Quarta-feira, 10 de janeiro de 2024 - 08h10
Em
séculos de prevaricação, entreguismo e “liberdade”, palavra muito mal-usada, o
crime na Amazônia alcançou tal amplitude e enraizamento que além de se
infiltrar pela política e tecer teias de domínio sobre instituições chegou a
criar uma “ideologia”: justifica os crimes e a destruição da biodiversidade
como forma de proporcionar renda aos pobres.
Isso
é falso, já que por todos os ângulos está provado que a preservação rende mais.
Não chega a ser tão estranho, nesse caso, que uma investigação da Polícia
Federal levou à descoberta de que ouro extraído de garimpos ilegais foi
comercializado por militares a mando de um tenente-coronel que coordenava
operações na região. Ilude-se que considera esse um caso atípico, pois atrair
pessoas com posição de autoridade para facilitar as operações clandestinas é
item elementar na cartilha do crime.
Contra
a inclinação criminosa que estende tentáculos pela floresta não basta o
sentimento patriótico de que “a Amazônia é nossa”. Das várias formas existentes
para a aquisição real da Amazônia para que ela seja realmente nossa, ou seja, de
cada um que se interessar em ter propriedade na região e se dedicar à sua
proteção, é digno de nota o mecanismo adotado pela startup Meu Pé de Árvore,
que aposta na restauração da floresta por meio do velho e bom empreendedorismo.
Com ele, qualquer pessoa de iniciativa pode ser um verdadeiro espírito protetor
da Amazônia.
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Fraturas a vista
Através
dos anos, por ter sido colonizada por tantos imigrantes de etnias de países tão
diferentes, Rondônia tem sido um estado desunido politicamente e as eleições
por aqui não raramente acabam em baixarias. Nos últimos anos temos um período
de calmaria em vista do controle absoluto do governador Marcos Rocha do
parlamento rondoniense e na capital, o prefeito Hildon Chaves mantendo a
obediência dos vereadores aos seus projetos, muitos sequer são lidos tanto na
ALE como no Legislativo da capital, aprovados em toque de caixa. No entanto, a
eleição 2024 começa a expor fraturas, já que existem interesses dispares das
lideranças políticas.
Escritórios do crime
Com
escritórios do crime, montados nos megaconjuntos habitacionais Orgulho do Madeira
(Zona Leste), e Morar Melhor (Zona Sul), que são as regiões mais populosas da
capital rondonienses, a Polícia já sabe onde se movimentar para elucidar muitos
crimes. Os piratas da madeira roubam eletrônicos? É batata localizar os piratas
e os produtos no Orgulho do Madeira. As facções criminosas se enfrentaram com
tantas execuções? É simples, procurar os líderes das facções no Morar Melhor.
Tem uma pratica comum nos dois conjuntos: expulsar moradores para vender os
apartamentos ou destina-los para compinchas das suas facções.
Profecia de Raquel
A
combativa, destemida e encrenqueira deputada federal Raquel Cândido já bradava
ainda ao final dos anos 80. O tráfico de drogas já estava dominando Rondônia e
quase toda a população já se envolvendo com a coisa. O tempo mostrou os carteis
dos traficantes da Bolívia, do Peru e da Colômbia tomando conta do pedaço. Já
na operação nacional da Policia Federal em Rondônia em 1985, com a Operação
Excentric, com apreensões de aviões, embarcações, caminhões se constatava que a
coisa já era feia em Porto Velho, Cacoal
Guajará Mirim e Vilhena. Com o tempo se viu também o envolvimento de
políticos e até delegados. É coisa de louco.
Saidinhas criminosas
Depois
de dois anos tramitando no Congresso Nacional, e um projeto de lei já aprovado
na Câmara dos Deputados, subiu ao Senado o projeto de lei extinguindo o benefício
aos presidiários das saídas temporárias de Natal e Ano Novo. É uma cobrança da
sociedade brasileira, na medida em que a maioria dos detentos soltos acabam reincidindo
em crimes como homicídios, estupros, assaltos a mão armada, arrombamentos,
feminicidios. Ao mesmo tempo a justiça não dispõe de tantas vagas nos presídios
para enjaular tantos criminosos que se multiplicam ano a ano neste país.
Tem explicação?
O
pobre aldeão portovelhense se pergunta porque o desconto no IPTU, no interior
do estado, é de 20 por cento, como ocorre em Rolim de Moura e em outros
municípios rondonienses, e na capital é praticado o percentual de apenas de 10
por cento. A rigor, não existe um motivo especifico, apenas suposições dos
“contras”, como define o prefeito Hildon Chaves a quem não concorda com ele. A
oposição linguaruda diz que é para
compensar recursos perdidos com a covid, e aqueles não arrecadados com o IPTU
de 2023, que deu a grande confusão, Será?
Via Direta
***
Depois de explodir com centenas de casos no Acre, o covid 19 já mostra
crescimento em algumas regiões do interior de Rondônia. O Vale do Jamari,
polarizado por Ariquemes é a região mais atingida *** Alguns municípios já estão recebendo a primeira parcela do ano do
FPM. A maioria dos prefeitos reclama dos valores, deseja mais recursos, mas
tudo depende do crescimento demográfico externado pelo IBGE no ano passado ***
O governador do Amazonas, Wilson Lima, tomou goela abaixo o comando do União
Brasil naquele estado. Em Rondônia o partido tem o comando também de um governador,
no caso o coronel Marcos Rocha *** É
osso. Janeiro começa com pagamento do IPTU, IPVA e material escolar para as
crianças. Não sobra nem para o Chivas.
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