Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021 - 10h02
A
pandemia selou o fracasso do neoliberalismo. Governos que antes se apresentavam
como a expressão do Estado acima da sociedade, para o bem se propuseram a
parcerias público-privadas. Para mal, renderam-se aos interesses corporativos,
dando em desastres como Mensalão e o Petrolão.
Com
a globalização e as frustradas recaídas nacionalistas que tentaram negá-la, do
sistema financeiro ao produtivo a participação de interesses empresariais nos
assuntos de governo, legal ou enrustida, interna ou externa, veio para ficar. O
governo brasileiro terá enormes dificuldades se tentar em insistir em uma
solução exclusivamente nacional para a situação da Amazônia.
Depois
de asfixiar o Fundo Amazônia, sair mendigando recursos porque o governo não os
tem para fiscalização, infraestrutura e combate aos crimes ambientais criou uma
situação delicada para a tese da soberania nacional. Ficou clara a tendência de
que os recursos necessários só virão se o governo aceitar as condições dos
investidores.
O
cerco se fechou com a eleição de Joe Biden nos EUA e agora a decisão do maior
banco francês – BNP Paribas – de não financiar empresas que compram gado ou
soja produzida em terras desmatadas depois de 2008. Devido à guarda aberta pelo
governo, os interesses estrangeiros, já não pedem: mandam. Até por falta de
pólvora, nunca a diplomacia se fez tão necessária.
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Pipocando
Pipocaram
críticas a contratação da ex-prefeita de Cacoal Glauciony Nery, aquela presa
por rapinagem recentemente, para trabalhar no gabinete do deputado Deiró
(Cacoal). Para quem se escandalizou, é porque não sabe que na Assembleia Legislativa
do estado já aconteceram coisitas piores. Por lá já tivemos eleito um deputado
ladrão de gado no Paraná nos anos 80, também havia no quadro de funcionários
ladrões de bancos, deputados eleitos pelo esquema do narcotráfico e tantos
presidentes afastados por corrupção. Glauciony é café pequeno!
Baita fria
Estamos
numa baita fria. Em Porto Velho, até o governador Marcos Rocha e o secretário de
estado da saúde Fernando Máximo contraíram covid. Diariamente muitas vítimas
fatais superlotam o cemitério Santo Antônio, o popular Tonhão, com a doença. E
mesmo com os casos duplicando e triplicando, os rondonienses deixaram de lado
as mínimas precauções com a peste. Renovados infectologistas e cientistas
alertam que a pandemia vai piorar muito nos próximos dias, como já está ocorrendo
em outros estados também.
Pra valer
Com
tantos lockdowns meia boca em Porto Velho o que ocorre na aldeia com o covid já
era uma tragédia anunciada. Em nenhuma ocasião os bloqueios em aeroporto, rodoviária
e no porto Cai N’Água foram desenvolvidos com seriedade. No Brasil, apenas o município
de Araraquara, em São Paulo, agora, está desenvolvendo tratamento de choque,
parando tudo, como fizeram alguns países europeus para reduzir a letalidade da
doença. Lá teremos bons resultados.
O turismo
Com
publicações atualizadas a respeito das atrações turísticas de Rondônia, a Superintendência
de Turismo do estado tenta reagir numa época difícil para crescimento do setor
em vista da pandemia do coronavirus. Embora com boas atrações para serem
exploradas nem Porto Velho com sua Estrada de Ferro Madeira Mamoré, Lago do
Cuniã, etc, a capital não tem obtido sucesso na tentativa de atrair turistas
para cá nos últimos anos. Na era Raupp, até um seriado, o Mad Maria, foi
financiado pelo governo estadual e nem assim o segmento decolou.
A revoada
Temos
uma revoada de imigrantes haitianos, venezuelanos e africanos em Rondônia, na
volta de seus países de origem, por conta do coronavirus e pela falta de
oportunidades de empregos. Sem perspectivas por aqui, estão entulhando a fronteira
com o Peru, no Acre, buscando a travessia e causando uma crise humanitária.
Através de entidades sociais e religiosas, tantos outros imigrantes seguiram
para estados do sul do País, onde a construção civil está vitaminada e existe
falta mão de obra nos frigoríficos que batem recordes nas exportações de carne
de frango para China e países árabes,
Via Direta
*** A tragédia da pandemia do
coronavirus se espalha pelo país, depois de dobrar o número de mortos no Amazonas
e Rondônia nos primeiros meses do ano *** Proporcionalmente Porto Velho é uma das
capitais mais atingidas pela doença no Brasil *** Trocando de saco para mala: Vamos ver como vão funcionar as
comissões de ética da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Deputados em 2021,
com tantos casos para serem analisados *** A tendência histórica é de
abafamento dos escândalos e existem alguns muito rumorosos para serem tratados *** Desembarcando nestas bandas as primeiras levas de ovos de chocolates para
a Páscoa com preços de arrancar o couro
das pobres famílias operárias.
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