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Carlos Sperança

Multiplicam-se por todo o Brasil os chamados “Nem-Nem”, os jovens que não estudam e tampouco trabalham


Multiplicam-se por todo o Brasil os chamados “Nem-Nem”, os jovens que não estudam e tampouco trabalham - Gente de Opinião

A política voltou

Os escândalos do Mensalão e do Petrolão fizeram a política virar caso de polícia. A criminalização da política trouxe a politização da Justiça (via Lava-Jato) e abriu campo à politização em quartéis, virando o país de cabeça para baixo, com a polarização rancorosa que desembocou nos atos de vândalos golpistas em Brasília em 8 de janeiro do ano passado.

A aprovação pelo Congresso de nomes indicados pelo governo federal e do agrado dos juízes supremos para a PGR e o STF configuraram um pacto de reforço à Constituição de 1988, com o qual três situações se consolidam. Uma, Congresso e Judiciário vão bloquear qualquer maluquice do Executivo. Outra, o Congresso, via Centrão, impedirá que o Judiciário extrapole suas funções e o Executivo privilegie as seitas infiltradas. Terceira, o Judiciário podará aventuras do Executivo e tramoias congressuais.

Quando esse pacto fraqueja, trinca ou é rompido favorece a politização de militares, como em 1924, fratricídio que levou o general Peri Bevilacqua a concluir que “quando a política entra por uma porta do quartel, a disciplina sai pela outra”.

A definição da ex-senadora Vanessa Grazziotin para representar o Brasil na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) aponta que a política voltou, espera-se que com os freios e contrapesos constitucionais mais fortes. Os representantes anteriores à ex-parlamentar eram nomes técnicos.

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Difícil acreditar

 Se tem coisa difícil de acreditar, já que a empreiteira sequer foi licitada e que ainda não existem recursos suficientes alocados – especula-se que sejam provenientes do Fundo Amazonia -, é a entrega da ponte binacional, em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia até 2027. Comparados a construção de outras pontes em Rondônia, como foram os casos das obras sobre o Rio Madeira ligando Rondônia ao Amazonas e outra conectando nosso estado ao Acre, seria um recorde nacional de tempo, uma eficiência chinesa, um cronograma japonês. O Dnitt não dá conta nem de concluir aquelas pontes que desabaram próximas a Manaus no inverno passado na BR 319. Vai daí...

Haja farsantes

Sobre a restauração da rodovia 319, vejo na formação deste Grupo de Trabalho pelo Ministério dos Transportes para estudar a restauração da pavimentação da estrada, uma verdadeira enrolação. Não decidem nada, não resolvem nada, não tem poder de levar a coisa a frente. Os políticos gostam de inventar eventos para se promover. De qualquer forma, se conseguirem algum resultado prático, será algo louvável, mas os antecedentes da classe política nos embates para a solução das obras não são dos melhores. E urge uma definição desta ligação rodoviária até Manaus.

Os Nem-Nem

Multiplicam-se por todo o Brasil os chamados “Nem-Nem”, os jovens que não estudam e tampouco trabalham, vivendo às custas dos pais e dos avós e muitos se tornando com o tempo meliantes. Uma situação aflitiva, constatada também em Porto Velho, onde se vê também até vadios quarentões de barriga de fora, esticando pipa ou jogando sinuca nos botecos, sendo mantidos por pais e avós aposentados. Some-se a isto que um percentual já se tornou uma legião de drogados e temos um coquetel explosivo para a Previdência nos próximos anos. Um ovo da serpente criado pelas “Nem-Nem”

Bases fluviais

Com a criminalidade subindo drasticamente nas aguas do Rio Madeira em território amazonense, o governo do vizinho estão decidiu instalar bases fluviais de segurança nos seus principais rios. Uma delas já está funcionando ao longo do Rio Madeira, onde a pirataria tem aumentado nos últimos anos. Uma medida que poderia inspirar o governo de Rondônia adotar a modalidade tamanha a frequência da presença dos piratas do Madeira, garimpo ilegal, e outros crimes que ocorrem na região do porto do Cai N’Agua em Porto Velho e no percurso do Madeirão em território rondoniense.

As causas gays

O Brasil já tem até um presidenciavel gay assumido, que é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com sua administração bem avaliada e que recentemente entrou em união estável com seu marido, num estado considerado muito conservador. No entanto, em Rondônia os políticos GLBT + evitam assumir o gênero ou sua atual condição.  Nada contra as estratégias, mas sejam, homens ou mulheres, por exemplo, sabendo-se nos bastidores que alguns possíveis candidatos à prefeitura de Porto Velho são gays, nenhum deles (a) assumiu o gênero. Estariam temendo o conservadorismo vigente no estado?  

Via Direta

*** A classe política acreana aguarda com ansiedade o desfecho do julgamento do afastamento do governador Gladson Camelli. Ocorre que o ato pode alterar o rumo do quadro sucessório nas prefeituras municipais do estado *** Em Rondônia, tanto o governador Marcos Rocha vitorioso na campanha da reeleição e Jaime Bagatoli que se elegeu ao Senado também sofreram horrores com possíveis cassações, mas ao final de 2023 ganharam a parada *** O Senado planeja manter a saidinha dos presos que estudam e trabalho. No projeto original aprovado na Câmara dos Deputados a proibição era estendida a todos os detentos depois de reclamações generalizadas pelo país afora.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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