Terça-feira, 24 de setembro de 2024 - 07h25
O
que está queimando na Amazônia só não se pode considerar simplesmente um
patrimônio bilionário porque, na verdade, é inestimável – não pode ser medido
em frios e mutáveis valores monetários. Como imagem sugestiva, porém, podem ser
vistas na fumaça que se levanta fortunas imensas perdidas para sempre.
O
ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou corretamente
que o governo federal mobilize “todo o contingente tecnicamente cabível” para
combater incêndios na Amazônia e no Pantanal: Forças Armadas, Polícia Federal,
Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e órgãos de fiscalização ambiental.
Valeu até para tirar o STF do foco dos grupos que por pressão visam amarrar a
Justiça a interesses eleitorais
A
providência do ministro Dino é sensata porque existe algo mais também queimando
nos biomas que os povos originários um dia consideraram sagrados e são
diariamente agredidos por ações criminosas incessantes. Esse algo mais que está
em combustão com nossas preciosas matas é a credibilidade do Estado, a
capacidade dos três poderes da União, a competência dos Estados, a dignidade
dos cidadãos de cada Município afetado.
É
preciso tirar o Brasil de duas fogueiras altamente danosas: as queimadas
criminosas que destroem partes do nosso futuro e a fogueira das vaidades, acesa
e alimentada por mitos e ídolos políticos que ao dividir o país dispersam os
esforços nacionais.
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A liderança
Se
discute nos meios políticos quem lidera a corrida sucessória em Porto Velho na
busca da cobiçada cadeira do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Eu não tenho dúvidas:
quem ponteia a eleição são os indecisos, beirando 60 por cento. Isto significa
que quem vai definir as eleições por aqui é um brutal efeito manada. Sendo
favorável a candidata chapa branca Mariana Carvalho (União Brasil), ela se
garante em turno único. Sendo favorável aos “contras”, que são os candidatos
oposicionistas, teremos eleições em dois turnos e Mari estará então em apuros.
A influência
Outro
fator de influência, ao lado do efeito manada nas eleições de outubro, é a
projeção de uma abstenção recorde nas eleições deste ano na capital, que pode
beirar os 30 por cento. Não tem como os institutos de pesquisa – até os bens
intencionados, que são raros, pois a maioria vende os resultados geralmente
para quem está no poder - medirem estas tendências, porque elas ocorrem nos
últimos dias de campanha. A candidata Mariana está se garantindo um teto alto,
mas ao mesmo tempo alguns candidatos oposicionistas crescendo. Por isso, todo
mundo de olho no efeito manada que vem aí.
Um antídoto
Os
chapas brancas (leia-se os governistas conservadores que apoiam Mariana) estão
apresentando um verdadeiro antidoto para um eventual efeito manada contrário
nos últimos dais de campanha. Até nisto, os alquimistas palacianos Hildon
Chaves, Marco Rocha e Mauricio Carvalho se preocuparam. Trata-se da presença e
do apoio em comício do ex-presidente Jair Bolsonaro e da primeira dama Michele.
Acredita-se que com isto, que a ameaça da cartomante será dissipada. Se Hildão,
Rocha, Marcelo Cruz e Bolsonaro perderem a eleição para a cartomante será o maior
vexame político de todos os tempos por aqui.
Grande duelo
São
aguardados - se forem realizados mesmo - com enorme expectativa os debates da
SIC TVC, dia 28, da TV Norte dia 30 e da TV Rondônia no próximo dia 3 de
outubro sobre as eleições na capital rondoniense. Dede já se projeta um grande
duelo envolvendo os candidatos. Se a postulante chapa branca comparecer, será
uma surpresa. E sem ela Leo e Euma serão alvo de lobos ferozes que pleiteiam
uma vaga num eventual segundo turno. Fala-se nos bastidores de que se Mariana não
aparecer nos debates, Leo também seguirá o mesmo caminho, esvaziando os confrontos.
Será?
No meio do caminho
Na
campanha 2024 em Porto Velho candidatos expressivos ficaram sentados na beira
do caminho. Os principais deles são os deputados federais Fernando Máximo
(União Brasil), Coronel Chisostomo (PL), a ex-senadora Fatima Cleide (PT), o
professor universitário Vinicius Miguel (PSB). Também eram cogitados como
candidatos a deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil), entre outros nomes do baixo clero da política
local. Todos já se resguardando para futuros embates políticos em 2026.
Via Direta
*** As eleições estão chegando e é
preciso que o eleitorado preste atenção aos movimentos do crime organizado que
tem muitos candidatos a vereança. Eleitos, vão funcionar como motores da
bandidagem já tão acelerada nestas bandas de Porto Velho *** Impressiona também em Rondônia a atuação dos piratas do
Madeira, conquistando território das facções criminosas com escritórios do
crime instalados em conjuntos habitacionais importantes como Orgulho do Madeira
e Morar Melhor *** O braço imobiliário
do crime organizado expulsa mutuários destes conjuntos para dar abrigo a
meliantes, quando não colocam apartamentos a venda por preços irrisórios.
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