Terça-feira, 5 de setembro de 2023 - 07h57
Em
meio a discursos dúbios, principalmente as dúvidas sobre ongs e os programas socioambientais
voltados para a Amazônia, destacou-se há pouco o do senador Plínio Valério
(PSDB-AM) ao considerar “irônico” que haja indígenas “em busca de terra na
capital”. Na verdade, não é irônico, mas trágico, pois não vão à capital em
busca de terra, que há de sobra nas reservas. Vão à capital em busca de
capital, ou seja, de meios de vida para fugir à escassez de recursos para
assistência básica nos municípios do interior, corretamente denunciada pelo
senador.
Só
erra quando supõe que a função das ongs seria suprir essas deficiências, quando
cada ong tem um foco específico e só ele deve ser cobrado. Se ongs tivessem que
suprir as deficiências das prefeituras deveriam receber os recursos que vão
para elas e não são aplicados nas áreas mais deficitárias. Sem a injustiça de
acusar os municípios de descaminhar os recursos, deve-se reconhecer que falta
dinheiro para tudo, da infraestrutura à assistência básica.
Como
dinheiro não cai do céu e ninguém aguenta mais aumento de impostos, não é o
caso de cobrar de ongs o que não podem entregar além do foco declarado, mas de
apoiar a recomposição dos recursos que chegam aos municípios e aprimorar sua destinação.
Há uma reforma tributária em trâmite, mas muito complicada, pois é difícil
maquiar aumento de impostos tentando enganar a parte mais sensível do corpo
humano: o bolso.
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Boas largadas
As
batalhas pelas prefeituras das capitais do Norte já começaram. As melhores largadas
são do ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB)) em Rio Branco, do atual prefeito de
Manaus David Almeida (Avante) a reeleição, do deputado federal Fernando Máximo
(União Brasil) em Porto Velho e do atual prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues
(PSOL) na peleja pela reeleição. Como em todas as capitais relacionadas ocorrem
eleições em dois turnos, os favoritos podem dançar se os opositores se unirem
no segundo. Em Porto Velho já tivemos grandes viradas, por exemplo.
Nossos garimpeiros
Os
garimpeiros instalados com balsas em algumas regiões de Porto Velho estão
apavorados diante das operações da Policia Federal em municípios amazonenses. Já foram 300 balsas
alvo de explosões nas últimas semanas e alguns garimpeiros já estão retirando seus
equipamentos do Rio Madeira preventivamente. Se de um lado estão poluindo o rio
com mercúrio e causando com isto muitos casos de câncer na região, de outro
lado existe o problema de desemprego. Também traficantes, garotas de programa e
foragidos que atuam no segmento padecem com prejuízos, mas no momento em que a
Caerd aumenta a captação de água para distribuição na capital no Madeirão as
operações são mais do que necessárias.
O centro antigo
Diante
da omissão das autoridades e das entidades representativas, o centro histórico
de Porto Velho vai se esvaindo em fechamento de lojas e aquelas que resistem,
são alvo de arrombamentos pelos zumbis drogados das cracolândias centrais. Então
não existe fiação elétrica que resista, é todo dia furtos de cabos elétricos no
comércio e nos postes. A decadência da região é tão grande que existem quadras
inteiras com pontos fechados, além da redução de agências bancárias e até o
comércio do ouro se escafedeu da Av. Sete de Setembro, algo tão prospero em
épocas passadas. E não existe planejamento para melhorias.
As indefinições
Porque
as indefinições no cenário sucessório m Porto Velho no pleito 2024, enquanto em
outras capitais os postulantes já estão correndo trecho? Existe um motivo:
muitos políticos locais esperam que o governador Marcos Rocha (União Brasil) e
o senador Jayme Bagatolli (PL), com pendencias na justiça eleitoral, se ferrem,
que caiam do cavalo. E sem eles, o quadro político muda muito. Algumas
lideranças acreditam que poderá até ocorrer uma nova eleição ao Senado para
suprir a cadeira do senador bolsonarista que deu aquela virada em cima de
Mariana Carvalho. Mas acredito que é
mais fácil galinha criar dentes.
Bandidos soltos
São
tantos criminosos soltos em Porto Velho – mais de 2 mil entre foragidos, condenados
e com tornozeleira eletrônica – que dá até medo até de sair nas ruas. A Polícia
já se vê diante do fato de selecionar quem vai prender, porque faltam vagas nos
presídios e se forem capturados todos os feminicidas, homicidas, latrocidas,
assaltantes, arrombadores e traficantes, seria necessário requisitar vários
ginásios de esportes. E num estado onde os cartéis do narcotráfico chegaram
para valer, as disputas por território são sangrentas e é a nossa juventude
mais atingida, seja com prisões - ou sepultamentos.
Via Direta
*** Em Rondônia alguns prefeitos nadam
de braçadas para a reeleição. São os casos de Carla Redano (Ariquemes) e Adailton
Furia em Cacoal ***
Em Ji-Paraná, o afastamento do prefeito Esaú Fonseca complicou sua reeleição e
seu retorno ao Palácio Urupá está difícil. Com isto assume o protagonismo
local, o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB) ***
Também alguns ex-prefeitos devem retornar ao pódio e são favoritos em seus
municípios, caso do ex-deputado federal Lindomar Garçom (Republicanos) em
Candeias do Jamari *** No meio dos deputados estaduais muitos nomes são
lembrados como postulantes as prefeituras municipais, caso de Laerte Gomes
(PSD) em Ji-Paraná.
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