Segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024 - 08h05
É habitual
derrotado alegar fraude e criminoso condenado se sentir injustiçado. Na sociedade
democrática, felizmente, para tudo cabe recurso, mas em ambientes poluídos pela
polarização o derrotado exige que a Justiça lhe dê a vitória e o condenado espera
que os políticos mudem na marra a decisão da Justiça.
Há
cem anos, o STF libertou um militar acusado de conspirar contra o governo,
Joaquim Távora. Solto porque estava detido injustamente, foi fazer uma revolução,
direito que não tinha. Culpa do STF? Derrotados e condenados, principalmente no
Brasil, onde as redes sociais transformam analfabetos funcionais em “juristas”,
o STF é o para-raios de tudo que incomoda. Como na sociedade polarizada tudo incomoda,
cabe ao STF o espinhoso papel de zelar pela Constituição em país que a emenda sem
dó e a viola na base do jeitinho.
O
STF terá que julgar em 2024 restos traumáticos da polarização. O governo
deveria zerá-la pelo bem da nação, mas é incapaz de unir o país em torno de uma
agenda mínima. Algumas pautas pretendem empurrar ao STF a escolher um lado no
caso de impasses que caberia aos políticos resolver no Congresso. Outras
pretendem a execução de um plano para prevenção e controle do desmatamento da Amazônia.
É praticamente exigir que o STF julgue, legisle e governe. Como havia juízes em
Berlim, tomara que o Brasil também os tenha.
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Eleições 2024
Enquanto
em algumas capitais o cenário das eleições municipais vai se desenhando, em Porto
Velho o panorama segue nublado. De m lado, o bolsonarismo rachado em possíveis
candidaturas à espera de acenos do diretório nacional do PL para definições e outras
legendas atreladas ao conservadorismo. De outro lado a oposição iniciando as
negociações para montar uma chapa competitiva com o MDB e o PT como partidos
protagonistas. Muitas candidaturas anunciadas, mas neca de definições. A rigor,
só tem a pré-candidatura de Mariana Carvalho (Progressistas) anunciada pelo prefeito
Hildon Chaves (PSDB).
Antecipação
Nos
meios políticos se tem como articulação mais acertada, retardar o anuncio de
candidaturas para que o nome anunciado não seja alvo de cacetadas das linhas inimigas
de imediato. O tempo está mostrando que a antecipação do anuncio do nome de Mariana
Carvalho para disputar a prefeitura de Porto Velho pelo prefeito Hildon Chaves
não foi a medida mais adequada, pois os adversários se reuniram para vetar seu
nome nas bases aliadas ao governador Marcos Rocha e do próprio prefeito. A
antecipação do nome de Mariana acabou lhe causando alguns transtornos.
O campeão voltou
Ex-prefeito
e ex-deputado federal, Lindomar Garçom foi o campeão de votos em eleições municipais
atingindo quase 70 por cento do eleitorado numa das primeiras eleições de Candeias
do Jamari. Agora, depois de sucessivas derrotas a Câmara dos Deputados e a prefeitura
de Porto Velho, Garçom está de volta ao seu antigo domicilio eleitoral para
disputar a prefeitura daquela cidade satélite, entulhada em dividas e mais dividida
politicamente que a Bolívia. Garçom é favoritíssimo para a eleição suplementar
e ganhando vai assumir uma cidade com os cofres do Executivo dilapidados pelos
últimos alcaides.
No municipalismo
Poucos
municípios rondonienses dão conta de pagar seus encargos e tocar alguma obra de
infraestrutura e conseguem ser mais independentes dos recursos de emendas
parlamentares federais. Mesmo assim, Porto
Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e Rolim de Moura com gestões mesmo
mais enxutas também são dependentes do FPM e das verbas oriundas das emendas parlamentares
federais e estaduais. Neste início do ano os prefeitos acorrem a Brasília, com
apoio da Confederação Nacional dos Municípios-CNM, para uma nova marcha
municipalista de pires na mão nos gabinetes dos deputados federais e senadores
em busca de recursos.
Bases bem definidas
Com
bases bem definidas na capital e carreiras políticas já consolidadas, alguns
vereadores caminham para uma nova reeleição e já vislumbrando cadeiras na Assembleia
Legislativa em 2026. São os casos de Vanderlei Silva, Alex Palitot, Edvilson
Negreiros, Marcio Pacele e Elis Regina. São 19 vereadores em busca da reeleição
e pelo menos dois fora da disputa por pendencias com a justiça. Terão pela
frente predadores terríveis, casos de ex-deputados estaduais com forte
estrutura e em condições de voltar ao pódio, casos de Hermínio Coelho, Jair
Montes, Eyder Brasil, Ribamar Araújo, alguns que por sinal já foram vereadores
também.
Via Direta
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apontam polarização entre o prefeito Davi Almeida (Avante) e o deputado federal
Arnon Medel (Cidadania) no pleito de outubro *** Em Porto Velho, as primeiras
sondagens do ano passado apontavam quase
um empate técnico entre Fernando Máximo (União Brasil), Mariana Carvalho (progressistas)
e Leo Moraes (Podemos) *** São os
candidatos conservadores levando vantagem...
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