Terça-feira, 20 de agosto de 2024 - 07h34
O
presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn,
apesar do nome exótico, não é um desconhecido para os brasileiros. Nasceu em
Israel, onde passou a infância, mas aos 13 anos a família o trouxe ao Brasil,
onde ele se formou em Economia e foi professor na PUC-RJ.
Como
passou a maior parte de sua vida acadêmica e profissional nos EUA, até poderia
ser um desconhecido para a maioria dos brasileiros não fosse por ter assumido a
presidência do Banco Central do Brasil em 2016, chamado pelo ministro da
Fazenda Henrique Meirelles, no governo-tampão de Michel Temer. Meirelles havia
presidido o BC no primeiro governo Lula.
Goldfajn,
por ser um cidadão do mundo, para quem a pátria poderia ser um conceito fluido e
insignificante, por sua primeira formação no Brasil e por sua participação em
diferentes governos do país em duas ocasiões de grande relevância manifestou
seu amor ao Brasil, sua principal referência.
A
primeira vez foi em 2021, quando assinou um manifesto de grandes personalidades
da ciência e da cultura em favor da democracia então ameaçada no Brasil. A
segunda, ao se colocar francamente a favor da preservação da Amazônia, como reafirmou
recentemente, em entrevista à imprensa francesa. Nesse sentido, é reconfortante
para os brasileiros saber que ele priorizou o programa Amazônia Sempre, felizmente
gerido pelo BID.
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Bolsonaro x Lula
Nas
capitais segue a polarização entre bolsonaristas e petistas e o principal
confronto ocorre em São Paulo, a cidade mais populosa do País. Em Rondônia, os
segmentos estão divididos. A direita com Mariana Carvalho (União Brasil/PL), Leo
Moraes (Podemos) e Mana Euma (MDB). O segmento da esquerda, tem o pedetista Célio
Lopes, aliado do PT, PC do B, Partido Verde e PSB, numa grande coalisão e
Samuel Costa (Rede/PSol) numa federação formada. Se constata que a direita está
mais rachada e isto pode beneficiar os antagonistas em busca de uma vaga para o
segundo turno.
Direita prevalece
Em
Ji-Paraná, o segundo maior colégio eleitoral do estado a briga envolve
bolsonaristas contra bolsonaristas. Não existe uma terceira via. O prefeito Esaú
Fonseca (União Brasil) enfrenta o deputado estadual Afonso Cândido (PL), que é
o seu predador, uma polarização já está em andamento. Uma terceira candidatura
da direita, caso de Ari Saraiva (PP) foi retirada pelo ex-governador Ivo Cassol
que anda fraquejando na capital da BR e na capital do estado. Na esquerda só
tinha a postulação do ex-deputado federal Anselmo de Jesus (PT), que também
desistiu da peleja.
Os ex- governadores
Chama
atenção a decadência dos ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio Moura (atual
senador) no cenário estadual. Nos principais polos regionais do estado, em
nenhum deles Ivo e Confúcio contam com candidatos favoritos. São os casos de
Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena. Ivo quer voltar ao pódio,
ou seja, ao CPA em 2026, Confúcio projeta sua reeleição ao Senado, onde se
firmou como um dos melhores parlamentares do País e o mais produtivo na captação
de recursos e de obras para Rondônia. Ante novas lideranças surgindo, ambos vão
gemer nas pelejas futuras.
Muita humilhação
Em
política, aonde a maioria dos políticos são sem-vergonhas e caras-de=pau, também
existe humilhação pesada. Imagine, cara-pálida leitor e preclaro aldeão
internauta, você ser pisado e sapateado como uma barata pelos adversários, até
humilhado, e se ver obrigado ainda apoiar estes adversários cruéis em eleições
seguintes? Pois foi o que aconteceu com os senadores Marcos Rogério, Jaime
Bagatoli e o deputado federal Coronel Chrisostomo (todos do PL). Foram
obrigados pela cúpula dos irmãos bolsonaros a apoiar a candidatura em Porto Velho
de Mariana Carvalho. Chegaram a taxar
Mariana de comunista e agora engoliram tudo. Imaginem alguém violentado sem o
direito de chiar...
A expectativa
A expectativa
nos meios bolsonaristas é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro venha a Porto Velho
para apoiar a candidatura de Mariana Carvalho (União Brasil) apadrinhada pelo
governador Marcos Rocha e pelo prefeito Hildon Chaves. Bolsonaro já veio no
lançamento dos seus candidatos em Rio Branco e Manaus e passou por cima de
Porto Velho o que já mostrou falta de prestigio do bolsonarismo local. Os
“contras” insinuam que Bolsonaro não virá, porque sua principal base de apoio,
os evangélicos, rejeitam muito o nome de Mariana, embora ela tenha apoio dos
seus filhos, Flavio e Eduardo Bolsonaro. Mas na falta do capitão, serve Michele.
Via Direta
*** Uma das propostas exequíveis e
necessárias para Porto Velho é da autoria do candidato Leo Moraes (Podemos)
preconizando a instalação de uma guarda municipal armada *** A capital
rondoniense se ressente desta linha auxiliar na segurança pública que se transformou
num caos nos últimos anos com as execuções das facções criminosas já ocorrendo em
pleno centro da cidade *** Seja qual for
o prefeito que assumir deveria incluir este projeto em sua plataforma e governo
*** O ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT) e o atual alcaide Hildon Chaves se elegeram
e se reelegeram priorizando a regularização fundiária *** Ainda temos uns 100 mil proprietários esperando a titulação.
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