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Carlos Sperança

O futuro da Amazônia + A sucessão de Marcos Rocha + Bem na foto + Arco de alianças


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O futuro da Amazônia

Imagine que um amigo ou parente sofreu um golpe do Pix e perdeu cerca de mil reais. O mínimo que se pode sentir é uma justa indignação e clamar às autoridades providências para coibir a roubalheira. Quando seu amigo perde mais de um trilhão de reais, entretanto, a indignação só não poderá ser maior que a surpresa pelo amigo ter e conseguir perder tanto.

Este último amigo é o mundo, que segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e LCA Consultores perdeu R$ 1,18 trilhão nos últimos quatro anos como consequência da destruição da floresta amazônica, soma equivalente a 12,3% de todas as riquezas brasileiras em 2021.

O estudo demonstra que desmatar sem critério produz mais prejuízos que riquezas. Também ruim é haver dinheiro e não lhe dar o melhor e mais apropriado destino, sobretudo com o futuro da humanidade em jogo. Como agora até pequenas causas conseguem atravancar a pauta do STF, é natural que uma grande causa – o futuro do Fundo Amazônia – bata em suas barras.

É incompreensível que tantos precisem de dinheiro para contribuir com trabalhos importantes para a preservação ambiental e a obtenção de maiores ganhos com base na sustentabilidade, mas os recursos fiquem trancados em cofre, sem uso. É algo como a família do amigo que sofreu o golpe do PIX passar fome enquanto bandidos fazem festa com seu dinheiro.

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Bem na foto

Não bastasse a grande vitória no domingo, o governador Marcos Rocha com seu aliado Hildon Chaves tem a contabilizar outras conquistas. Fez maioria na bancada de deputados federais, incluindo o mais votado, Fernando Máximo, na representação da Assembleia Legislativa com vários estaduais mais votados. A rigor, só perdeu mesmo na peleja ao Senado, com o desafeto Bagatolli ganhando de virada de Mariana Carvalho. Serão mais quatro anos de mandato com apoio maciço na Assembleia Legislativa, onde emplacou aliados de primeira como Alex Redano e Yeda Chaves, ambos possivelmente disputando a próxima Presidência da Assembleia Legislativa.

Arco de alianças

Para derrotar Marcos Rogério, e reverter uma tendência ameaçadora que se formava, se constituiu uma grande aliança pró Marcos Rocha. Do aliado de primeira hora Hildon Chaves a conquista do apoio no segundo turno de Leo Moraes e do clã Cassol. Nos bastidores também se sabe do apoio crítico de uma parte dos petistas ao projeto de reeleição de Rocha já que no meio dos lulistas Marcos Rogerio era um intragável representante da extrema direita brasileira. Se juntaram nesta coalizão, ciclanos e fulanos, curdos e turcos, russos e ucranianos e tataranetos de filisteus

Os interessados

Para os interessados nas disputas de 2026, a reeleição do governador Marcos Rocha (União Brasil) ficou de bom tamanho. Senão vejamos, sendo eleito Marcos Rogério ele teria direito a reeleição e com a máquina mão se tornaria um adversário incomodo. Por conseguinte, interessados para os prováveis postulantes ao próximo pleito ao cargo de Rocha, como o prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) ao ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) e até ao senador eleito Jaime Bagatoli (PL) que Rogério se lascasse. Por falar nisto como se explica a queda vertiginosa de Rogério no segundo turno em Vilhena e Ji-Paraná?

Os pretendentes

Se a sucessão de Marcos Rocha já interessa daqui a quatro anos pelo menos três interessados já existem também na disputa de duas cadeiras ao Senado. Em 2026 os dois senadores atuais Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Confúcio Moura (Ariquemes) vão buscar a reeleição. Também terão Mariana Carvalho (Porto Velho), dona de uma extraordinária votação em 2022 pronta a e acabada para uma disputa equilibrada com os oponentes. Além disto, outros nomes poderão emergir no cenário estadual nos próximos anos, lideranças que já estão se firmando.

Duas chapas

É muito cedo para tratar do assunto, mas pelo menos duas chapas devem se formar para disputar o governo estadual em 2026. Certamente a dobradinha chapa branca com apoio de Marcos Rocha será do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves ao governo estadual e Mariana Carvalho ao Senado. De outro lado, o ex-governador Ivo Cassol tentará se manter como uma liderança importante, mesmo com a derrota da mana Jaqueline, a quem mais uma vez não conseguiu transferir votos. Ivo é um caso de pata de coelho às avessas para os parentes, já quem nem os genros e cunhados consegue emplacar.

Via Direta

*** A eleição do delegado Flori (Podemos) a prefeitura de Vilhena demonstra a decadência do clã Donadon no Cone Sul rondoniense *** Por falar no desempenho dos clãs políticos vários deles levaram pau: Em Ariquemes o clã Amorim, em Jaru o clã dos Muletas na Zona da Mata o clã Cassol *** Muita gente com medo de um governo Lula em Rondônia, fruto do terrorismo bolsonarista. Atualmente Lula é esquerda suave, se dando bem com os banqueiros, ruralistas e adotando um tom de conciliação para pacificar o Pais *** Lembrando que nos governos de Lula e Dilma Rondônia foi aquinhoado com muita infraestrutura, casas populares etc *** Por conseguinte o receio de uma gestão de Lula com retaliações é infundado mesmo porque tem um Congresso Nacional bolsonarista para ele se entender.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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