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Carlos Sperança

O favoritismo de Mariana Carvalho e o Centrão esconjurado


O favoritismo de Mariana Carvalho e o Centrão esconjurado - Gente de Opinião

Tecnologia confessional

O uso ainda reduzido de recursos tecnológicos para apressar a obtenção de ganhos para promoção social dos povos da floresta se deve em parte aos criminosos ambientais e sua aliança com os prevaricadores que desmontam estruturas de controle do Estado. Outra parte vai por conta do atraso brasileiro nos mais diversos domínios.  Dizia Lorde Rutherford que “povos sem ciência e sem técnica estão condenados a carregar lenha e água para os mais esclarecidos”. Morto em 1937, o cientista neozelandês não chegou a ver a imensa quantidade de água que o Brasil exporta e quanta madeira é cortada criminosamente da floresta.

Fruto de crime, o comércio ilegal de madeiras não deixa dados para estudo, mas a exportação de água foi medida pela pesquisadora Sonaly Duarte de Oliveira. Ela revelou que o Brasil exporta o equivalente a 54,8 bilhões de metros cúbicos de água por ano apenas em produtos agrícolas, quase metade levada pela Europa. Muita água e muita madeira vão enquanto um imenso potencial bioeconômico fica para trás a cada galho e a cada gota.

Ultimamente, a tecnologia tem sido bem usada pela Polícia Federal, ao extrair informações de celulares apreendidos com figurões que se faziam de santos enquanto cometiam fraudes. A recuperação de dados nos aparelhos revela mais que interrogatórios pautados pelos rituais jurídicos de como negar duvidando, tergiversar mudando foco e silenciar por medo.

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O favoritismo

Com o pacto renovado de aliança entre o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (União Brasil), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas) vai largando com favoritismo para a corrida sucessória da capital no pleito do ano que vem. Com isto, nomes como dos deputados federais Fernando Máximo (União Brasil) e Cristiane Lopes (União Brasil) se quiserem disputar o Paço Municipal vão ter que pular para outras legendas. Já, o ex-deputado federal Leo Moraes atualmente no Detran tem o mando do Podemos e não precisa dar satisfação para ninguém se assumir sua candidatura.

Aliança estendida

O que se vê neste momento de gangorra é a possibilidade de Máximo e Cristiane também apoiarem a candidatura de Mariana, numa grande coalizão de forças. Também vê se o atual governador Marcos Rocha apoiando o prefeito de Porto Velho ao governo do estado nas eleições de 2026, quando ele vai concorrer a uma cadeira ao Senado e sua esposa Luana a Câmara dos Deputados. A proposito de 2026 a composição adversária também está formada: Jaime Bagatolli (PL-Vilhena) ao governo, Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) ao Senado, invertendo a dobradinha de 2022 quando Rogério disputou o governo e perdeu e Bagatolli faturou o cargo de senador.

Centrão esconjurado

Os governos Bolsonaro e Lula contam com muitas semelhanças. A maior delas é a parceria com os partidos do “Centrão” tão esculhambados nas campanhas políticas e cooptados quando as gestões a direita ou a esquerda assumem o poder. A alegação sempre é a mesma, que é preciso firmar a aliança para conquistar a governabilidade. O custo tem sido alto para o País, já que com as coalizões muitos ministérios são entregues a pilantras rapinadores. Mas não é nada diferente do que foi praticado em gestões anteriores de Lula, Temer, Dilma etc.

Perímetro urbano

Com tantos sítios se dividindo em terrenos urbanos, como ocorre no setor chacareiro de Porto Velho e invasões de áreas na BR 319, logo depois da ponte sobre o Rio Madeira, a prefeitura da capital está entrando numa sinuca de bico papa prestar atendimento a milhares de moradores fora do perímetro urbano. Adequar as novas fronteiras da área urbana com a área rural é preciso para legalizar ações de implantação de infraestrutura. Só nas adjacências da Vila Dnitt foram criadas novas comunidades com prestação de serviços precários, desde energia até implantação de rede de água tratada.

Plano B

Se tratando de plano B dos figurões da política rondoniense, se vê o secretario Fabrício Jurado, como uma alternativa ao Prédio do Relógio, caso Mariana Carvalho (o que é muito difícil de desistir no quadro atual) opte por se preservar para disputar uma das duas cadeiras ao Senado em 2026. Do lado do governador Marcos Rocha, com Mariana fora (ele já declarou apoio a ex-deputada), sua opção seria Junior Gonçalves na peleja. O plano B do MDB, caso Marcelo Cruz (Patriota) não entre no partido, seria o ex-deputado estadual Willians Pimentel. E por aí vão fervendo os bastidores da política rondoniense.

Via Direta

***Como se o estado de Rondônia fosse bem atendido pela saúde, o governo federal só está programando 78 médicos pelo novo programa “Mais Médicos” do governo Lula *** Na Amazonia, os estados do Pará (mais 600 profissionais) e Amazonas (mais de 400 vagas) foram melhores aquinhoados, embora com muito mais recursos *** As perdas demográficas em Rondônia nos últimos anos devem te influenciado nas contas do Ministério da Saúde na distribuição ***A PEC da anistia para os partidos políticos que não cumpriram as cotas de 30 por cento de vagas para negros e mulheres avança nas comissões técnicas do Congresso *** Possivelmente os partido também  serão anistiados quanto as suas contas desaprovadas perante aos TREs. É coisa de louco.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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