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Carlos Sperança

Ponte binacional e o senador Jaime Bagatolli, um capitalista selvagem


Ponte binacional e o senador Jaime Bagatolli, um capitalista selvagem - Gente de Opinião

Haja luz

Para consternação das pessoas sensíveis que têm nos animais apoio psicológico e companhia sem as manias egoístas humanas, o cão herói Wilson, que participou de forma decisiva no resgate das crianças desaparecidas, também desapareceu na imensidão da Amazônia. Ficam para recordá-lo as ações efetuadas por povos e autoridades na região da Cabeça de Cachorro, na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, que ganhou há pouco merecida visibilidade com a notícia da instalação de uma planta fotovoltaica para fornecer energia elétrica à comunidade indígena Baniwa, viabilizada pelo Comando Militar da Amazônia.

O desafio de levar a eletrificação a todos os povos está ligado diretamente a vencer o atraso nacional e se integra ao esforço infraestrutural pelo fortalecimento da bioeconomia na floresta. A parte final do projeto, criado pelo Parque Tecnológico de Itaipu, é transportar sem danos o transporte dos equipamentos entre Foz do Iguaçu e a localidade de São Gabriel da Cachoeira, onde as instalações vão fornecer energia limpa e sustentável, com baixo impacto ambiental e elevado impacto social.

Dispensável salientar a importância do projeto, já em condições de ser levado também com sucesso a outras regiões necessitadas. Os profetas e adivinhos do passado interpretavam a eletricidade dos raios como castigos divinos aos erros humanos. O castigo, na verdade, está no pecado original de não saber usá-la.

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Ponte binacional

Com novas sugestões dos engenheiros bolivianos, seguem os estudos para a construção da sonhada ponte binacional Brasil-Bolívia, sobre o rio Mamoré, que separa as duas cidades irmãs. Os bolivianos querem que a ponte tenha altura suficiente para a navegação fluvial no rio. Enquanto os políticos falam com entusiasmo sobre o empreendimento citando até o início das obras neste ano, os valores da referida ponte ainda não foram inseridos no orçamento da União, eles poderiam priorizar antes a conclusão do hospital regional na Pérola do Mamoré iniciada há mais de 10 anos.

O Meio Ambiente

Que as lideranças políticas rondonienses procurem outra porta para bater na busca de recursos e ações em favor do meio ambiente em nosso estado, porque o senador Jaime Bagatolli, um capitalista selvagem é até acusado de invasão de terras indígenas incorporando áreas das tribos as suas fazendas de soja no Cone Sul rondoniense. Recentemente a vereadora Socorrista apresentou reivindicações ao senador, que todo mundo sabe, é candidato a governador em 2026, mas a tendência é que os pedidos sejam colocados sob o tapete do milionário político rondoniense.

A flexibilização

Como a necessidade faz o sapo pular, com o envelhecimento da população europeia os principais países daquele continente estão flexibilizando a imigração em busca de garantir mão de obra. Agora é a vez da Alemanha, a locomotiva da União Europeia a se socorrer com imigrantes, para tocar sua monumental indústria. Países como Portugal, Espanha, Japão e até a China tem recebido contingentes brasileiros, sendo o grande campeão os Estados Unidos, mas na região da Flórida os imigrantes começam a ser repelidos pelo governo local. Logo por lá aonde estão concentrados 500 mil brasileiros há pelo menos duas décadas.

Coisas inimagináveis

Até pouco tempo atrás era inimaginável o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Progressistas), até então considerado um bolsonarista empedernido virar amiguinho e pular cirandinha com o petista Fernando Hadadd, ministro da Fazenda. Tampouco não era possível admitir que governadores bolsonaristas fossem sensíveis as causas dos índios, quilombolas e do meio ambiente, pautas geralmente da esquerda. Mas no Acre, o governador Gladson Camelli, bolsonarista até os fios de cabelos, acaba de criar a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas.  A direita estaria mudando?

Em setembro

Em 1993, portanto há trinta anos atrás, foi inaugurado o Diário da Amazonia, pelo clã Gurgacz. Na época, o govenador do estado era Oswaldo Piana Filho (que hoje reside no Rio de Janeiro), o governador do Linhão e administrava a prefeitura Porto Velho o tucano José Guedes, ambos já aposentados nos embates eleitorais. Em 13 de setembro este rotativo comemora seu trigésimo aniversário, com os olhos voltados para o futuro, embora a mídia impressa tenha sofrido sucessivos percalços nesta década. Jornais tradicionais como O Guaporé, Alto Madeira, a Tribuna, O Estadão, O Imparcial fecharam as portas, mas este Diário resiste as intempéries.

Via Direta

*** Enquanto as autoridades policiais apresentam estatísticas relatando a diminuição da criminalidade e até de homicídios em Rondônia, em Porto Velho o que se vê são marginais roubando e depenando casas e levando o produto dos roubos nas costas pelas madrugadas *** Não bastasse, em grandes conjuntos habitacionais populares, gangues de facções e de milicianos estão tomando dos apartamentos, vendendo e alugando ***E quem se arriscar botar placa de aluga-se na porta do apartamento  perde o imóvel que acaba nas mãos dos pilantras *** É o povão entregue aos leões e ao narcotráfico entrando forte também nos principais polos regionais do estado. Falta estratégia, falta ação para coibir esta situação cada vez mais agravada.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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