Terça-feira, 15 de agosto de 2023 - 07h35
Razoável
e orgulhosamente latina, mas dura de tragar para os europeus, a intenção da
Cúpula da Amazônia de reagir ao protecionismo da União Europeia não vai trazer
a necessária agilidade aos processos de afirmação da nossa floresta como foco
de ação unitária do planeta pela salvação do clima.
Dá-se
o caso de também os mecanismos protecionistas europeus serem razoáveis ao se recusar
a consumir produtos originados do desmatamento e outros crimes ambientais.
Talvez o orgulho latino devesse ceder espaço, adequadamente, a contidas e
ponderadas negociações diplomáticas. A Cúpula da Amazônia, a julgar pelos
cuidados com a preparação do evento, poderia focar mais na harmonização de
atividades comuns ao conjunto das nações que compartilham a Amazônia. Evitaria
assim causar o ruído desnecessário e pouco inteligente de reagir a uma
disposição da qual a Europa não vai recuar, que é exigir produtos dissociados
de bases criminosas e destrutivas.
O
desejável seria que a Cúpula agradasse a gregos e troianos, evitando ruídos
complicadores, porque o orgulho latino terá mais efeitos caseiros que externos.
Pelo menos quanto aos objetivos centrais, porém, a Cúpula tende a consolidar a correta
ação de fixar a meta comum de desmatamento. Orgulhosamente razoável, é mais
para ela que europeus, gregos e troianos vão prestar atenção. E cobrar, no
curso dos próximos anos.
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Eleições 2024
A
um ano das convenções municipais que vão ratificar as candidaturas a prefeitura
de Porto Velho, o cenário segue nublado. Os pré-candidatos são muitos, todos
conversando entre si e muitos nomes podem sair do páreo recebendo a indicação
de vices em chapas favoritas. Por enquanto são considerados postulantes de
ponteira, Mariana Carvalho (Progressistas), Fernando Máximo (União Brasil) e
Leo Moraes (Podemos). Leo tem controle do seu partido, Mariana tem apoio do
comando da legenda, no entanto Máximo não é unanimidade no União Brasil e pode
até migrar para outra legenda.
As conversações
Também
seguem conversações para a peleja ao Prédio do Relógio a deputada federal Cristiane
Lopes (União Brasil), deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa
Marcelo Cruz (Patriota), Fabricio Jurado (PSDB), Jean de Oliveira (MDB), num
segundo pelotão já firmado. Destes nomes, apenas Cristiane não tem o controle
do seu diretório para ser sacramentada a candidatura, se quiser entrar na briga
terá que pular para uma outra legenda, talvez o PL, de Bagatolli e Chrisostomo,
que é o partido do presidente Jair Bolsonaro. Na esquerda, o que se sabe, é que
seguem as reuniões para firmar uma candidatura de coalizão.
Nas capitais
Os
diretórios nacionais do PT e do PSB, partidos da base do presidente Lula, encaminharam
recomendação aos diretórios regionais para os respectivos partidos lançarem candidaturas
próprias ou se unirem em aliança para o pleito 2024 nas capitais. No caso de
Porto Velho, o PT teria como opção a ex-senadora Fátima Cleide e o PSB, o
ex-deputado federal Mauro Nazif, mas é mais provável que estes partidos
formalizem uma coalizão para enfrentar os adversários bolsonaristas que estão
divididos em correntes políticas distintas, já que uma ala está com o governador
Marcos Rocha e outra com uma ala oposicionista ao governo estadual, ligada a
Bagatoli, Marcos Rogério e Chrisostomo.
Primeiro prefeito
Depois
de quase quarenta anos da eleição do primeiro prefeito pelo voto direto já o
município de Porto Velho na condição da capital do estado de Rondônia, teremos
um pleito em 2024 dos mais competitivos. Recordo que em 15 de novembro de 1984,
foi eleito o advogado Jeronimo Santana, ex-militante do Movimento Revolucionário
8 de Outubro, o temido MR-8. Santana seria eleito pelo MDB também governador,
em 1986, favorecido pelos ventos da Aliança Democrática, numa união do MDB com
o PFL, que se formou para eleger Tancredo Neves a presidência da República.
Grande confronto
Na
histórica eleição ao Paço Municipal de Porto Velho em 1985, Jerônimo (MDB)
derrotou Francisco Chiquilito Erse (PFL), José Neumar (PT), Heitor Costa (PDT),
José Adelino (PDS), Paulo Struthos (PTB). O vice do então prefeito Jeronimo,
Tomás Correia assumiria a titularidade do cargo com Jerônimo eleito em 86 a
govenador. A chapa de Chiquilito contava como vice o ex-prefeito Francisco
Paiva (PDS). E assim começaria a epopeia das eleições municipais, com grandes
reviravoltas nesta trajetória. As maiores com Roberto Sobrinho contra Mauro Nazif
e do atual prefeito Hildon Chaves contra Leo Moraes na sua primeira eleição.
Via Direta
*** O mês de agosto já é marcado por
grandes temporais destelhando casas, galpões e prédios, derrubando muros e até
demolindo as residências mais frágeis em Porto Velho *** As temperaturas
elevadas nos últimos dias, que deram um refresco segunda e terça, indicam novos eventos desta
natureza, não bastassem as queimadas que assolam toa a região Norte nesta época
do ano *** O Diário se prepara para seu
30º aniversário em setembro, num evento do sistema SGC, que conta em Porto Velho além do Diário da Amazonia, a Rede TV, e Rádio Transamérica*** O presidente
do Diretório Estadual do MDB, deputado federal Lucio Mosquini já trabalha na
estruturação do partido para as eleições municipais do ano que vem.
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