaram competentes e patriotas.
A antecipação
Feliz
com a performance da empresa Madecon na construção do novo terminal rodoviário
de Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves (União Brasil) asseverou que embora
havendo “os contras”, o cronograma das obras será antecipado a previsão inicial
de um ano e seis meses, ou seja, com inauguração prevista até setembro do ano
que vem, ou seja, poucos meses antes de entregar o Prédio do Relógio a seu
sucessor com chaves de ouro. Entendo que é uma temeridade acreditar em
empreiteiras e suas estimativas. Vejam as previsões da entrega do complexo
Madeira Mamoré. Por isto os “contras” aproveitam para alfinetá-lo.
Mais prudência...
A
história tem mostrado que se sabe quando as obras municipais, estaduais e federais
começam, mas nunca quando terminam, por uma série de fatores. Um deles pode ser
o contingenciamento de recursos, outro a empresa receber recursos e sumir do
mapa, como já aconteceu várias vezes em Rondônia. Já vi muitos conjuntos
habitacionais em Porto Velho serem iniciados e abandonados, viadutos que se
transformaram em esqueletos. Temos tantas escolas e creches abandonadas por
empreiteiras, pontes inacabadas por Rondônia afora e por aí vai. Vai daí a
desconfiança dos “contras” - e quiçá estejam enganados!
Em campanha
Temos
muitos deputados estaduais cotados para disputar as principais prefeituras de
Rondônia nas eleições do ano que vem e eles aproveitaram o recesso parlamentar
que terminou na segunda-feira para visitar as suas bases eleitorais. Desde
Marcelo Cruz (Patriotas) e Jean Mendonça (MDB) em Porto Velho, a Laerte Gomes (PSD
-Ji-Paraná), Afonso da Mabel (Ji-Paraná), Claudia de |Jesus (PT-Ji-Paraná),
Jean Mendonça (Pimenta Bueno) Tássia Souza (Guajará Mirim), Luís do Hospital (MDB-Jaru),
Lucas Torres (Buritis), Rodrigo Camargo (Ariquemes) entre outros nomes também
ventilados para as pelejas de 2024.
Poder feminino
Mesmo
muitas vezes enfrentando injustiças e até desrespeitadas pelo machismo vigente
em Rondônia, um estado recordista em feminicídios, o poder feminino tem
avançado na política. São várias deputadas estaduais e federais eleitas, muitas
prefeitas cumprindo mandatos e superando tantos desafios impostos. Neste ano
constatamos o que sofreu a prefeita Carla Redano (Ariquemes) , que entendo ser um
dos três melhores alcaides de Rondônia, ao lado do Hildão e do Joãozinho - nas mãos
dos oposicionistas. Foi massacrada pelo tal vereador Fera, que acabou cassado
pelos seus malfeitos. É preciso mais respeito. Antes de serem políticas, as
mulheres são mães, esposas, filhas e avós.
A mão de obra
Com
uma enorme migração de trabalhadores – em todas as modalidades, de pedreiros a
pintores, de guardiões a garçons, zeladores de edifícios e de caseiros nas propriedades
rurais, para o sul do país onde são contratados principalmente para desempenhar
funções nos frigoríficos de exportação de frangos e suínos, e destinados à
construção civil, Porto Velho vivencia uma crise de mão de obra. Os profissionais
mais eficientes estão trabalhando nas empreiteiras e o que sobrou está dando
cano adoidado na capital, além de não trabalhar nem sábado, tampouco na
segunda-feira, ainda desligando o celular para não receber reclamação dos
patrões. É coisa de louco!
Via Direta
**** Com o Congresso Nacional voltando
do recesso, as câmaras de vereadores e a Assembleia Legislativa a política
volta a pulsar com mais força em Rondônia *** O que se vê são muitos deputados e
vereadores deixando de ser carneirinhos do Executivo e já mostrando uma certa
independência do Poder Executivo *** Lembrando
que “independência” em Rondônia é o cara ser desterrado para Costa Marques,
como ocorria na década de 70 e hoje em dia perder a indicação de cotas de
cargos, e seu balcão de negócios se arrebentar, seja na lavagem de roupas de
hospitais, ou no fornecimento de marmitas para pacientes e presidiários no
estado *** Ou seja, a independência tem um preço a ser pago, atinge de rijo
os bolsos dos parlamentares mais rebeldes.
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