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Carlos Sperança

O governador Marcos Rocha e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves estão a um passo do rompimento político


O governador Marcos Rocha e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves estão a um passo do rompimento político - Gente de Opinião

Escalpos e vidas

Nos filmes americanos, os índios malvados tiravam o escalpo dos pioneiros que invadiam suas terras. Na verdade, eram os chefes europeus que pagavam mercenários para matar índios e tomar suas terras. A prova do serviço feito era a cabeleira do índio morto. Hoje bastaria um vídeo curto do tipo TikTok.

O escalpelamento continua cruel, mas na Amazônia de hoje ele é associado ao arranque do couro cabeludo resultante do contato com os eixos de motores das embarcações, sobretudo as pequenas. Parece incrível que essa seja a causa de centenas de casos que até levam à morte ou a deformações graves, pois além dos cabelos as vítimas também sofrem danos variáveis em orelhas, sobrancelhas, pálpebras, rosto e pescoço.

Os casos se reduziram a perto de zero se os cuidados recomendados fossem seguidos. Como há o risco de cabelos soltos de cozinheiros acabarem na sopa, eles usam proteção para seus “escalpos”. É chato exigir toucas de proteção para as mulheres e meninas, considerando o calor regional, mas a falta de prevenção é o principal problema de saúde pública no Brasil.

Muitas tragédias e doenças podem ser evitadas por medidas simples e cuidados preventivos. Sendo óbvio, de acordo com a Lei de Murphy, que se algo pode dar errado vai dar errado, desprezar cuidados como exames periódicos, dieta saudável, exercícios físicos e prender os cabelos soltos é dar sopa ao azar.

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Eleições 2024

O governador Marcos Rocha (União Brasil) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) estão a um passo do rompimento político por conta de interesses dispares nas eleições municipais na capital e outros importantes polos rondoniense. Os partidos da base de Rocha já comunicaram que não aceitam Mariana Carvalho (Progressistas) para ser candidata ao Paço Municipal e todas suas lideranças, a começar pelo vice-governador Sergio Gonçalves, do deputado federal Fernando Máximo, do diretor do Detran Leo Moraes, do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz estarão do lado contrário de Mariana e do prefeito Hildon Chaves.

O alinhamento

O governados Marcos Rocha tinha o compromisso de apoiar Mariana, mas foi colocado contra a parede. Se acenar apoio à candidata de Hildon, perderá maioria na Assembleia Legislativa (onde poderá ser ameaçado até com um impeachment na cabeça...) e toda sua base aliada o abandonará na sua campanha ao Senado em 2026. Sem saída, optando pela sobrevivência política, já que deixará o CPA para seu vice Sergio Gonçalves assumir e com ele fazer dobradinha ao Senado, Rocha deverá comunicar sua decisão ao grupo político de Hildon Chaves/Mariana até as convenções de julho.

A polarização

Portanto, que os aldeões portovelhenses se preparem para o racha e uma possível polarização na campanha 2024. A tendência é Mariana pontear o primeiro turno, em vista do apoio de Hildon – que tem muito mais prestigio do que o governador na capital – e no segundo turno o candidato do governador, Fernando Máximo, levar a melhor devido à forte rejeição do eleitorado evangélico da representante dos Progressistas e também pelo fato de que quase todas as forças oposicionistas ao prefeito se alinharem desde já com Fernando Máximo.

É coisa de louco!

Com a redução de voos em Porto Velho, o cara pálida para viajar para Manaus, terá que fazer conexão em Brasília, a quase 3 mil quilômetros daqui e 4 mil de Manaus. Para se deslocar a Cuiabá, antes terá que pousar em Brasília, para depois de uma demorada conexão, chegar na capital mato-grossense. Tenho um casal de amigos que para comparecer a formatura de uma filha em Porto Alegre, tendo em vista a tantas conexões e o preço astronômico das tarifas aéreas foi de ônibus até Cuiabá, para então tomar avião para a capital gaúcha.

Sigla flankstênica

O MDB se transformou numa sigla flankstenica em Rondônia, mais do que já era. Metade da legenda, incluindo aí o seu próprio presidente estadual, deputado Lucio Mosquini, deputados estaduais e os outros federais, que são Thiago Flores e Lebrão, são bolsonaristas, seguindo as suas bases, que são conservadoras e bolsonaristas. O outro pedaço do MDB, liderado pelo senador Confúcio Moura é pró-Lula e vem carreando importantes lideranças para o partido. Se tornou um verdadeiro governador paralelo distribuindo recursos federais no estado. Que salada!

 

Via Direta

*** Não é à toa que o presidente Luís Inácio Lula da Silva está apoiando a causa do Hamas, que além de ser um grupo terrorista se transformou num partido político controlando grande parte dos territórios palestinos *** Ocorre, que os países árabes que apoiam o Hamas, inclusive o Egito, são importantes parceiros comerciais do Brasil – só perdem em volume de negócios para a China – e com isto Lula vitaminou as exportações brasileiras *** Trocando de saco para mala: já estamos próximos as convenções municipais para a escolha dos novos prefeitos em Rondônia e o quadro políticos segue nublado em vários municípios a espera de importantes definições.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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