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Carlos Sperança

Os prefeitos rondonienses estão fazendo as contas para pagar os novos pisos


Os prefeitos rondonienses estão fazendo as contas para pagar os novos pisos  - Gente de Opinião

Muito a desenrolar

Superando as compras maliciosas de votos comprometendo o orçamento nacional com a oferta de presentes aos eleitores na velha fórmula de dar com a mão esquerda do redistributivismo e tomar de volta com a direita da elevada carga tributária, provavelmente o programa de maior alcance dos últimos tempos é o Desenrola, que promete mitigar as dívidas de dezenas de milhões brasileiros de endividados.

O apelo do Desenrola está em acenar duplamente, para o endividado e para o credor. A limpeza do nome do endividado e o recebimento garantido do valor refinanciado por parte do credor fazem do Desenrola, mesmo com lançamento previsto apenas para julho, um sucesso de comentários e cogitações pelo público.

Desde já, portanto, pode-se imaginar uma catarata de possibilidades para a ideia central do programa, que é facilitar a vida da maioria da população. Desenrolar a infraestrutura, por exemplo. Ou a produtividade, cujos mecanismos parecem engrenagens do outro mundo, complicadas demais para se combinar e pôr a máquina do desenvolvimento em ação.

Para a Amazônia, há necessidade de desenrolar os créditos de carbono. A lei 14.590/23 alterou o regramento das concessões florestais e enrolou um pouco mais, impondo restrições que geram dúvidas e indicam contradições. Leis precisam ser objetivas e claras. Os detalhes devem ficar para as regulamentações.

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Na reeleição

Afora o prefeito Hildon Chaves, de Porto Velho, que não pode mais concorrer a mais uma reeleição, os atuais alcaides dos colégios eleitorais mais importantes de Rondônia já estão armados até os dentes para disputar a reeleição. Seja em Ariquemes com Carla Redano (Progressistas), Esaú Fonseca (União Brasil) em Ji-Paraná, Fúria (PSD) em Cacoal, ou delegado Flori (Vilhena), todos estão empenhados desde já em garantir mais um mandato nos seus municípios. Todos têm gestões bem avaliadas e governam quase sem oposição, com os seus vereadores funcionando como vacas de presépio, com pouca fiscalização em suas gestões.

Mais emprego

Alvo do envelhecimento de suas populações e o desprezo para funções braçais, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão, Portugal, Espanha e agora até a China com a necessidade de aumentar o número de operários para suas fabricas monumentais estão recrutando trabalhadores de outros rincões terceiro-mundistas. Em alguns países avançados até médicos e enfermeiros entraram na lista de contratações. Com isto, se acelera a imigração brasileira, onde se busca melhores salários e a classe média se instalando com seus filhos no exterior buscando mais segurança para suas famílias.

Fazendo as contas

Os prefeitos rondonienses estão fazendo as contas com a obrigatoriedade de pagar os novos pisos dos professores e da enfermagem com os parcos recursos arrecadados. Porto Velho é o município mais atingido pela desoneração implantada ainda no governo Bolsonaro que causou prejuízo de 100 milhões no ano passado, além da perda de arrecadação em 25 por cento neste primeiro semestre. Não bastasse, a municipalidade da capital padece com uma enorme inadimplência no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano –IPTU e se viu na contingência de contrair empréstimos em bancos oficiais para tocar obras de infraestrutura já programadas.

A circulação

Com menos recursos federais circulando em Porto Velho e a prefeitura local economizando trocados para manter o pagamento em dia, o comércio tem sofrido as consequências que vem desde os tempos da pandemia quando dezenas de estabelecimentos lojistas foram fechados nas principais avenidas dos centros de compras, como Av. 7 de Setembro, no centro histórico o na Amador dos Reis na Zona Leste e Jatuarana na Zona Sul da capital. É preciso ressaltar que se não fosse o pagamento em dia dos servidores municipais, estaduais e federais, Porto Velho já estaria em colapso econômico.

Mais adiante

Indagado durante a semana por amigos e correligionários, o ex-prefeito Jesualdo Pires que ocupou o Palácio Urupá, sede do governo municipal de Ji-Paraná, duas vezes, diz que por enquanto está cuidando dos seus negócios e só vai pensar no assunto mais adiante depois de analisar o atual contexto do cenário político. Jesualdo foi um dos melhores prefeitos da sua geração e na sua reeleição teve quase 65 por cento dos votos locais e por isto é considerado o principal oponente para enfrentar o atual prefeito Esaú Fonseca, considerado o favorito da temporada, em virtude do divisionismo da oposição e outros possíveis concorrentes.

Via Direta

*** Contrariando indicativos iniciais do IBGE no censo demográfico estimado para 2022, o município de Ji-Paraná, a capital da BR, acabou com o maior índice de crescimento nos últimos anos quando se previa que Vilhena teria o pódio *** Jipa se transformou também na capital do agronegócio fomentando a instalação de novas empresas e gerando empregos e renda para sua população *** Tem cirurgia eletiva atrasada pelo menos três anos em Porto Velho e até agora não foi anunciado o novo mutirão para colocar em dia está  dramática situação. Os mutilados pelos acidentes se multiplicam sofrendo horrores nos leitos de hospitais *** Mesmo com o Dia dos Namorados parte do comercio lojista seguiu urrando em Porto Velho. Nossa economia estaria fraquejando? 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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