Terça-feira, 6 de fevereiro de 2024 - 07h26
O dedo acusador
No
estatuto não escrito das delações, apontar o dedo acusador para alguém
significa apontar três dedos contra si mesmo. Durante décadas o nacionalismo e
a xenofobia delatavam religiosos e pesquisadores estrangeiros com a atuação na
Amazônia. Presença aberta, cumprindo as leis e com ampla exposição, muitos não
foram expulsos por vias legais: sucumbiram a balas criminosas. Os nacionalistas
xenófobos, entretanto, não foram capazes de perceber que o crime que abatia
religiosos e cientistas “incômodos” era a verdadeira ameaça à soberania
nacional.
Do
alto de suas amplas fontes de informações, o presidente do STF, ministro Luís
Roberto Barroso, disse à CNN que o risco de o Brasil perder a soberania da
Amazônia “não é para outro país, e sim para o crime organizado”. De fato, não
existe na ONU nem nos planos de guerra das superpotências a intenção de ocupar
a Amazônia, algo só cogitado em teorias da conspiração e distopias.
Todos
os países se beneficiam da preservação floresta e têm a obrigação de pagar
pelos serviços ambientais prestados pelos seus povos. Qualquer tentativa de
ocupar a região criaria mais um Vietnã: os países amazônicos iriam reagir e as
ações militares causariam a devastação que pretenderiam evitar. Uma guerra pela
Amazônia custaria trilhões de dólares. Alguns poucos bilhões para protegê-la da
devastação e do crime, oferecendo melhores condições de vida aos povos da
região, funcionará melhor.
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Fundão eleitoral
O Diretório
Nacional do PT anuncia como estratégia na distribuição dos recursos do fundão
eleitoral para as eleições de outubro deste ano a prioridade para os municípios
com mais de 100 mil habitantes. Em Rondônia, neste caso, poucos municípios
serão beneficiados, casos de Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes e Vilhena. O restante
vai ficar chupando o dedo para enfrentar as forças bolsonaristas impulsionadas
pelo agronegócio e com a carteira cheia do PL de Waldemar da Costa Neto e do ex-presidente
Jair Bolsonaro.
Quebrar a polarização
Entronizado
no comando nacional do PSDB, o ex-senador Marconi Perilo, de Goiás pretende batalhar
para seu partido reaver a posição de protagonista na política brasileira. Para
tanto pretende retomar prefeituras importantes no País e no planejamento do Diretório
Nacional não descartando onde for possível alianças com o PT de Lula ou com o
PL do ex presidente Jair Bolsonaro. Em Rondônia, o PSDB é pau mandado do União
Brasil, partido bolsonarista que controla a legenda, mas que pode se separar
nas eleições municipais deste ano por interesses dispares.
A privatização
A
proposta relativa a privatização dos presídios brasileiros encontra grande
resistência, embora o as penitenciárias estejam dominadas pelas facções
criminosas e a justiça não tenha competência sequer para controlar a entrada de
celulares e drogas nas prisões. O próprio ministro dos Direitos Humanos e Cidadania
Silvio Almeida se posiciona contrário a medida, alegando que isto vai facilitar
a vida do crime organizado. Infelizmente, seja pelo governo federal ou por empresas
privadas, tamanha é a corrupção instalada no País, qualquer sistema poderá acabar
dando errado. Antes precisa a moralização da administração dos presídios.
A fidelidade
O
PL e os partidos considerados bolsonaristas enfrentam o problema da fidelidade
partidária. Ocorre que a cada mudança de presidente, muitos deputados e senadores
acabam votando com o governo de plantão em vista da necessidade da liberação dos
seus recursos de emendas parlamentares. Com a polarização se encaminhando mais
uma vez para a disputa presidencial Lula-Bolsonaro, o presidente do PL Waldemar
da Costa Neto já pensa em enquadrar os traíras da legenda. A grande verdade é
que os conservadores já não são tão conservadores, e a esquerda também já não é
a mesma.
Carnaval político
O
carnaval de Porto Velho a cada ano tem tomado novas proporções se transformando
em palanque dos políticos, ainda mais em ano de eleições. Os candidatos a prefeitos
e vereadores ficam atentos as movimentações dos blocos que reúnem milhares de foliões
eleitores. Postulantes a vereança são acostumados a linha de frente carnavalesca,
deputados estaduais e até políticos da linha evangélica não deixam de
aproveitar os contatos olho no olho, com samba no pé. A agitação segue depois
das folias de momo com as convenções partidárias destinadas a escolha dos pré-candidatos.
Via Direta
*** Com a privatização de dois trechos
de rodovias federais em PVH, o fantasma do pedágio já assombra os rondonienses *** As esferas federais
falam apenas em estudos, de uma possibilidade, mas em outros estados o pedagiamento
já come solto a tempos *** Vamos ver o
que será possível fazer para salvar a terrinha da medida que enche os bolsos
das empreiteiras *** Trocando de saco para mala: é possível que o deputado Laerte
Gomes deixe de lado a disputa do Palácio Urupá em Jipa. Ele tem sido procurado
por outros candidatos para composições e com isto poderá indicar o vice do
postulante escolhido *** Com os bairros e
cidades alagadas até o talo, como fica a popularidade dos prefeitos e do
governador em Rondônia?
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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