Segunda-feira, 24 de março de 2025 - 09h30
Houve
um tempo em que “aquicultura” era só um sinônimo sofisticado de “pescaria”. Nos
novos tempos, ela significa muito mais: exige um entendimento comparativo com
outras formas de obtenção de renda e se for bem orientada terá resultados
surpreendentes e estimulantes, segundo um estudo elaborado a muitas mãos por
pesquisadores do Brasil e EUA, publicado recentemente pela revista Nature
Sustainability.
Entre
os autores do estudo figura a professora Carolina Doria, da Unir, que fez uma
advertência: “A aquicultura não pode repetir o que fez a pecuária em Estados
como Rondônia, em que se abriram muitas áreas para pastagens e, hoje, muitas
são pouco produtivas ou mesmo foram abandonadas”. Ela não se limita a dar esse
justo puxão de orelhas em quem desistiu no meio da jornada e ensina o caminho
das pedras: a aquicultura tem um vasto campo de desenvolvimento aproveitando pastagens
degradadas para a instalação de novos tanques.
Sem
aumentar o desmatamento, portanto, será possível progredir em uma atividade com
menor emissão de gases de efeito estufa. O pulo do gato, de acordo com o
estudo, é que produzir uma tonelada de peixe demanda menos terra do que uma
tonelada de carne bovina. Uma das ótimas opções recomendadas é um velho
conhecido nosso: o tambaqui, com potencial de trazer segurança alimentar e
melhorar a vida dos amazônidas.
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As federações
A
formação de federações na política se tornou uma prática corriqueira. O PT tem
a sua, com mais dois partidos, já disputando as últimas eleições nesta
condição. O PSDB esteve unido também com outras siglas, e agora o União Brasil
e os Progressistas –PP estão sacramentado um podeoso casamento, e com isto uma
das maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado. Para as eleições de 2026
ainda existem alguns obstáculos a união em virtude de candidatos diferentes das
legendas nos estados, mas as coisas vão se ajustando. Em Rondônia, os manos
Gonçalves (União Brasil) e Silvia Cristina (PP) vão ceder o comando do novo
partido para uma aliança de deputado federais.
Rocha reage
A
necessidade faz o sapo pular. O governador Marcos Rocha (União Brasil), que
anda mal das pernas perante o eleitorado da capital e que se prepara para
disputar uma das duas cadeiras ao Senado nas eleições do ano que vem reagiu
bem, numa cidade polarizada inicialmente pelo ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB)
e o deputado Fernando Máximo (União Brasil) na peleja ao Senado. A revitalização
dos megaconjuntos habitacionais, lançamento de programas de casas populares no
estado, os investimentos na regularização fundiária e demais programas sociais foram
medidas bem exploradas pelo seu marketing. Funcionou.
A vantagem
Não
temos dúvidas que teremos pela frente uma batalha canibalesca ao Senado em
Rondônia. Mas como o governador está bem situado no interior do estado, além de
contar com mais estrutura que as dos adversários – leia-se a máquina bem
azeitada – Rocha ficou agora mais competitivo perante seus predadores, leia-se
Marcos Rogério (PL), Silvia Cristina (PP), Hildon Chaves (PSDB), Confúcio Moura
(MDB), Fernando Máximo (União Brasil). Quanto aos rivais da capital, Hildão e
Máximo, Rocha leva vantagem sobre eles justamente por pontuar melhor no interior
do estado. Ainda atua em favor de Rocha, o fato de que quanto mais candidatos, causando
a fragmentação do eleitorado melhor para ele.
A regionalização
Temos
pela frente na disputa das duas cadeias ao Senado uma verdadeira regionalização
de candidaturas. O racha na capital entre Hildão e Máximo, favorece Rocha, por
sua supremacia no interior. Mas temos candidaturas regionalizadas, por exemplo,
o senador Confúcio Moura (MDB), sempre foi vitorioso em Ariquemes e Vale do
Jamari, hoje a região do interior mais populosa. Ele também estende bem seus tentáculos
de polvo careca na Bacia leiteira, regiões de Jaru e Ouro Preto. Além disto,
nunca perdeu eleição na vida. É um candidato temível e comparece ao pleito com
a máquina federal a sua disposição. A situação em Ji-Paraná, confirmadas as
candidaturas de Marcos Rogério (PL) e Silvia Cristina (PP), também é de racha,
o que também ajuda ao senador Ariquemes no seu projeto de reeleição.
Mais casos
Investiga-se
o prefeito de Rolim de Moura Aldo Júlio por falsidade ideológica, com diploma
falso do ensino médio para lhe dar condições de fazer vestibular para cursos
superiores. Se as autoridades educacionais fizerem um pente fino em diplomas
dos políticos e funcionários públicos rondonienses vamos encontrar muita gente
enrascada. Desde os tempos do território temos este comportamento de farsantes
por aqui, inclusive com tantos médicos, dentistas, advogados trabalhando
clandestinamente sem a formação. Ora, se forem punir todos os pilantras que
usufruíram destas artimanhas, Rondônia poderá até ficar desabitada!
Via Direta
*** Gente, como temos candidaturas
femininas poderosas na capital na peleja 2026 para a Câmara dos Deputados *** Senão vejamos: estão na
pista para a peleja a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil), a deputada
federal Cristiane (União Brasil) as vereadoras Sofia e Elis Regina, a juíza
Elma Tourinho (MDB) e a
ex-deputada federal Mariana Carvalho
como possíveis postulantes por Porto Velho *** Como se vê, a se confirmar este cenário, a canibalização entre
estas candidaturas vai ser enorme em 2026 *** O eleitorado de Porto Velho é
de aproximadamente 350 mil eleitores, mas não comporta eleger tanta gente para
a legislatura com oito representantes.
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