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Carlos Sperança

O cerco se fecha + Pipocaram críticas + Turismo do estado + Revoada de imigrantes


O cerco se fecha + Pipocaram críticas + Turismo do estado + Revoada de imigrantes  - Gente de Opinião

O cerco se fecha

A pandemia selou o fracasso do neoliberalismo. Governos que antes se apresentavam como a expressão do Estado acima da sociedade, para o bem se propuseram a parcerias público-privadas. Para mal, renderam-se aos interesses corporativos, dando em desastres como Mensalão e o Petrolão.

Com a globalização e as frustradas recaídas nacionalistas que tentaram negá-la, do sistema financeiro ao produtivo a participação de interesses empresariais nos assuntos de governo, legal ou enrustida, interna ou externa, veio para ficar. O governo brasileiro terá enormes dificuldades se tentar em insistir em uma solução exclusivamente nacional para a situação da Amazônia.

Depois de asfixiar o Fundo Amazônia, sair mendigando recursos porque o governo não os tem para fiscalização, infraestrutura e combate aos crimes ambientais criou uma situação delicada para a tese da soberania nacional. Ficou clara a tendência de que os recursos necessários só virão se o governo aceitar as condições dos investidores.

O cerco se fechou com a eleição de Joe Biden nos EUA e agora a decisão do maior banco francês – BNP Paribas – de não financiar empresas que compram gado ou soja produzida em terras desmatadas depois de 2008. Devido à guarda aberta pelo governo, os interesses estrangeiros, já não pedem: mandam. Até por falta de pólvora, nunca a diplomacia se fez tão necessária.

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Pipocando

Pipocaram críticas a contratação da ex-prefeita de Cacoal Glauciony Nery, aquela presa por rapinagem recentemente, para trabalhar no gabinete do deputado Deiró (Cacoal). Para quem se escandalizou, é porque não sabe que na Assembleia Legislativa do estado já aconteceram coisitas piores. Por lá já tivemos eleito um deputado ladrão de gado no Paraná nos anos 80, também havia no quadro de funcionários ladrões de bancos, deputados eleitos pelo esquema do narcotráfico e tantos presidentes afastados por corrupção. Glauciony é café pequeno!

Baita fria

Estamos numa baita fria. Em Porto Velho, até o governador Marcos Rocha e o secretário de estado da saúde Fernando Máximo contraíram covid. Diariamente muitas vítimas fatais superlotam o cemitério Santo Antônio, o popular Tonhão, com a doença. E mesmo com os casos duplicando e triplicando, os rondonienses deixaram de lado as mínimas precauções com a peste. Renovados infectologistas e cientistas alertam que a pandemia vai piorar muito nos próximos dias, como já está ocorrendo em outros estados também.

Pra valer

Com tantos lockdowns meia boca em Porto Velho o que ocorre na aldeia com o covid já era uma tragédia anunciada. Em nenhuma ocasião os bloqueios em aeroporto, rodoviária e no porto Cai N’Água foram desenvolvidos com seriedade. No Brasil, apenas o município de Araraquara, em São Paulo, agora, está desenvolvendo tratamento de choque, parando tudo, como fizeram alguns países europeus para reduzir a letalidade da doença. Lá teremos bons resultados.

O turismo

Com publicações atualizadas a respeito das atrações turísticas de Rondônia, a Superintendência de Turismo do estado tenta reagir numa época difícil para crescimento do setor em vista da pandemia do coronavirus. Embora com boas atrações para serem exploradas nem Porto Velho com sua Estrada de Ferro Madeira Mamoré, Lago do Cuniã, etc, a capital não tem obtido sucesso na tentativa de atrair turistas para cá nos últimos anos. Na era Raupp, até um seriado, o Mad Maria, foi financiado pelo governo estadual e nem assim o segmento decolou.

A revoada

Temos uma revoada de imigrantes haitianos, venezuelanos e africanos em Rondônia, na volta de seus países de origem, por conta do coronavirus e pela falta de oportunidades de empregos. Sem perspectivas por aqui, estão entulhando a fronteira com o Peru, no Acre, buscando a travessia e causando uma crise humanitária. Através de entidades sociais e religiosas, tantos outros imigrantes seguiram para estados do sul do País, onde a construção civil está vitaminada e existe falta mão de obra nos frigoríficos que batem recordes nas exportações de carne de frango para China e países árabes,

Via Direta

*** A tragédia da pandemia do coronavirus se espalha pelo país, depois de dobrar o número de mortos no Amazonas e Rondônia nos primeiros meses do ano *** Proporcionalmente Porto Velho é uma das capitais mais atingidas pela doença no Brasil *** Trocando de saco para mala: Vamos ver como vão funcionar as comissões de ética da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Deputados em 2021, com tantos casos para serem analisados *** A tendência histórica é de abafamento dos escândalos e existem alguns muito rumorosos para serem tratados *** Desembarcando nestas bandas  as primeiras levas de ovos de chocolates para a Páscoa  com preços de arrancar o couro das pobres famílias operárias. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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