Sexta-feira, 1 de novembro de 2024 - 08h46
Estima-se
que nos países pobres o consumo de água alcance dez a quinze litros diários por
pessoa. Um terço da população mundial vive sem água tratada, o que explica
também o alto índice de doenças nos países pobres, em consequência da limitada
oferta de saneamento básico. Por outro lado, em Nova York, coração da riqueza
mundial, o consumo diário por pessoa chega a dois mil litros de água tratada, a
menos que o cidadão primeiro-mundista prefira algo mais refinado: a água gourmet.
Sabe-se
que por conta do desequilíbrio climático haverá no futuro a escassez do
chocolate, acessível apenas aos ricos. Outra consequência será a escassez de água,
com o agravante de que chocolate é supérfluo e água é essencial. Os consumidores
do chocolate caro será também o público-alvo da água gourmet denominada
Victoria Amazônica, extraída dos rios voadores.
Uma
exclusiva garrafa dessa água, 1.500ml coletados diretamente do ar durante uma
noite de lua cheia e qualificados como fine water, vai a leilão por quase mil
dólares em novembro. O alto valor se explica pelos adornos da garrafa: quatro quilos
de ouro 24 quilates, prata, turmalinas azuis, diamantes brancos e negros. É
claro que a grande maioria da população não terá meios para participar desse e
dos próximos leilões do arranjo de luxo, mas que sirva ao menos para afirmar a
noção de que a água é um bem precioso e é um crime esbanjá-la.
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Nova coalizão
O
prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) e o deputado federal Fernando Máximo (União
Brasil) deverão liderar a formação de uma nova coalizão partidária para as
eleições de 2026. Na primeira janela de transferência, Máximo deixa o União
Brasil para disputar o CPA Rio Madeira ou uma cadeira ao Senado. Lideranças
importantes do interior estão agregando no novo agrupamento, casos de prefeitos
eleitos pelo Podemos e lideranças do porte do vereador Rafael fera, de Ariquemes,
suplente de deputado federal. As articulações 2026 já estão chamando atenção e
devem se intensificar no ano que vem.
Base aliada
Se
articulando na busca de uma base segura na Câmara de Vereadores de Porto Velho,
o prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) já estaria se acertando com sete dos 23
edis. Para quem começou a temporada sem nenhum vereador eleito, já é uma baita
conquista. Mas outros alinhamentos já estão a caminho. Leo lembra que os
vereadores têm o mesmo interesse que ele, que é o desenvolvimento de Porto Velho
e por isto não encontrará dificuldades para formar sua base de sustentação para
sua gestão no Prédio do Relógio. Leo, passada a euforia da vitória, se prepara
agora para o início da transição técnica.
Clã políticos
Clãs
políticos tradicionais em Rondônia saíram depenados das eleições municipais. Em
Vilhena e no Cone Sul, o clã Donadon comandado pelo ex-prefeito Marcos Donadon
foi sepultado com a magnifica vitória do prefeito Flori Cordeiro, reeleito. Não
bastasse os deputados estaduais Luizinho Goebel (Vilhena) e Ezequiel Neiva (Cerejeiras),
adversários do clã ganharam asas e estão firmes e fortes crescendo
politicamente nas bases dos Donadons. Em Jaru, o clã dos Muletas implodiu e em
Ariquemes o clã Amorim também perdeu força, depois de eleger prefeitos em toda
a região durante décadas.
Punhais da traição
Considero
injusto acusar o governador Marcos Rocha de ter apunhalado a campanha de
Mariana Carvalho. Em todos os programas eleitorais do segundo turno, lá estava
o mandatário pedindo votos para a candidata do seu partido, o União Brasil. Nos
corredores palacianos a palavra de ordem era votar na candidata ungida pelo governador
Marcos Rocha e pelo prefeito Hildon Chaves. Já com relação ao vice-governador
Sergio Gonçalves, foi outra história. Ele e seus aliados, mesmo pertencendo ao
União Brasil, se voltaram no segundo turno a campanha de Leo Moraes.
Interesses dispares
Como
Sérgio Gonçalves assume o governo estadual nos últimos oito meses da atual
gestão e vai disputar a reeleição, para se manter no CPA, não era do seu interesse
a vitória de Mariana. Isto iria refletir positivamente na campanha do prefeito
Hildon Chaves ao CPA Rio Madeira em 2026. Para ele era importante uma derrota
da candidata do seu próprio partido para não catapultar Hildon Chaves na
próxima campanha. Era preciso aparar suas asas do alcaide é isto foi feito
pelos manos Gonçalves. Aliás, os manos são ótimos aparadores de asas: aplicaram
rasteiras em Fernando Máximo e Coronel Chrisostomo e com isto, ambos não conseguiram
disputar a peleja eleitoral da capital em 2024.
Via Direta
*** Assim como os búfalos selvagens,
importados da Ilha do Marajó, causam estragos em Rondônia no Vale do Guaporé,
na região de Costa Marques, os javalis se tornaram um tormento para agricultores
em Goiás e em algumas regiões do Sul do país *** São os javaporcos,
proliferando em larga escala, no cruzamento de porcos com javalis. O bicho está
pegando, torcida brasileira *** Na disputa
pela nova presidência da Câmara de Vereadores de Porto Velho, o ex-deputado
estadual Jair Montes, dirigente do Avante, articula a candidatura do vereador eleito
Breno Mendes, o xerife do consumidor *** Os prefeitos Adailton Fúria
(Cacoal)), Afonso Candido (Ji-Paraná) e Flori Cordeiro (Vilhena) estão criando
asas e sendo estimulados a disputar cargos eletivos em 2026.
O atraso no anuncio do corpo de secretários do prefeito eleito Leo Moraes
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