Terça-feira, 18 de março de 2025 - 08h32
Estudo
publicado na revista Science of The Total Environment aponta que os garimpos
ilegais de ouro reduzem em até 50% os estoques de carbono de áreas mineradas,
especialmente durante estações secas. Com isso, aumenta até 70% a disponibilidade
de mercúrio no solo, representando riscos ambientais e de saúde pública,
especialmente para comunidades que vivem próximas a esses locais. É uma ação
humana direta sobre a natureza.
Interessante,
nesse caso, conhecer de que forma as autoridades do campo da segurança
enfrentam essa realidade. Segundo um especialista no setor, Francisco Xavier
Medeiros de Castro, o garimpo ilegal é definido como qualquer tipo de mineração
que ocorra em territórios de proteção integral ou em territórios permitidos sem
autorização ou respeito às exigências legais.
“Essa
forma de exploração não permaneceria viável sem os financiadores responsáveis
pela sua manutenção: os fortes empresários e pessoas públicas detentoras de
grande poder e influência política”, afirma. “O subsídio dessa atividade
criminosa se mantém graças ao alto retorno financeiro que faz compensar todos
os riscos relacionados a prisões e outras medidas judiciais”. A conclusão é que
a permanência desses esquemas ilegais se deve à colaboração das elites
econômicas e políticas, que engendram esquemas de corrupção envolvendo agentes
do Estado. Enquanto o crime compensar, a atividade continua.
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Ainda incólumes
Com
poderosos predadores a espreita e se movimentando, algumas lideranças políticas
vão se mantendo no poder nos diretórios estaduais. Lembrando que quem dá as
cartas nas mudanças dos diretórios estaduais são os deputados federais, pois os
partidos dependem desta representatividade para embolsar os milhões do fundão
eleitoral. Os manos Gonçalves (União Brasil), vão se mantendo no poleiro, mesmo
sabendo-se das conspirações para derruba-los do comando da legenda. Aparício
Carvalho, dos Republicanos vai garantindo a presidência estadual do seu partido
e Expedito Junior, bem articulado se mantém na presidência do PSD.
No Cone Sul
O
Cone Sul rondoniense já teve es grandes deputados federais, casos de Arnaldo
Lopes Martins, Reditário Cassol e Natan Donadon. Terá a chance agora de emplacar
o prefeito Flori Cordeiro com a perda de mandado deputado federal Lebrão, já
que o primeiro suplente Rafael Fera está inelegível desde o ano passado. Mas
Flori Cordeiro trocaria três anos de mandato na prefeitura de Vilhena pelo
cargo de federal? Acho difícil. A região aposta nas eleições de 2026 nos nomes
do ex-deputado federal Natan Donadon, do clã Donadon, e Wiveslando Neiva, do
clã Neiva de Carvalho. São duas famílias tradicionais de políticos na região.
Na história
Em
livro a ser editado ainda neste ano, o jornalista e historiador Lucio
Albuquerque faz importantes
revelações sobre o tumultuado processo de escolha dos três candidatos ao Senado
do PDS para as eleições de 1982. Eram pelo menos seis postulantes, mas ao final
foram escolhidos Odacir Soares (Porto Velho), Claudionor Roriz (Ji-Paraná) e
Reinaldo Galvão Modesto (Ouro Preto do Oeste). Os demais candidatos se sentiram
traídos, inclusive o deputado federal paulista Antônio Morimoto, nome importante
na aprovação do projeto Rondônia estado no Congresso Nacional.
Uma tradição
Por
falar em história, Ji-Paraná tem mantido uma boa tradição na eleição de
senadores, com parlamentares ativos e destacados que por isto se projetaram em
voos maiores em eleições seguintes. O primeiro senador eleito com base em Jipa,
foi o médico Claudionor Roriz em 1982. A capital da BR emplacaria em 1994, José
de Abreu Bianco, que anos depois seria eleito governador. Também ex-prefeito,
como Bianco, a BR elegeu Acir Gurgacz ao Senado, que liderou a Comissão de Infraestrutura.
O último senador eleito por Ji-Paraná, foi Marcos Rogério, destacado bolsonarista.
Só falem bem!
Os
nossos políticos em geral, de quase todos os níveis, só querem que se fale bem
de Rondônia. Com isto, devem esperar que os jornalistas, a oposição e a opinião
pública, esqueçam dos problemas gritantes da saúde, da segurança pública, das
maracutaias de toda sorte. Farei questão de falar bem de Rondônia se os políticos
colaborarem, deixando de superfaturar, deixando de emitir notas fritas para
padarias, oficinas mecânicas, gráficas, empreiteiras e tantas empresas
contratadas a dedo para as rachadinhas. Já se sabe que existe até cobrança de
propinas de aluguéis de prédios públicos. O aluguel tem um valor, mas o proprietário
tem que devolver 10 ou vinte por cento para os intermediários no poder. Nos
bastidores já se sabe quem está fazendo isto, porque os donos dos imóveis
aceitam o negócio, mas “deduram”.
Via Direta
***Semana com muito trabalho no Congresso
Nacional com a votação do Orçamento 2025, que os deputados e senadores ficaram
devendo no ano passado, por conta de chantagens por mais recursos nos seus
bolsos através das emendas parlamentares *** Também deve entrar na pauta o Plano Nacional
de Segurança, uma necessidade, pois o crime organizado se espalha de Porto Velho
a Salvador, do Rio de Janeiro a São Paulo ***
A expectativa é que se lembrem que nossas fronteiras com a Bolívia, Peru e Colômbia,
principais exportadores de cocaína estão descobertas para os traficantes ***
Os bolsonaristas chamam os vândalos que depredaram o Congresso, Ministérios e Tribunais
– existiam até terroristas no meio, aqueles que orquestraram explodir um caminhão no aeroporto de Brasília – de heróis
da Pátria e de presos políticos etc. É coisa de louco!
Governador Marcos Rocha já está retomando a valorização dos imóveis em
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