Palanque pesado e Cavalos de Tróia

Honestidade política

Só será honesto um candidato a posto executivo que não esconder más intenções por baixo de símbolos pátrios ou religiosos. A Pátria pertence a todos e não a uma candidatura, seita ou partido. Religiões tratam de assuntos espirituais: os assuntos terrenos são resolvidos no âmbito dos três poderes do Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na Amazônia há uma tradição de mesclar assuntos materiais e espirituais que só pode ser compreendida no sentido de abarcar o todo nesta região em que o conhecido é ainda menor que o desconhecido. Misturar o religioso e o material com propósitos eleitorais não é honesto por ser uma tentativa maliciosa e descarada de se apropriar do divino para uso próprio na intenção de também se apropriar do que é materialmente coletivo e geral.

A biofísica Julia Rossi manifestou certa vez que “unir fé e política em defesa da Amazônia é lutar por direitos e ir contra qualquer tipo de discriminação, em uma ação de cuidado ativo e responsável aos povos que nela vivem”. Nesse caso, é a política em seu sentido geral, ou seja, a capacidade de encontrar consensos entre diferentes visões de mundo.

No entanto, essa verdadeira política morre quando a intenção é desunir, separar, antagonizar, demonizar adversários e endeusar adeptos. Política é a arte de unir. Não é honesta quando age para inimizar, negar direitos e cultivar rancores.

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Nos debates

Enviando seus representantes para participar das reuniões nas emissoras de televisão que vão realizar debates em Porto Velho, Mari Carvalho (União Brasil) vai desmentindo automaticamente as acusações de oposicionistas dando cona que ela conspirava contra os confrontos, usando até a força do pix para que as emissoras arrumassem alguma desculpa na grade para deixar de realizar os eventos tão tradicionais na capital rondoniense. A Band local é ainda é mantida pelos observadores sob suspeita, porque ao invés de debates fez sabatinas. Tinha espaço e tempo para o evento. Ficou estranho.

Políticos profissionais

Mana Euma (MDB) tem aproveitado nas sabatinas para cutucar os políticos profissionais – essa eu acredito que tem endereço para os adversários Mari e Leo - mas esquecendo que o seu partido está lotado, infestado deles. Para que políticos mais profissionais do que o senador Confúcio Moura, o deputado federal Lucio Mosquini, o ex-governador Valdir Raupp, o ex-deputado estadual Wiliames Pimentel, o ex-prefeito Tomas Correia? O MDB é o maior ninho dos políticos profissionais existentes em Rondônia e no Pais.  Mana Euma derrapou na coerência.

Nossos ex-prefeitos

Os ex-prefeitos de Porto Velho, Sebastião Valadares, Tomás Correia,. José Guedes, Carlinhos Camurça, Roberto Sobrinho e Mauro Nazif aos poucos vão se definindo, daqui e dali, sobre o processo das eleições municipais na capital. Tudo indica que Valadares tem preferência por Leo, Tomás Coreia por Euma. José Guedes ainda não deu um pio, Camurça apoia Mariana, está lançando sua filha a vereadora, Roberto Sobrinho participa da campanha de Célio Lopes, da Frente Democrática e Nazif - que aderiu à campanha de Leo Moraes- projetando o filho Maurinho a vereador.

Palanque pesado

Mariana Carvalho, a candidata do União Brasil, precisa mandar reforçar os palanques da sua campanha, de tantas lideranças que optaram por sua candidatura, senão vai acabar ruindo. O ex-senador Expedito Junior, com as lideranças do PSD, Jair Montes do Avante, o prefeito Hilton Chaves e os tucanos, o governador Marcos Rocha, vários deputados estaduais e federais. Temos ainda uma penca de vereadores, lideranças evangélicas, sindicalistas e operárias. Se todo mundo quiser subir no palanque nos comícios, ele desaba. Sem contar novos reforços chegando. Dizem que Fernando Máximo também já está cooptado.

Cavalos de Tróia

Mariana Carvalho nem precisava deles, mas teria pedido aos irmãos Bolsonaro que articulassem junto aos senadores Marcos Rogério, Jaime Bagatoli e o deputado federal Coronel Crisostomo para eles entrarem na sua coalizão evitando um candidato do PL na capital. Lembrando que o PL de Rondônia tem feito oposição feroz ao governador Marcos Rocha e que Bagatoli e Chisostomo na recente campanha de 2022 taxaram Mariana de oportunista, e até de ser uma baita comunista. Convenhamos, comunista não é mesmo. Os liberais são considerados ainda estranhos no ninho e até cavalos de tróia por alguns governistas. Que balaio de gatos!

Via Direta

*** A região amazônica arde em chamas. As populações de Rondônia e Amazonas sofrendo as consequências das grossas camadas de fumaça agravando as doenças respiratórias *** Em Porto Velho nem a dança das chuvas nas comunidades indígenas resolve tanta poeira, tanta fumaça que se espalham por todo território rondoniense *** Os candidatos a vereança menos abastados batendo nas portas dos candidatos a prefeitos mais abonados em busca de recursos em Porto Velho. Muita gente enrolando *** Com a campanha eleitoral, começam também as bordoadas reciprocas entre os candidatos.