Domingo, 28 de julho de 2024 - 09h11
O
professor Eugenio Bucci observou que no idioma inglês o que se considera
desinformação (fake news) tem três palavras de grafia assemelhada, mas
significados diferentes: disinformation, para informações falsas criadas com a intenção
de causar dano; misinformation, para informações erradas divulgadas sem o
objetivo de causar dano; e malinformation, para informações corretas, mas
divulgadas de forma descontextualizada.
A
primeira, em português, pode ser traduzida por mentira. A segunda, por
ignorância. A terceira, por malandragem. A Amazônia tem sido vítima das três.
Mentiras sobre a região se multiplicam, causam divisão e facilitam as manobras
dos criminosos e devastadores. A ignorância decorre do pouco acesso das massas
às descobertas científicas. A malandragem, de distorcer as informações, mesmo a
partir de dados aparentemente corretos, só pode ser percebida por quem consegue
apanhar a mentira e dispor de informações para não se deixar enganar.
A
existência na Amazônia de um dos principais centros de lançamento de foguetes
do mundo, o espaçoporto de Kourou, na Guiana Francesa, é vítima das três.
Ignorar que por fatores históricos uma pequena parte da Amazônia é europeia,
hostilizar a Agência Espacial Europeia por zelar por essas instalações e
considerar intromissão estrangeira a preocupação mundial com a Amazônia não faz
bem nem ao mundo nem à floresta.
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Pacote completo
O
governador Marcos Rocha (União Brasil) entregou um pacote completo de
fidelidade a união vitoriosa em 2022 com o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e a
candidata à prefeitura de Porto Velho Mariana Carvalho. Tudo ficou bem claro
nas convenções de sábado, com todo mundo chapa banca juntos e misturados nas
esferas governamentais municipais e estaduais. Até o vice-governador Sergio Gonçalves
(União Brasil), suspeito de conspirar com seu grupo político contra Mariana e
Hildão estavam presentes ao grande evento que reuniu lideranças de doze
legendas, uma baita aliança. Todo mundo por lá apostando em vitória em turno
único.
“Contras” comentam
Senti
um pouco de desilusão dos oposicionistas com a união dos palacianos, mas eles reiteram
que existe alguns seguidores do vice-governador Sergio Gonçalves - este
deverá assumir a titularidade no próximo ano para o governador Marcos Rocha
disputar o Senado – vão fazer o jogo de Rocha até ele se afastar do CPA. Então
a obediência trocará de lado, com Sergio Gonçalves disputando a reeleição ao
governo estadual. Até lá Hildon e
Mariana são amiguinhos de todos, depois de lá, cada um para seu lado, já que
existem interesses dispares entre Hildão e Sergio Gonçalves a respeito de 2026.
Sem surpresas
No
MDB, de Confúcio Moura, Lucio Mosquini e Willians Pimentel, uma baita surpresa.
Ninguém brigou, ninguém se descabelou, ninguém atraiçoou Mana Euma. A convenção
homologou a candidata Euma Tourinho, já indicando seu vice, Rafael Claros e a
legenda se mostra unida em torno da postulante. Existe alguns motivos para as
coisas darem certa na agremiação mais traíra de Rondônia. Ocorre que Euma vai
bem nas pesquisas e é neste momento a grande predadora da favorita Mariana
Carvalho (União Brasil). O MDB vê claras chances da sua candidata seguir em
frente, avançando para um previsível
segundo turno.
Grande expectativa
Agora
as expectativas são com relação a convenção do candidato Leo Moraes (Podemos),
no final de semana, que é o nome que polariza as eleições com Mariana, dos
bairros centrais a Zona Leste, do Caladinho ao Nacional. Aguarda-se a indicação
do seu vice e o anuncio de apoiadores importantes a campanha. Leo aguardava até
o último momento as definições dos chapa-brancas para entender o jogo dos
palacianos. Com a situação resolvida, agora ele traça sua estratégia de
campanha e entra em campo depois de ter catimbado o jogo nas últimas semanas.
Frente Democrática
A
Frente Rondônia Democrática, que reúne o candidato do PDT Célio Lopes, apoiado
pela federação Brasil Esperança onde estão juntos o PT, PC do B e Partido Verde,
e ainda aguardando mais aliados até as suas convenções, na próxima semana, entra
em campo para a eleição de outubro com renovadas esperanças do seu candidato
galgar o segundo turno. Não apenas pela competência da coordenação de campanha
concedida ao petista Roberto Sobrinho, prefeito eleito e reeleito em Porto Velho,
mas pelo entusiasmo da militância da juventude socialista, movimento negro e
setor feminino. Não bastasse vem aí reforços no seu palanque, ministros e
lideranças nacionais.
Via Direta
*** No jogo de estratégia da oposição em
Porto Velho, os candidatos centram críticas ao prefeito Hildon Chaves e ao governador
Marcos Rocha por terem jogado a capital rondoniense a última colocação em termos
de saneamento básico no País *** A bem da verdade, esta situação vem de
muito longe, décadas até *** Os
“contras” também argumentam que ambos mandatários não tiveram competência no
combate as alagações e que a dupla falhou muito na saúde e segurança pública
*** Já na estratégia da aliança Frente
Democrática é mostrar a população de Porto Velho que nas gestões de Lula e
Dilma, a cidade vivenciou seu apogeu de desenvolvimento, com as pontes e as
usinas. Os negócios iam bem do borracheiro ao carpinteiro.
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