Terça-feira, 27 de junho de 2023 - 07h29
O
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) empacou quando deveria emplacar.
Mesmo assim, elegeu Dilma Rousseff duas vezes, só saindo de cena depois de sua
cassação e a posse de Michel Temer na Presidência da República.
O
governo Lula 3, ainda em processo de montagem sob forte aperto do Centrão,
ainda não o retomou, prometendo que em julho virá de cara nova, considerado
pelo entorno do presidente como um sucesso no passado, desde 2007, quando foi
introduzido com furos no esquema midiático do lulismo, recauchutado em 2010.
A
rigor, o PAC ficou a dever muito do que prometeu. Deixou de completar – e até
iniciar – muitas obras. Terá uma nova oportunidade a partir de julho de mostrar
o que poderia ser, mas por conta disso e outras práticas Lula é acusado de
viver do passado. A crítica é justa, porque o país mudou. Nenhuma iniciativa do
Palácio do Planalto tem chances de sucesso sem passar pelo crivo do Congresso.
É o semipresidencialismo branco, que o PT não aceita e faz engasgar o governo
ao reagir às manobras do Centrão, que se impõe no dia a dia.
Há,
entretanto, condições reais de acelerar tudo, desde que a ciência seja chamada.
Por exemplo, o Ceas (Centro de Estudos da Amazônia Sustentável) da USP, que
está pronto a dar lastro à bioeconomia, pode funcionar como ótimo acelerador,
vencendo as apreciações atuais de que Lula vive no passado.
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Na fronteira
Com
a instalação da Polícia Marítima na região de Guajará Mirim se renovam as esperanças
no combate ao tráfico de drogas, de armas, contrabando e descaminho na região
dominada pelos cartéis do Brasil, Bolívia, Peru e Colômbia. No entanto o
efetivo designado é extremamente baixo para cobrir a extensão da fronteira
rondoniense com a Bolívia e o Ministério da Justiça e a Policia Federal
precisam unir esforços para ampliar os recursos também para dotar a região de equipamentos visando dar
conta de ação mais efetiva. O narcotráfico está atingindo também aldeias de
índios e quilombolas no Vale do Guaporé.
Cirurgias eletivas
Com
repasse de cerca de R$ 46 milhões para a saúde dos municípios, o govenador
Marcos Rocha (União Brasil) começa a intensificar um programa para reduzir
drasticamente o número de cirurgias eletivas atrasadas por cota da pandemia que
durou mais de dois anos e ainda afeta a economia do estado. Era uma das
principais críticas da oposição ao seu governo e durante a campanha passada, onde
foi sapateado pelo adversário, o senador Marcos Rogério. Muita gente com os
ossos quebrados e gemendo de dor nos hospitais e a espera de solução há quase três
aos agradecem.
Voos regionais
Embora
as bancadas federais de Rondônia, Acre e Amazonas multipliquem esforços para
ampliar e baratear os voos regionais na Amazonia, é mais fácil galinha criar
dentes. Em Rondônia as tarifas seguem elevadas e vários voos regionais
suspensos em Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena. Passam os governos federais e a situação
não muda. Em Rondônia tem a situação de Ariquemes, a terceira cidade mais
populosa do estado e sede da região demográfica mais importante de Rondônia sem
ao menos um único voo. Infelizmente as lideranças locais tem pouca representatividade.
Grande desgaste
Depois
de grande desgaste por conta da contratação de uma empresa para tratar da saúde
em Vilhena, o prefeito Flori Cordeiro acabou cancelando o edital em torno de R$
100 milhões. Lá os vereadores e a população fiscalizam, chiam e não deixam coisas
suspeitas prosperar. Aqui em Porto Velho, os vereadores aprovaram na sua totalidade
projeto do prefeito Hildon Chaves (União Brasil) para a empresa contratar
médicos, numa matéria que não teve aprovação da Associação Médica e outras
entidades. Aprovação a toque de caixa, como sempre fazem e os vereadores
avestruzes que muitas vezes nem chegam a ler os projetos enviados, como foi
aquele do reajuste do IPTU. É coisa de louco!
Muito parecidos
Quando
falo que os governos de Bolsonaro e Lula são muitos parecidos e guardam muitas
semelhanças a chiadeira é grande entre as partes. Mas vejam só: o orçamento
secreto, aqueles dos recursos de emendas parlamentares abusivas segue do mesmo
jeito. Sob alegação da governabilidade, o Congresso Nacional virou um
supermercado de deputados e senadores onde quase tudo se compra para aprovação
das propostas do governo. Até o presidente da Câmara Arthur Lira e o presidente
do Senado eleitos por Bolsonaro foram mantidos. Os presidentes de joelhos no
congresso não é novidade. A coisa vem de longe. Nada muda neste Brasil varonil,
enquanto lulistas e bolsonaristas brigam raivosamente.
Via Direta
***
A visita da esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Michele a Ji-Paraná no
final de semana fizeram os bolsonaristas urrarem de satisfação e já projetando
a dobradinha Jaime Bagatolli (Vilhena) ao governo do estado e o senador Marcos
Rogério a reeleição ao Senado em 2026 ***Por falar em Bolsonaro ele já cogitou disputar o
Senado em Rondônia e agora fala da possibilidade de ser vereador no Rio de
Janeiro *** Isto se não ficar inelegível
como acreditam até as lideranças do seu segmento que já preparam o governador de
São Paulo Tarcísio de Freitas como novo presidenciável dos conservadores ***
Nesta chapa, Michele seria a vice *** A inflação
começa a ceder e até o preço da carne teve uma trégua. Mas arroba do boi já
recupera preço novamente.
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