Quarta-feira, 31 de maio de 2023 - 08h20
Além
de se queixar ao bispo, também funciona recorrer à Embrapa. Nestes tempos em
que todas as instituições, inclusive os três poderes, estão constantemente sob
xeque, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária também não escapa a
eventuais questionamentos, como antigas relações com parcelas do agro acusadas
de não ser ambientalmente sustentáveis, causando redução da biodiversidade e
emissão de gases de efeito estufa com desmatamento e as queimadas.
Mas
a vocação da Embrapa é a ciência, e ao privilegiá-la contraria com qualidade os
questionamentos, recebendo apreciações elogiosas pela atuação de seu braço Embrapa
Florestas polo desenvolvimento de estudos em torno das propriedades
interessantes da folha do pau-de-balsa. Essa árvore da biodiversidade amazônica
é tida como o milagre que vai salvar a mineração de ouro na região do fantasma
assassino do mercúrio.
Acusado
de causar graves problemas neurológicos, revelados por tremores, insônia, perda
de memória, dores de cabeça, fraqueza e no limite até a morte, as consequências
do emprego do mercúrio não são queixas triviais. Mexem com efeitos econômicos
bem maiores que os da extração e comércio de ouro, com implicações sanitárias e
sociais relevantes. Daí porque os estudos com o pau-de-balsa tendem a ser a
grande resposta que se espera da ciência para esta imensa dor de cabeça
amazônica.
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Nas convenções
Estamos
a um ano das convenções partidárias que vão definir os candidatos a prefeitos,
vices e vereadores para a eleição de 2024. Em Rondônia, alguns candidatos
receberam o controle das suas legendas e não precisam se preocupar em bater
chapas com eventuais concorrentes. São os casos de Mariana Carvalho
(Progressistas) e Mauro Nazif (PSB) em Porto Velho. Também os atuais prefeitos
que disputam a reeleição estão bem respaldados dentro de suas legendas, como
Alex Testoni (Ouro Preto), Esaú Fonseca (Ji-Paraná), Carla Redano (Ariquemes),
Fúria (Cacoal).
Grandes desafios
Nas
eleições municipais em Rondônia do ano que vem vejo como verdadeiros desafios
chutar dos poleiros os prefeitos que disputam a reeleição. Estão bem avaliados,
tem fortes alianças, mantém maioria nos legislativos municipais e até onde se
sabe, ainda fora de escândalos rumorosos. Onde não tem reeleição, como é o caso
de Porto Velho e onde existe pleito em dois turnos são outros quinhentos,
principalmente se toda a oposição se unir em torno de uma única candidatura. Na
capital, Mariana Carvalho desponta como favorita, mas enfrentando um nome no
segundo turno corre sério risco de levar lambada.
Colapso anunciado
O
presidente da Confederação Nacional dos Municípios-CNM Paulo Ziulkoski advertiu
durante a recente marcha municipalista em Brasília que os municípios
brasileiros vão enfrentar um colapso na saúde se o Supremo Tribunal Federal
decidir pelo pagamento do piso integral da enfermagem. Os mandatários das municipalidades
estão urrando pela falta de recursos, muitos municípios já enfrentam o colapso
na saúde e em Rondônia o atendimento esta colapsado até nos polos regionais
mais importantes que não dão conta das demandas e não recebem aporte de
recursos suficientes das esferas estaduais e federais.
Os clãs políticos
Temos
uma gangorra entre os clãs políticos regionais. Alguns já em declínio, outros emergindo.
Em declínio os clãs Amorim, de Ariquemes, dando lugar ao clã dos Redanos, em
ascensão. Em Jaru, o clã dos Muletas já foi muito mais forte. Em Vilhena o clã
Donadon vem de derrotas sucessivas, embora mantenha uma deputada estadual. Em
Rolim de Moura o clã Cassol esta acéfalo, o clã Raupp acabou e o clã dos
Ferreira se dissipou. Já, em Porto Velho emerge o clã Chaves, que conta com um
prefeito e uma deputada estadual e o clã Carvalho trabalha para acrescentar ao
seu atual deputado federal, Mariana prefeita no ano que vem.
A falta de sucessores
Os
governadores de Rondônia não têm legado sucessores familiares. Nem o mito Teixeirão
elegeu o filho a federal, tampouco Jerônimo Santana, o primeiro governador eleito
pelo voto direto, deixou herdeiros na política rondoniense. Oswaldo Piana, de
família tradicional, hoje residindo no Rio de Janeiro, igualmente. Também não
deixaram herdeiros políticos os ex-governadores José Bianco, Ivo Cassol, e Confúcio
Moura. Alguns até tentaram emplacar esposas, irmãs e filhos, mas não foram bem-sucedidos
na empreitada. Em 2026 o atual governador Marcos Rocha vai tentar formar seu
clã com a esposa Luana, como deputada federal.
Via Direta
*** Virou e mexeu e os resultados do
censo demográfico de 2022 só serão divulgados no final de junho. Ocorre que ainda
existem serviços complementares e ajustes cobrados pelos municípios *** Por falar em municipalismo,
os alcaides estão de pires na mão percorrendo o Congresso Nacional implorando recursos
de emendas parlamentares. Parecem gatinhos recém-nascidos miando por pires de
leite *** É o velho toma lá, dá cá. Raros
deputados federais ou senadores proporcionam recursos de emendas parlamentares sem
algo em troca. É um troca-troca danado entre os políticos e empresários ***
Mais uma rede de farmácias entrando no mercado em Porto Velho. A coisa está
saturando.
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