Terça-feira, 23 de janeiro de 2024 - 08h05
O
Equador não tem limites territoriais com o Brasil. No entanto, compartilhamos
com esse país o maior bem da humanidade: a Amazônia. Por isso os fatos no
território equatoriano interessam ao Brasil e ao mundo. O Equador foi desafiado
pelo crime organizado. Qualquer pessoa que tem a couraça mental para assistir
aos noticiários da TV sabe que o crime desafia a sociedade no Brasil a cada
minuto. Conseguir armas, legal ou ilegalmente, ficou tão fácil quanto encomendar
pizza.
O
Brasil, portanto, tem na situação no Equador um aviso claro de que as ações de
proteção da Amazônia precisam ter alcance legal, solidário e humanitário em
toda a linha, porque se o Estado equatoriano perder, há o grave risco de uma
queda do tipo dominó nos países vizinhos. Não se pode apenas olhar de fora para
o Equador e simplesmente pretender que tudo será resolvido pela espécie de
“GLO” que o presidente Daniel Noboa decretou – o “estado de conflito armado
interno”.
A
ousadia do crime, ao tomar uma emissora de TV, foi impressionante e terrível,
porque, a exemplo das Torres Gêmeas atacadas nos EUA, a reação do governo pode
ser ainda mais terrível. Se a cada ação ousada do crime um governante com
pretensões a ditador decretar “estado de conflito armado interno” a sociedade
poderá ser atacada de duas formas: pelo crime e pelo Estado. Aliás, isso já
aconteceu no Brasil, há cem anos.
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A expectativa
Em Rondônia
e no Acre onde o PT levou pau com a ascensão do bolsonarismo nas últimas
eleições, a expectativa dos partidos alinhados é que o presidente Lula melhore
sua popularidade neste ano para que os candidatos as prefeituras municipais da
aliança petista tenham suas chances no pleito deste ano. Em Rondônia, o mando
político da base governista, incluindo o PT, é do senador Confúcio Moura (MDB),
no Acre do ex-governador Jorge Viana. Ambos com projetos distintos para 2026, Confúcio
disputando o governo estadual e Jorge Viana uma das duas cadeiras ao Senado do
vizinho estado.
Cenário hostil
O
ambiente político em 2024 ainda é hostil para os petistas nas eleições
municipais rondonienses e acreanas. Ninguém quer aliança com petistas,
excetuando o MDB em Rondônia, já que o senador Confúcio Moura, lidera o mando
político – leia-se controle da distribuição dos cargos federais, de verbas e tem
a prioridade na recepção aos ministros em Rondônia. Por conta disto, o MDB se
vê obrigado a aceitar os petistas nas suas alianças no estado, inclusive na
capital. Vamos ver até onde o coronelismo de Confúcio será suficiente para enfrentar
as forças bolsonaristas em nosso estado.
As movimentações
Os
dirigentes regionais começam a percorrer o estado com vistas a organização partidária.
No PSD o ex-senador Expedito Junior que já tinha feito as regiões da Zona a
Mata e Cone Sul rondoniense, na semana passada esteve no Vale do Guaporé,
promovendo visitações em Nova Mamoré, a nova grande bacia leiteira rondoniense
e Guajará Mirim, que festeja a graça da ponte binacional sobre o Rio Mamoré, na
divisa com a Bolívia. Junior que vem de seguidas derrotas, prepara suas bases
para disputar uma cadeira ao Senado em 2026. Serão duas cadeiras e com isto
melhora suas chances de voltar a ribalta.
Pano de fundo
Temos
as eleições municipais e 2024 como um pano de fundo para grandes pelejas ao
governo do estado e ao Senado em 2026. Se tem como certas as candidaturas ao
governo estadual de Hildon Chaves, PSDB, com dobradinha ao Senado com o atual,
governador Marcos Rocha do União Brasil, Jaime Bagatolli, do PL com dobradinha
ao Senado com Marcos Rogério, do ex-governador Ivo Cassol (PP) com dobradinha
ao Senado em entendimentos, do ex-governador Confúcio Moura (MDB) também
costurando alianças para sua dobradinha ao Senado, etc.
Grandes confrontos
As
eleições 2026 vão passar por confrontos interessantes: ao Senado Marcos
Rogério, querendo renovar sua cadeira por mais oito anos enfrentando novamente
Marcos Rocha, vitorioso no pleito de 2022 na eleição ao governo estadual.
Largam com amplo favoritismo sobre os demais concorrentes. Mas o que mais chama
a atenção é a peleja de sair faíscas entre dois ex-governadores, Ivo Narciso
Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB). Vamos ver como vai se sair o prefeito Hildon
Chaves (PSDB) nesta disputa, onde tem tudo para ganhar bem na capital - e se ferrar bem no interior!
Via Direta
*** O presidente Luís Inácio Lula a Silva
abriu visitações pelo país para reforçar as paliçadas do PT nas eleições
municipais ***
O périplo começou pelo Nordeste, onde Lula detém elevada taxa de popularidade e
deve se estender a todas as capitais brasileiras. O objetivo é aumentar o número
de prefeituras petistas pelo país *** A
mesma estratégia de se reforçar para 2026 também é desenvolvida pelo ex-presidente
Jair Bolsonaro e sua esposa Michele cotada para disputar uma cadeira ao Senado
em algum estado bolsonarista, como Paraná, Rondônia, etc. *** O vice-presidente
Geraldo Alckmin está comprometido com os candidatos a prefeitos nas capitai do
seu partido, o PSB. Tabata em São Paulo e Vinicius Miguel em Porto Velho.
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