Segunda-feira, 15 de julho de 2024 - 07h50
Pestes,
guerras, tempestades, o inferno e frio extremo. Todas as desgraças que deram
fama a astrólogos, videntes e bruxos da antiguidade estão ao alcance de cada
um. Curiosamente, os profetas de coisas boas, como a previsão de cidades
inteligentes no início do século XXI, ainda tiveram pouco sucesso. Mesmo que se
cumpram, ninguém presta muita atenção.
A
humanidade tem uma arma poderosa para enfrentar as previsões catastróficas: a
ciência. Há um fator importante nas manifestações científicas mais recentes a
respeito do papel que antes se atribuía à Amazônia. Havia a suposição ingênua
de que preservar a floresta bastava para salvar o planeta, o que só
parcialmente é verdade: destruí-la efetivamente apressa a desgraça mundial, mas
se preservá-la será ótimo para os nove países que a compartilham, nem por isso
conseguirá compensar, por si só, os demais fenômenos que ocorrem em escala
global.
A perda
de cobertura de gelo e a elevação do nível do mar não serão amenizadas só com a
proteção da floresta. É preciso pensar em responsabilidades perante a
humanidade, porque tudo vai afetá-la: a destruição ambiental e os fenômenos
climáticos extremos que se consolidam e se repetem projetam forte pressão sobre
a agricultura, o que significa trocar a previsão de uma futura superabundância
de alimentos pelo fantasma da escassez. A ciência aponta caminhos, mas a
responsabilidade é de todos.
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Eleições 2024
Aguardando
composições, a maioria dos partidos em Porto Velho ainda não marcou suas
convenções e quem acertou alguma data para os primeiros dias do calendário eleitoral
chutou para o final do mês ou até mesmo para o início de agosto. Algumas agremiações
poderão realizar convenções conjuntas, como é o caso da Frente Rondônia Democrática,
que une cinco partidos e que lançará o nome do pedetista Célio Lopes. Enquanto
isto os candidatos se movimentam para acertar os escritórios de sapientes na
legislação eleitoral e suas coordenações de campanha.
Os desaparecimentos
O
desaparecimento de garotas adolescentes se transformou num fenômeno nacional.
Em Rondônia não é diferente, temos casos insolúveis com mais de 20 anos em
Porto Velho, por exemplo. Poucas são encontradas ou acabaram se mudando para
outras cidades e estados. As autoridades municipais, estaduais e federais
deveriam unir esforços para tentar resolver tantos sumiços misteriosos já que
se suspeita desde tráfico de órgãos até o encaminhamento das meninas para casas
de prostituição no exterior, onde as brasileiras são tão solicitadas e exploradas
pelas máfias.
Grandes desafios
Os
pré-candidatos à prefeitura da capital estão enumerando nas suas plataformas eleitorais
para a campanha 2024 os desafios da próxima administração. Porto Velho tem indicativos
sofríveis em saneamento básico, atendimento no abastecimento de água, coleta de
esgoto. Padece com as alagações no inverno amazônico em várias regiões. Mesmo
com a regularização fundiária avançando muito nas duas gestões do prefeito Hildon
Chaves, temos milhares de imóveis à espera de escrituração. Recentes invasões
têm dado dores de cabeça a municipalidade. O porto Cai N’Água se transformou
num cartão postal às avessas, as cracolândias se espalharam do centro histórico
a Av. Petrolina, na Zona Leste. E por aí vaí.
Fazendo as contas
A campanha
eleitoral em Porto Velho só começará para valer com as convenções partidárias e
o início dos programas eleitorais em agosto. Mas todo mundo precipitadamente já
vai fazendo as contas. A turma dos chapas brancas apostam no apoio das maquinas
do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha para eleger Mariana
Carvalho (União Brasil) no primeiro turno. Além disto, contam com o apoio
oficial do ex-presidente Jair Bolsonaro para garantir a rapadura ainda em turno
único. Para se garantir estão conquistando adesões importantes e até o possível
apoio de Fernando Máximo é cogitado.
Na oposição
Nas
contas da oposição tem segundo turno e quem conseguir avançar para a segunda
etapa se tornará o próximo prefeito de Porto Velho. O MDB respira otimismo com
o crescimento da ex-juíza Euma Tourinuho, a Frente Rondônia Democrática se une
em torno de Célio Lopes e acredita que
com a fragmentação dos votos em sete candidaturas o pedetista tem chances de
chegar lá. O ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) acentua que todos os
candidatos têm chances, mas por enquanto ele largou polarizando com a representante
dos chapas brancas. E ainda temos Valdir Vargas (PP), Samuel Costa (Rede), Ricardo
Frota (Novo) e Benedito Alves (Solidariedade), para surpreender.
Via Direta
*** Tão cedo não sai a reforma do porto
Cai N’Água em Porto Velho. O Dnitt ainda vai preparar a licitação para a obra e
até o início dos trabalhos a coisa vai longe. Enquanto isto, passageiros e comerciantes
penam com a estrutura precária *** A Frente Rondônia Democrática se prepara
para uma grande convenção para o lançamento do candidato Célio Lopes, cuja
campanha é reforçada pela aguerrida militância petista, os movimentos negro e
da juventude socialista do PDT *** O
candidato da Solidariedade Benê Alves já percorre os bairros e distritos em busca
de apoio para alçar o Prédio do Relógio. Ele chegou anunciar o alinhamento com
Fernando Máximo.
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