Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024 - 08h00
A
busca por energia limpa e sem consciência pesada é tarefa obrigatória na lista
de prioridades para evitar a ruína climática. A consciência pesada vem das
explorações econômicas dependentes da destruição da flora e da fauna, com
repercussões negativas para os povos da floresta. Desafio à consciência
nacional, nesse caso, é o problema da sugerida perfuração de um poço de
petróleo na foz do Rio Amazonas, que recebeu do Ibama parecer indicando nível
máximo de impacto ambiental.
Na
oposição política há uma confusão de vozes, divididas entre perfurar, na perspectiva
de quase dobrar a produção de petróleo do país, e até onde for possível manter
a área livre de riscos. Que seria o melhor a fazer se os incomodados com a
destruição aportassem em benefício da bioeconomia regional os recursos que o
Brasil deixará de ganhar evitando a perfuração.
O
dado curioso é que o governo está ainda mais dividido que as oposições entre o
perfura e o não perfura. Um caso complexo em que os pareceres técnicos se cruzam
com pressões políticas e a já inevitável judicialização. O mais fácil –
preservar – tende a dar maiores ganhos a longo prazo, mas fazer caixa é urgente
para o governo. A decisão final ainda é uma incógnita, cuja solução talvez
demore mais que o mistério do peixe elétrico Iracema caiana. Ele foi
descoberto e logo desapareceu. Supõe-se que sem destruição provavelmente não
teria desaparecido.
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Em tratamento
O
ex-senador Acir Gurgacz, presidente estadual do PDT, acompanha o tratamento de
saúde da esposa. D. Ana em Cascavel, revelando que esta é a sua prioridade no
momento. “Em situações assim, a família se une mais ainda, a gente esquece
política e todos estamos empenhados no restabelecimento da sua saúde”, disse
Acir que adiantou que assim que for possível fará uma nova rodada de visitas no
estado, onde o PDT terá candidatos a prefeitos, vices e a vereadores, sejam em
candidaturas próprias ou em alianças com partidos aliados desde as eleições
passadas.
Nova onda
Considerando
o índice de parlamentares bolsonaristas que assinaram pedido de impeachment do
presidente Luís Inácio Lula da Silva e pela presença maciça deles no ato Pró-Bolsonaro
na Av. Paulista, no último final de semana, os conservadores rondonienses estão
convictos de que teremos uma nova onda a direita nas eleições municipais de
2024, varrendo o estado de cabo a rabo. Seja com o mito inelegível ou até na
Papuda, o segmento se mostra mais vivo do que nunca em Rondônia. Aparentemente
o PT e a esquerda serão presas fáceis.
Disputando poleiro
Os
políticos rondonienses foram disputar o poleiro – o trio elétrico de Bolsonaro
– em São Paulo para ganhar mais visibilidade. Todos os três candidatos à prefeitura
de Porto Velho, Cristine Lopes, Fernando Máximo e coronel Crisostomo estavam
lá. Com suas camisas amarelas, os patriotas da direita clamavam pelo Messias.
Caravanas de rondonienses foram mostrar a sua adesão, mesmo com muita gente
apreensiva com alguma eventual retaliação de Xandão. Os comentários eram dando
conta de que o pastor Malafaia tinha bancado o evento para tentar ser o vice de
Jair Bolsonaro no pleito 2026.
O favoritismo
O
favoritismo dos conservadores é nítido nos principais colégios eleitorais do
estado. Na capital o maior colegiado, os nomes mais em voga são bolsonaristas, seja
Mariana Carvalho, Fernando Máximo, Leo Moraes, Marcelo Cruz, ou Cristiane Lopes.
Os nomes da esquerda, como são Vinicius Miguel (PSB), Fatima Cleide (PT), Pimenta
de Rondônia (PSOL), não são considerados competitivos promissores para uma peleja
anti-bolsonarista. É o mesmo que viceja em Ariquemes, com Claudia Redano,
projetando a reeleição, e nos demais polos regionais, como Ji-Paraná, Cacoal e
Vilhena.
MDB unido
Mesmo
o maior partido de Rondônia que já elegeu importantes governadores e senadores,
o MDB, em fase de crescimento em Rondônia, contando com um governador paralelo
atendendo demandas federais no estado, como é o caso do senador Confúcio Moura,
não tem no partido quadros expressivos suficientes para enfrentar o bolsonarismo
no estado. No entanto, a legenda tem tradição em alguns municípios importantes
e a recente união entre as duas correntes –dos Raupps com a de Confúcio – torna
o MDB uma legenda em condições de emplacar muitos prefeitos no estado.
Um Frentão
Enfim,
para derrotar o bolsonarismo em Rondônia, a partir de Porto Velho, será necessário
um baita frentão, unindo MDB, PT, PSB, PSOL, PC do B e outros partidos da base
do presidente Lula. Mas unir a esquerda numa candidatura única é um grande
desafio, já que as legendas tradicionalmente projetam postulações próprias.
Ainda mais com a orientação do MDB, PSB e PT de lançamento de candidaturas
próprias as prefeituras de todas as capitais. Neste caso só alcançariam a unidade
num eventual segundo turno, por exemplo, na capital, onde é bem possível que
dois nomes bolsonaristas cheguem ao segundo turno.
Via Direta
***Expulsos em Rondônia, Amazonas e
Roraima e reclamando de muitos prejuízos com as ações fiscalizadoras, dezenas
de garimpeiros estão desembarcando de armas e bagagens no Amapá na busca de
ouro ***
Os garimpeiros rondonienses estão começando a epopeia no Parque Nacional do
Tumucumaque. Não tarda os organismos ambientais e a Polícia Federal, chegam com
a cavalaria no garimpo de Lourenço, para impedir o surgimento de uma nova serra
pelada *** Lula aposta em Guilherme
Boulos na disputa da prefeitura de São Paulo para conter as aas crescidas do bolsonarismo.
No Rio de janeiro, a aposta é do atual presidente da República com o projeto da
reeleição do atual prefeito Eduardo Paes.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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